Você sempre foi uma pessoa reservada, amante da leitura e da música, encontrando conforto em ambas quando o mundo ao seu redor se tornava barulhento demais. Era em meio às páginas de seus livros e aos acordes suaves de suas playlists que você conseguia relaxar e escapar da rotina cansativa.
Um dia, durante uma de suas visitas regulares à sua cafeteria favorita, você ouviu uma melodia suave ao fundo. Diferente do que costumava tocar ali, era algo calmo, quase melancólico, e você não pôde deixar de procurar a origem daquele som. Foi quando o viu, sentado num canto mais afastado, dedilhando os acordes em um violão.
Wonwoo, o garoto que também sempre estava ali, lendo ou simplesmente curtindo o ambiente tranquilo do lugar. Vocês nunca haviam trocado mais do que olhares rápidos ou sorrisos educados. Mas, naquele momento, algo sobre a música que ele tocava parecia puxar você para perto.
Sem nem perceber, você se viu caminhando até ele.
— Essa melodia... você a compôs? — você perguntou, tímida, quando finalmente se aproximou o bastante para ser ouvida.
Wonwoo ergueu os olhos do violão, surpreso com sua pergunta, mas logo abriu um pequeno sorriso. Ele assentiu devagar.
— Sim. É algo que tenho trabalhado, ainda está inacabada. — Sua voz era calma, assim como a melodia que tocava antes.
Sentando-se à mesa à sua frente, você não pôde conter a curiosidade.
— É linda... parece que cada nota tem algo a dizer.
Ele riu baixinho, como se gostasse da sua interpretação. Após uma breve pausa, ele perguntou:
— Você gosta de música?
— Gosto. Talvez não como você, mas sempre encontro conforto nela — você admitiu. — Acho que é como um escape.
— Entendo — ele concordou, olhando para o violão por um momento antes de retornar o olhar para você. — Eu também sinto isso. Escrevo músicas porque às vezes as palavras não são suficientes.
O silêncio que se seguiu foi confortável. Era como se não precisassem de mais nada além daquela breve troca para entenderem um ao outro. Wonwoo, sempre tão reservado e quieto, parecia ter muito a dizer através das notas que tocava, e você, com seu amor pelas palavras, conseguia ver a profundidade em cada uma delas.
Os encontros na cafeteria se tornaram frequentes, e aos poucos, a distância entre vocês se reduziu. Conversavam sobre livros, música e, eventualmente, sobre a vida. Wonwoo compartilhava trechos das músicas que estava compondo, e você, com seu olhar atento, oferecia palavras e sensações que talvez ele não tivesse notado. Era como se, juntos, vocês criassem algo novo – uma melodia entrelaçada com palavras.
Certo dia, ele a convidou para assistir a um ensaio de sua banda. Um misto de nervosismo e animação tomou conta de você, mas ao vê-lo no palco, tão concentrado e imerso em sua arte, algo dentro de você mudou. Havia uma nova camada de admiração por ele.
Quando o ensaio terminou, ele se aproximou de você, ainda segurando seu violão.
— E então? O que achou?
— Foi incrível — você respondeu sinceramente. — Sua presença no palco é... magnética. E a música... — Você hesitou por um momento antes de continuar. — A música que você tocou no primeiro dia em que conversamos... a finalizou?
Wonwoo sorriu, olhando para o chão por um instante antes de voltar seu olhar para você.
— Na verdade... sim. Mas ela mudou ao longo do tempo. Acho que... algumas notas vieram de você.
Seu coração acelerou, e você sentiu as bochechas esquentarem. Ele parecia estar esperando sua reação, os olhos fixos em você.
— Posso ouvir? — você perguntou, a voz baixa.
Ele assentiu e, ali mesmo, no meio do estúdio vazio, ele começou a tocar. As notas eram suaves, mas cheias de emoção, e cada uma delas parecia contar uma história – a história de vocês.
Quando a última nota se dissipou, o silêncio foi preenchido por algo novo, algo que não precisava de palavras. Wonwoo se aproximou de você, os olhos suavemente ansiosos.
— Essa música... — ele começou, a voz baixa, quase como um sussurro. — É sobre tudo o que compartilhamos. Sobre o que não consigo dizer em palavras, mas que sinto toda vez que estou perto de você.
Seu coração parecia explodir, e antes que pudesse responder, ele segurou suas mãos com delicadeza.
— Você me ajudou a encontrar essas notas — ele continuou, olhando fundo nos seus olhos. — E quero que elas sempre sejam nossas.
Com um sorriso suave, você apertou as mãos dele em resposta, sem precisar de mais palavras.
Entre notas e palavras, vocês haviam criado algo único – uma melodia que sempre os conectaria.
Fim.
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seventeen imagine
Fanfictionnesse livro tem vários tipos de imagines do seventeen espero que vocês gostem