Never Expected This

Bella

Bella POV

Eu estava enfiado em uma cama bem espaçosa, com uma fina camada de um cobertor de seda enrolado em volta de mim, quando cheguei lá. Minha perna estava apoiada, junto com minha cabeça, e me senti seguro e bastante reconfortante. Ninguém realmente fez isso por mim. Tentei contar como cheguei a esse lugar tão desconhecido, mas tudo que me lembro foi de desmaiar quando Aro proclamou que eles essencialmente me ajudariam a viver novamente.

Foi reconfortante que eles quisessem tentar me ajudar a viver. Todos pareciam tão dispostos a me ajudar, mas o quanto eles estão dispostos a - ficar ao meu lado durante as lágrimas e os dias em que parecia que respirar era muito difícil. Durante os dias em que eu só queria acabar com isso, simplesmente tentar aliviar o sofrimento, a dor e a pressão que residem no meu peito e no meu coração. Por quanto tempo eles iriam tentar me ajudar e, eventualmente, desistir quando percebessem que eu sou muito exigente? Quando se torna muito aparente, quando eu sou demais para as pessoas.

Eu sei que parecia improvável que os Volturi fizessem isso. Só tem uma pequena parte de mim que duvida deles. Todos em Forks - até Charlie, acabaram desistindo quando ficou claro que meu comportamento era demais, muito deprimente para eles. Quanta dor e sofrimento circulavam dentro de mim como uma tempestade furiosa, implorando todos os dias, para alguém curar a ferida aberta dentro de mim, para alguém curar o que Ed - não, ele curou.

"O que ele fez?", ouvi uma voz desconhecida perguntar. "Para fazer você ficar assim."

Calor subiu até minhas bochechas quando percebi que não estava sozinha ali. Olhei para onde a voz vinha e para uma vampira com cabelo castanho escuro preso para trás em cachos. Ela tinha pele pálida e um sorriso muito caloroso que pareceu aquecer meu coração. Ela era bem amigável, quase me lembrava Jessica, e espero que não também, por causa de sua fala.

"Desculpe, quem é você?" Eu perguntei.

"Desculpe, eu sou Chelsea. Eles me pediram para ficar de olho em você enquanto eles estão lidando com um assunto importante em mãos," O vampiro me disse. "Mas, falando sério, o que ele fez?"

"Quem?", perguntei, antes que a compreensão finalmente me ocorresse e eu soubesse de quem ela estava falando.

"Ele terminou comigo em uma floresta, alegando que queria me proteger dos vampiros e do estilo de vida deles", eu disse a ela. "Muito irônico, considerando o que aconteceu comigo."

Não sei por que eu estava dizendo isso a ela, mas ela parecia genuína e queria me ajudar.

"Ele terminou com você em uma floresta?" Chelsea disse, "Droga... Ele tem sorte de termos ele, senão eu o caçaria. Certo, eu não sei muito sobre a vida humana ou términos em geral além de filmes de comédia romântica, mas por que você iria querer terminar com alguém em uma floresta? A vida humana já é tão frágil, mas você está colocando alguém em perigo em uma floresta, onde há predadores além de nós por perto."

Dei uma risadinha com isso. Uma risadinha genuína que eu não fazia há tanto tempo, há quantos meses?

"O que eu realmente não entendo é por que você está presa a ele. Por que você se permitiu que ele fizesse isso com você? Parece-me que você está presa à ideia de amor, porque, pela primeira vez, alguém prestou atenção em você e afirmou que você era especial para eles. Você amava a ideia de estar apaixonada, mas se recusou a ver o quão tóxico ele era para você."

Lágrimas turvaram minha visão, que eu simplesmente me recusei a deixá-las cair. Não foi porque essas palavras me machucaram, mas talvez, é só porque eu não percebi o quão ingênua e estúpida eu era. Eu estava sempre muito ocupada sendo a cuidadora da minha mãe, e como meu pai tentava me compensar, quando ele tinha tempo, mas ele também estava preso porque minha mãe o deixou. Eu não percebi o quanto eu estava sempre tentando dar às pessoas com quem eu me importava a atenção que eu precisava que elas nunca me deram, que a única pessoa que me deu atenção e me disse que eu era especial, me machucou de maneiras irreparáveis.

"Desculpe, eu não queria fazer você chorar," Chelsea se desculpou. "Mestre Caius provavelmente arrancaria minha cabeça se percebesse que eu fiz você chorar."

"Não, não, está tudo bem," eu disse a ela, piscando para afastar as lágrimas, "Eu só percebi o quanto eu precisava ouvir essas palavras. Ninguém nunca tinha me dito algo assim antes."

"Bem, isso é um alívio", disse Chelsea.

O silêncio encheu a sala depois disso enquanto eu lutava para encontrar algo mais para dizer. Eu não sabia o que mais acrescentar, e eu mal a conheci. Isso tudo era completamente novo para mim. Felizmente, uma batida foi ouvida na porta, e Caius entrou pela porta.

Observei Chelsea se afastar da cama, sem dizer mais nada.

"Deixe-nos", ele ordenou.

Chelsea saiu voando sem dizer mais nada. Ela fechou a porta atrás de si, deixando a mim e Caius sozinhos. Caius afastou o cabelo do meu rosto, seus olhos vermelhos encarando meus olhos castanhos.

"Você está bem?" Ele perguntou.

"Estou bem", eu disse a ele.

"Você tem certeza?" Ele perguntou. "Alguma dor? Não quero ver você com dor, ou rasgar seus pontos."

O sangue correu pelas minhas bochechas, me fazendo corar. Era muito carinhoso que ele realmente se importasse, mas era muito estranho ver alguém se importar comigo, para realmente ter certeza de que eu estava bem.

Balancei a cabeça negativamente.

"Ela está morta", disse Caio.

Não disse nada. Senti alívio, como se algo estivesse saindo do meu corpo, ansiedade ou medo, não sei. Era apenas um alívio que Victoria não pudesse me machucar de novo, que eu não precisasse me preocupar com ela nunca mais.

"Você a fez pagar?", perguntei em voz baixa.

Caius assentiu, "Os guardas se divertiram com ela até ficarem entediados. Eu tive a satisfação de incendiá-la... Eu prometo a você, nada — ninguém jamais tocará em um fio de cabelo da sua cabeça ou eu os farei pagar."

Eu concordo.

De repente, meu estômago roncou e meu rubor aumentou. Caio deu uma risadinha e disse:

"Vamos pegar algo para você comer, ok?"