CLASSIFICAÇÃO: 18+ [LANÇAMENTO TODO SÁBADO]
Eliyah acaba de descobrir um lado de sua vida que sua mãe ocultou por muito tempo, algo que alegou esconder para seu próprio bem, algo inevitável.
Agora, com a iminência de perigo, Eliyah tem que manter a...
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Fiquei parada próximo a porta, sem saber como agir. Uma brisa gélida entrou pela janela redonda, balançando as cortinas quase transparentes, fazendo meu corpo arrepiar. Me abracei numa tentativa falha de me aquecer, achando terrível a ideia de ter ficado com os braços de fora.
O quarto do Elladan era ainda mais bonito que o meu. A vegetação estava por toda parte. Algumas flores brancas nasciam das raízes que pendiam do teto. O chão era todo gramado, com pedras demarcando o caminho da cama e da mesinha de café da manhã onde o Príncipe me aguardava, sentado em uma das poltronas em volta da mesa redonda.
O Príncipe levantou-se e veio até a mim. Elladan tinha uma beleza padrão élfico. As feições eram finas e o queixo era levemente quadrado com um nariz arrebitado. Ele, assim como o restante dos elfos, esbanjavam elegância. Os movimentos eram suaves e silenciosos, quase como se eles flutuassem.
Elladan parou alguns centímetros a minha frente e me deu uma boa olhada com um sorriso de canto malicioso, sem dizer nada. Com certeza o motivo era o decote do vestido que fazia parecer que eu tinha mais peito do que o normal. Em outras circunstâncias aquela olhada poderia ter se tornado combustível para a minha autoestima, mas naquela hora, com ele, eu me senti desconfortável.
O elfo pegou minha mão esquerda e levou até a boca, marcando-a com um beijo gentil e eu senti um arrepio gélido me cortar a espinha, como uma mistura de repulsa e medo que me revirou as entranhas.
— Esse vestido ficou muito bem em você — encarou o meu decote. Não sabia se ele olhava para os meus seios ou para o amuleto — Venha. Sente-se — apontou para a poltrona no canto do quarto, ao lado da sua, e me esperou passar.
Um conjunto de chá de porcelana branca estava servido na pequena mesa de pedra cinza arredondada à frente.
Me afundei no assento macio, meio tensa.
— Como você está? — Perguntou, pegando uma das xícaras e levando à boca.
— Bem. Só estou preocupada com a minha amiga e com a minha mãe.
