“ Deixe-me pegar isso.” Striker pairou em volta de Wren como uma mosca irritante e linda.

Ela colocou a caixa de equipamento pesado na prateleira e colocou seu capacete ao lado dela. “Eu cuido disso.”

“Você pode muito bem me usar para alguma coisa, já que se recusa a ficar nu e pular em meus ossos.” Ele a seguiu pelo corredor, para longe do cais de atracação do Apocalipse.

Wren resistiu à vontade de empurrá-lo. Ele estava sempre muito perto. Esse cara não tinha a mínima ideia sobre espaço pessoal.

Ela se virou, sua raiva quase se mantendo sob controle. “Deveríamos reconsiderar isso. Essa parceria não está funcionando.”

Sua sobrancelha abaixou antes que uma carranca se estabelecesse em seu rosto. “Não trabalhando para quem?”

“Nós dois. Eu te irrito, e você me irrita. Vamos falar com Cleo depois do debriefing da missão. Podemos sugerir uma redesignação.”

Isso era o melhor. Tirar Striker da vida dela. Ela preferia trabalhar sozinha do que continuar lidando com a merda dele. Ela se virou para ir embora, mas ele segurou seu braço, seu aperto firme.

“Isso não vai funcionar. Todos receberam um parceiro no começo desta missão. Seis biólogos e seis apexianos. Esse era o acordo. Por que complicar as coisas mudando agora?”

“Preciso de uma parceria que funcione. Você fica entediado de sair comigo, e eu fico...” Ela acenou com a mão. Agora mesmo, ela queria apertar o gatilho para acabar com essa confusão e ir embora de vez.

“Você entendeu o quê? Você fica irritado porque eu faço isso divertido? Você não gosta do fato de eu fazer uma piada quando estávamos em algum planeta abandonado congelando nossas bundas, procurando por alguma criatura que quer arrancar nossos braços? Eu não vejo problema nisso.”

Ela soltou um suspiro suave, um pouco de sua raiva desaparecendo. “Esse é o problema. É por isso que isso não está funcionando. Demos seis meses. É tempo suficiente para sabermos que somos errados um para o outro.”

“De jeito nenhum. Estamos juntos nessa. Wren, eu sou seu cara.”

Uma onda de frustração a percorreu diante da determinação nos olhos de Striker. “Você deveria estar feliz. Você está sempre falando sobre tirar um tempo de folga. Agora, você pode tirar uma folga permanente. Você pode encontrar algo que seja mais adequado.”

“Você não vai me substituir.” A intensidade em seu olhar a fez tremer.

Ela respirou seu cheiro almiscarado, e seus olhos semicerrados. Por que ele a afetava dessa forma? Ela mal conseguia suportar esse alienígena quando eles trabalhavam juntos, mas quando eram apenas os dois assim, suas defesas vacilavam.

Wren respirou fundo e deu um passo para trás. “Vamos descobrir alguma coisa. Não podemos continuar assim.” Ela se afastou pelo corredor.

Irritantemente, ele acompanhou-a. “Eu concordo. A vida é fria sem nenhuma diversão. Onde você encontra sua alegria, Wren?”

“Não com você.” Ela socou o botão de acesso com a mão, e a porta deslizou para a sala de instruções da missão. Ela ficou olhando para Striker por um segundo antes de se virar e olhar ao redor.

Cleo já estava lá, parada na frente, vestida no mesmo estilo de macacão preto que todos os outros, seu cabelo curto e escuro penteado para longe do rosto. O resto da equipe de busca e recuperação estava acomodada ao redor da mesa. Cinco apexianos e cinco humanos.

Ela assentiu para Wren e Striker. Seu olhar viajou sobre suas roupas. “Vocês precisam de cinco minutos?”

“Estamos bem.” Wren entrou na sala. Ela se acomodou em seu assento habitual ao lado de Daisy Roebuck, a número dois de Cleo e melhor amiga de Wren. Sloane Harper estava do outro lado dela.

Governado (Guerreiro Apexiano #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora