Wren respirou fundo , sentindo o cheiro de sujeira e suor no ar.

Suas costelas doíam, sua cabeça latejava como se alguém tivesse pisado nela e ela sentia gosto de sangue na boca.

"Ei, você acordou." Eden sentou-se ao lado de Wren, com os joelhos no peito e os braços em volta deles.

Wren gemeu enquanto se levantava. “Onde estamos?”

“O Gente nos empurrou para uma das jaulas gigantes de animais. Como você está?”

“Sinto como se a morte tivesse esquentado.” Wren respirou fundo e se arrependeu quando suas costelas gritaram um aviso.

“Nós nos saímos muito bem lá”, disse Eden. “Nós eliminamos seis dos bastardos antes que eles nos pegassem. O resto dos Gente estava no navio. Não tivemos chance contra todos eles.”

“Que tipo de tecnologia eles estavam usando para se proteger?”

“Não faço ideia. Provavelmente é algo que eles trocaram por alguns animais raros. Seja lá o que for, não é tecnologia Gente.”

Wren inclinou a cabeça para trás e fechou os olhos, uma dor fria e dura se alojando em seu peito. “Você viu Striker e os outros?”

“Não. Os Gente devem ter chegado até eles. Eles não nos abandonariam por nenhuma outra razão.”

Um gemido suave do outro lado de Eden fez Wren abrir os olhos. “Daisy?”

“É, é ela. Ela tem um ferimento feio em um ombro. E um dos babacas do Gente quase a estrangulou até a morte porque ela não parava de socá-lo.”

“Eu lembro.” Wren contornou Eden e olhou para Daisy. Sangue cobria um lado do rosto dela, e ela estava mortalmente pálida. Ela verificou o pulso. “Isso está muito rápido. Alguém foi vê-la?”

“Eles nos jogaram aqui e não voltaram desde então”, disse Eden. “Já faz seis horas.”

“Temos que levar ajuda médica para ela.” Wren rastejou até o fim da gaiola. “Ei, tem alguém aí? Temos uma pessoa ferida aqui. Ela precisa de atenção médica.”

“Tentei ligar”, disse Eden. “Não tem ninguém aqui embaixo. Acho que estamos no porão de carga da nave.”

“E estamos nos mudando”, disse Wren.

“Eles decolaram assim que nos pegaram”, disse Eden.

“Cleo estará seguindo os Gente. Eles não nos deixarão para trás.”

“Claro que não. Mas os Gente não vão nos entregar sem lutar.”

Wren olhou de volta para Daisy. “Temos que conseguir ajuda para ela. Ei, tem alguém aí?”

Ela gritou até sua garganta queimar e sua voz ficar rouca.

“Dê um tempo.” Eden a cutucou com o cotovelo. “Aqueles capangas não dão a mínima para nós.”

Wren caiu contra a gaiola e apoiou a testa nas barras frias.

A mão de Eden pousou em seu ombro. “Você fez bem lá. Não havia mais nada que pudéssemos ter feito para parar os Gente.”

Wren suspirou. A luta foi apenas um borrão de tiros, punhos e dor. “Só lembro de não querer que eles me tocassem.”

“Você gritou na cara desse cara enorme. Mesmo quando ele estava te arrastando para o navio. Foi assim que você conseguiu aquele hematoma enorme na lateral da cabeça. Ele não gostava que lhe respondessem.”

Wren tocou sua cabeça machucada e estremeceu. “Ele vai pagar por isso.”

“Sim, tenho todo tipo de coisas divertidas planejadas para eles quando sairmos daqui.”

Governado (Guerreiro Apexiano #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora