𝟏𝟑 𝐀𝐧𝐨𝐬
GO NAYOON tinha nascido para o estrelato, para ser uma campeã. Colecionava troféus e medalhas das diversas competições que participou desde os sete anos de idade e estava acostumada a vitória, a estar em primeiro lugar no que quer que tentasse fazer. A mais inteligente, a mais bonita, a criança mais comportada, a melhor em esportes... Quem a visse em capas de revistas e propagandas poderia pensar que a sua vida era um conto de fadas.
E francamente, era exatamente isso.
Os patins arranhavam a superfície sólida do gelo como uma faca utilizada para cortar a fina casca de uma fruta. Deu duas voltas seguidas na pista, cumprimentando o público e também os jurados com um sorriso perfeitamente calculado no rosto somado a confiança característica de alguém que havia passado a maior parte da sua vida em uma pista e uma graciosidade raramente encontrada em garotas da sua idade, mesmo entre praticantes daquele esporte.
Fosse humana ou um monstro como alguns poderiam questionar, sua maior certeza era a identidade como uma patinadora e cada poro do seu corpo respirava por isso. A pista era o mais próximo que conseguia chegar de abrir as asas e voar; e o seu lugar definitivamente não era no chão. Nunca foi.
A música começou e com ela sua performance teve início. Aquele não era mais um campeonato ou uma apresentação como júnior; aquela era a olimpíada.
Treze anos de idade. Sua primeira olimpíada... E ela teria certeza que fosse incrível.
OS FLASHES das câmeras a cegavam. Os repórteres ou, como carinhosamente gostava de apelidá-los — "parasitas sociais", a cercaram desde o momento em que desceu do pódio, impedindo sua saída em busca de uma entrevista. A ruiva congelou o sorriso, dando uso a sua melhor faceta de uma jovem carismática enquanto ouvia as perguntas se sobrepondo em seus ouvidos. Estava muito perto de ficar surda.
– Go Nayoon, como se sente sendo a mais jovem nessa competição a subir no pódio?
– Está satisfeita com o resultado?
Ela levantou as mãos levemente, uma expressão sem graça, como se lutasse para acompanhá-los. Era uma criança afinal, devia agir como tal.
– Eh... Um de cada vez, por favor... – pediu, pensando na resposta mais apropriada – Estou muito contente com o resultado da competição, estar aqui foi a realização de um sonho, ainda nem consigo acreditar que é real.
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Herdeira da Destruição - Sung Jinwoo
FanficE se um bebê fosse encontrado dentro de uma Dungeon? E se o filho do presidente da Associação de Caçadores decidisse adotá-la? E se ela nunca tivesse tido um limite em se tornar mais forte? Mas e se ela desprezasse completamente os humanos? Quão irô...