Desde pequeno, Jungkook, um alfa lúpus, sofreu com um fator físico incomum: sua força era descomunal, e seu sabre de luz, se é que me entende, era exorbitantemente grande, mesmo entre os de sua própria espécie.
Mas o verdadeiro problema veio aos 23...
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O gosto do beijinho singelo ainda estava nos lábios do Jeon, mas não era algo que ele deveria ter saboreado. O rosado era um ômega, vulnerável, pequeno, e ainda por cima tinha bebido um pouco mais do que deveria.
Ele sabia que aquilo era errado - pelo menos pra si -, que deveria sair dali e deixar o garotinho se recuperar de tudo o que havia acontecido naquela noite.
Mas algo dentro dele gritou. Uma parte que não conseguia mais ser contida.
Antes que a porta pudesse se fechar completamente, ele agiu. Os dedos longos alcançaram a madeira tingida de cinza da porta e sua mão se enfiou entre o vão, impedindo o clique final do trinco.
Seus olhos estavam sombrios, cheios de uma intensidade que não conseguia controlar. Ele abriu a porta devagar, mas com firmeza, cruzando o limiar sem hesitação.
Jimin, um pouco surpreso, deu um passo para trás. Havia uma provocação nos olhos do ômega, algo que fazia o peito do alfa pulsar, mas não era isso que o motivava. Era puro instinto, algo mais profundo, que Jungkook não podia controlar, mesmo sabendo que não deveria sentir essa atração.
Antes que o Park pudesse dizer qualquer coisa, Jungkook o pegou pela cintura com uma firmeza que beirava o desespero. Seus dedos se apertaram contra a pele macia por baixo da jaqueta de couro, puxando o ômega para mais perto, como se sua mente tivesse perdido o controle sobre o corpo. Ele agiu no impulso, sem dar espaço para pensar ou para a razão interferir. O peitoral largo do alfa pressionou o corpo menor contra a parede ao lado da porta, e então, sem hesitar, abaixou-se para tomar seus lábios de novo.
Dessa vez, o beijo foi mais intenso, feroz. Era como se ele estivesse tentando provar para si mesmo que aquilo não significava nada, mesmo quando tudo no seu corpo dizia o contrário. O gosto doce era irresistível, seus lábios macios, e o som baixo que escapou de Jimin quando suas bocas se encontraram quase o fez perder completamente o controle.
Os dígitos longos do alfa apertaram com força a cinturinha delineada, ouvindo um gemidinho contido quando suas línguas se encontraram pela primeira vez.
O Park ofegou, trilhando suas mãos até a nuca do mais alto, onde enroscou os dedos nos fios escuros, puxando com vontade.
Por mais que seu corpo se entregasse ao impulso, Jungkook sabia que não deveria continuar. Ele precisava parar... Ele deveria.
Mas o calor do corpo de Jimin contra o seu o mantinha enraizado no momento, o contato entre os dois se intensificando a cada segundo.
Quando se separaram, seus olhos permaneceram presos um no outro, a respiração pesada e o ambiente ao redor ainda mais carregado.
Jungkook sabia que deveria dar um passo para trás, sair e deixar aquilo.
Porém, antes que ele pudesse sequer pensar em mover-se, Jimin o segurou pelo braço. Seus dedos curtos, mas firmes, envolveram o pulso do alfa com uma determinação que não existia há poucos minutos.