A misteriosa Ruby estava num ritmo tranquilo e achou que sua vida não teria mais reviravoltas, mas parece que Fred Weasley chegou até ela para provar ao contrário.
Será que eles ainda têm lembranças da infância? Ou melhor, será que eles saberão lida...
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O alvorecer iluminava toda a Inglaterra naquele momento, mas hoje, especialmente a janela entre-aberta dos gêmeos. O dia seria chuvoso e tomado por um céu cinzento, tamanha melancolia recorrente do clima. Porém, o que importava não era a tempestade cinzenta que tomaria o lugar do azul celestial naquele dia, apenas o que importava era o sol nascendo e expulsando a madrugada esquiva. Revelando também... Algo incomum.
Não era costumeiro ninguém daquela casa acordar aquela hora. Não mesmo. Exceto por Fred ter acordado com mais um sonho desesperador, e ter encarado o teto por mais de vinte minutos até se remexer de um lado para o outro na cama e retomar o seu sono tradicional.
Mas enquanto ele não retornou ao seu adormecimento, vinte minutos se camuflaram como vinte horas em sua nebulosa mente.
Enfim o amanhecer se transformou em oito horas da manhã.
— George? — Fred tentava arrumar com os dedos seus cabelos despenteados pelas movimentações na cama.
George, que estava na cozinha, ergueu a cabeça para o outro lado da bancada e observou um Fred com a cara amarrotada chegando.
— E aí?
— O que acha da gente sair nesse fim de semana? — ele murmurou, ainda sonolento. — Uma saída de verdade.
— Já acorda pensando nisso? — George riu. — Se minha mulher deixar.
— George, você não tem mulher.
Fred riu com um leve tom de deboche, mas a única resposta à altura que George teve foi lhe tacar uma colher de madeira com a frase "quidditch" entalhada.
— E onde você sugere que vamos? — George suspirou, se deu por vencido. — Não carrego ninguém bêbado desde que o Lino vomitou e a gente teve que aparatar com ele para casa da mãe dele. Fred, você lembra? A MÃE DELE MORA DO OUTRO LADO DA CIDADE!
— Por que o mau humor? — ele riu. — Aparatamos, não fomos andando.
— Talvez porque rodopiamos por no mínimo vinte minutos antes de conseguirmos. — George soltou uma risada estridente. — Nem a magia foi pário para aquela situação.
Fred entrou no banheiro, e sua voz foi escutada apenas ecoando até a cozinha novamente.
— ENTÃO ESTÁ MARCADO NO SÁBADO, NÃO ACEITO DESFEITAS.
— VAI SE FERRAR, FRED! — George exclamou enquanto prendia a gargalhada que desejava soltar, se sentia inseguro.
Não que tivesse chance alguma de Angelina aparecer no local errado e no momento errado, flagrar os dois onde estavam e apontar o dedo para face de George esbravejando palavras desdenhosas e afirmando que não quer mais vê-lo, sequer podia fazer isto. Afinal, não teria direito algum de tomar uma atitude assim. Um compromisso apenas é firmado quando uma pessoa olha nos olhos da outra e afirma desejar passar seu tempo útil com ela — sem qualquer dúvida no coração — e até o dia presente, esse ato não foi concretizado.
