(Narração de Bill) - The Lost Ones
Diante de tudo o que aconteceu, eu só consigo enxergar essa escuridão a minha frente, essa escuridão que engloba tudo cada vez mais e só posso reagir com medo e apreensão. Esse monstro foi quem matou Brant... Esse monstro foi quem me matou.
Agora estou aqui, com esse corpo de tinta, sentindo agonia e sem poder fazer nada.
Constance...
Brant...
Tudo o que eu queria agora seria poder encontrar vocês dois e tirá-los desse lugar. Mas estamos todos presos aqui com ele, não estamos?
Somos monstros... Somos monstros e não há nada o que fazer sobre isso.
Monstros que rastejam buscando por alvos fáceis. Mas tudo o que posso sentir nesse momento é que estou completamente perdido. Sem saber para onde ir ou o que fazer, ou até mesmo... Quem sou eu. Ou quem somos nós agora.
Não sei até quando vou suportar isso. Talvez alguém conheça uma saída para esse lugar. E eu prometo, amigos. Eu irei atrás de vocês, encontrá-los-ei e depois iremos fugir desse lugar tenebroso para sempre e recomeçar nossas vidas.
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(Narração da narradora)
Quando você e sua mãe chegaram em casa, seu pai já estava por lá parecendo parcialmente animado.
Linda: Henry? Já em casa aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou preocupada.
Henry: Nada, querida. Apenas vim pegar minha caixa de ferramentas. Nada demais. - Ele sorriu e passou por vocês.
- Espera pai! - Você exclamou, chamando a atenção do homem.
Henry: Sim querida?
- Posso ir com você? Eu não vou voltar para a escola. - Ele ergueu uma sobrancelha sobre esse assunto.
Linda: Ela SAIU da escola. - Sua mãe corrigiu.
Henry: Por que?! - Ele perguntou surpreso pelo quão repentino foi essa notícia. - O que aconteceu?
Linda: Bem, você pode ficar aqui mais um momento enquanto espera ela almoçar e trocar de roupa para poder ir com você, eu posso contar o que aconteceu. - Ela disse enquanto você já adiantava e ia correndo para a cozinha, sentando-se na mesa e aguardando sua mãe.
Após um breve tempo, os dois apareceram enquanto sua mãe relatava o que havia acontecido na escola mais cedo.
Linda: A gorata ficou perturbando ela de novo. - Ela disse enquanto seu pai se sentava na mesa também, de frente para você e Linda ia ascender uma boca do fogão para esquentar a comida.
Henry: O que ela fez com você dessa vez? - Ele perguntou olhando para você. O homem tinha um semblante calmo e tranquilo, mas com um toque leve de preocupação e seriedade.
- Ela disse que você era estúpido e que não levaria muito tempo nesse novo trabalho, também insinuando que isso era porque você não é bom em nada além de pintar. - Você relatou com um tom de vergonha. Seus pais ouviram tudo atentos. Henry e Linda trocaram olhares tristes por um momento antes de irem até você e te abraçarem.
Henry: Querida, você não precisa brigar com alguém por mim, isso não é necessário.
Linda: Não Henry, ela fez o certo. Ela se defendeu. Precisava fazer isso. Fora que aquela garota também já estava dando nos nervos! Eu te entendo filha, essas meninas riquinhas metidas são a pior espécie que existe! - Ela disse levemente brava, mas não com Henry, e sim com a garota.
Henry: Eu entendo. - Ele sorriu gentilmente e manteve o abraço com você por mais um tempo depois que sua mãe saiu.
Era engraçado ver o quão diferente seus pais eram um do outro. Sua mãe era determinada, forte, empoderada e sempre era quem tomava a frente em tudo que vocês três faziam juntos, sempre sua referência de determinação e força. Seu pai era mais quieto, gentil, pensativo, talvez até meio lerdo, e era a mente criativa da família, sempre desenhando com você e pintando quadros que davam vida para a casa. Vocês eram uma família feliz, um pouco maluca, mas feliz.
Você devolveu o abraço a seu pai, sentia-se segura no abraço dele, como se o carinho e a gentileza de seu afeto espantasse todos os males do mundo. Mas não era bem assim... Quando abriu os olhos e leu aquele nome no uniforme dele "Gent" você pode sentir-se em pânico interno, logo soltando o abraço e ofegando um pouco desesperada.
Henry: O que foi?! - Ele perguntou preocupado.
- Nada... Eu estou bem. - Você olhou para ele e sorriu levemente, disfarçando seu pânico interno que nem você entendia.
"Talvez não seja uma boa ideia ir com ele..." - você pensou. Mas logo afastou esse pensamento pela sua determinação. Você tinha que ir. Queria ter uma resposta para essas questões. Acima de todo o resto...
Vocês almoçaram e você foi logo correndo trocar suas roupas, por uma de sua escolha (mas também não viaja), saindo de seu quarto e descendo as escadas em direção a entrada, onde seu pai já esperava pacientemente por você.
Henry: Você tem certeza que quer ir comigo? Lá é bem... Confuso. E tem muitas regras que você terá que seguir, ok? - Ele disse naturalmente, porém, estranhamente soou como um aviso sério, como se algo muito ruim pudesse acontecer caso você não seguisse essas determinadas regras.
- Tudo bem. - Você deduziu que aquilo que ele se referia eram para as regras de segurança, como lá era um ambiente que trabalhava com manutenção de maquinarias pesadas, devia haver uma longa lista de regras de segurança a serem seguidas para que não houvesse nenhum funcionário gravemente ferido.
Vocês dois se despediram de Linda e foram para o carro. Saindo da garagem e indo em direção a fabrica Gent. Ficava mais afastada da cidade, mais próxima de um bosque denso, ou melhor, DENTRO do bosque.
Você notou que o ambiente ao redor era idêntico ao do seu sonho. E não pode evitar aquela estranha sensação de uma ovelha indo para o matadouro novamente. Você engoliu em seco, sabendo que agora não tinha mais volta. Você tinha que ir até o fim.
E você iria até o fim.
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Para além do preto (Bendy x Reader)
Fanfiction⚠️Alerta de gatilho: Essa história poderá conter temas perturbadores para alguns usuários. Como tortura física, como exemplo. Eu realmente não pouparei vocês em questão do passado do Ink Demon. Essa história será baseada quase que totalmente em ciam...