𝙾𝙽𝙴

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• JULIETTA HEART •

— Essas flores são aqui e esses vasos são ali. — Ordenei, apontando com o lápis os lugares certos.

Os decoradores obedeceram imediatamente e eu analisei o salão, procurando qualquer detalhe fora do lugar.

— Como estamos indo? — Ouvi a voz de Rebekah e me virei para a escadaria, observando ela descer os últimos degraus.

— Buffet está pronto, decoração também. Tô esperando o lobo chegar e o bolo de 16 andares. — Coloquei o lápis atrás da orelha e cruzei os braços, mordendo o lábio inferior enquanto parava para pensar. — Não acha que estou exagerando? Nós duas sabemos que Niklaus odeia festas.

— Deixa disso, está ficando incrível. Ele vai adorar. — Bekah apertou meu ombro e me virou para a decoração, onde terminava de colocar os lenços brancos perolados no teto. — No meu aniversário, você vai fazer a decoração. — Bekah beijou minha bochecha e saiu andando, gritando ordens para ninguém em especial.

Analisei o salão, tentando achar um defeito. Havia grandes panos perolados no teto que se misturavam com o vermelho sangue dos laços que compunha a decoração no chão. Tudo era em branco e vermelho, com detalhes em dourados. O enorme M, entalhado no mármore, estava perfeitamente à mostra nas pilastras da mansão.

Havia uma mesa no canto do salão com uma montanha de taças sendo preenchidas com champanhe. Ao lado tinha a mesa com o buffet e no centro do salão, a mesa redonda estava apenas esperando pela atração principalmente. O enorme lobo de gelo que eu havia mandado fazer.

Niklaus não gostava de aniversários. Muito menos festas. Rebekah e eu sabíamos disso, mas ignoramos, porque ele podia fingir não gostar, mas sabíamos que nosso irmão precisava disso.

Mostrar que ele era amado era quase a minha função desde que nos reencontramos. Depois de tudo o que aconteceu no parto de Hayley, nos meses que ele ficou longe da própria filha, ele merecia uma distração.

Quando deu a hora de se arrumar, deixei que Rebekah me usasse de cobaia. O coque despojado deixava algumas mechas caídas ao redor do meu rosto, com ondas definidas pelo babyliss. Ela ainda colocou algumas pérolas ao redor do coque para dar um destaque.

Consegui convencê-la a não exagerar na maquiagem. Um batom vermelho, rímel e blush foram o suficiente pra mim. Eu não gostava de chamar a atenção, mas ser uma Mikaelson entrava em contradição com essa minha característica. Meu nome, por si só, já chamava a atenção e graças a Rebekah, eu não podia me vestir como uma qualquer.

Quando fomos às compras, no dia anterior, fui apresentada a tantas opções que minha cabeça latejou. Eram babados, renda, os dois juntos, que estava me deixando maluca. Por fim, consegui escolher um que agradasse não só o gosto extravagante de Rebekah, como o meu gosto simples.

A seda vermelha se ajustava ao meu corpo como uma luva, junto com o espartilho do busto que se fechava com o zíper, definindo minha cintura. As mangas eram caídas nos ombros e a saia não era tão colada, o que me agradava.

Quando descemos para o salão, a festa estava começando. Sem nenhuma novidade, Niklaus foi o último a chegar, vindo em minha direção sem se importar com os convidados que o parabenizaram ao vê-lo passar.

— Dizer que eu não quero uma festa, é a mesma coisa de dizer que vocês tem passe livre, não é? — Ele sorriu, sarcástico como sempre, mas havia algo no seu olhar que só eu conseguia notar.

O Fruto Proibido | | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora