prologue

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antepenúltima noite do verão 2017

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antepenúltima noite do verão 2017

Alexa Sanderson, 9 anos

Saí do quarto animada, meu pendrive carregava todas as fotos mais incríveis que eu tinha tirado durante todo o verão. As noites em Malibu estavam acabando; nessa e específico era minha chance de mostrar á todos a minha visão de como meu verão tinha sido.

— Vamos mamãe. Só falta você! – Falei enquanto descia as escadas com minha câmera nas mãos.

A ansiedade me consumia aos poucos. Não era apenas o meu ponto de vista do verão de 2017, mas a primeira exposição que minhas capturas participavam.

Me sentei inquieta no sofá bege que a sala tinha. Olhava meu rolo de câmera umas trinta vezes pra ter certeza de que nenhuma foto tinha saído tremida – mesmo já sabendo que não estavam – tudo aquilo era demais pra mim.

Senti um braço atrás de mim pegar meu pendrive como um vulto. Olhei pra trás depressa em um movimento involuntário. Pra minha surpresa – é claramente sarcasmo – um protótipo de ator o segurava com um sorriso vitorioso no rosto.

Ele sempre fora travessso, desde o dia em que eu nasci aquele loiro estava lá pra me estressar. Seria muita coincidência se eu dissesse que nossos avós eram melhores amigos, criaram filhos melhores amigos e agora netos que mais implicavam do que conviviam, mas ainda era melhores amigos.

— Walker William Scobell, devolva já o meu pendrive! – Falei com voz autoritária

— Vê se me acompanha, princesa Alexa! – Ele disse com a voz mais grave imitando o mordomo do filme Barbie E O Portal Secreto.

Droga. Não podia ficar correndo por aí antes da minha exposição, isso só me traria suor e cabelo molhado. Walker já tinha passado todo o verão me falando bobagens e brincando, mas especialmente hoje eu não estava pra brincadeiras.

Olhei pra todos os lados e pro meu azar, os adultos estavam na varanda, esperando a dondoca se arrumar. Tive que usar minha carta manga.

— Tia Heather! – O loiro parou de correr num instante e veio parar na minha frente.

— Tá bom, chatonilda. – Ele estendeu as duas mãos com os punhos fechados e cruzou os braços, fazendo uma brincadeira de escolhas. — Só escolher o certo.

Escolhi a mão direita e por incrível que pareça fiz a escolha certa. Não sou uma pessoa muito sortuda pra esse tipo de coisa,  prefiro usar a lógica.

Segurei meu pendrive de uma forma brusca e o olhe com cara feia. Por um micro segundo ele estava prestes a arruinar tudo.

Walker não via graça em exposições fotográficas. Ele tinha passado o dia todo tentando fazer com que os pais desistissem da ideia de ir; mas obviamente não funcionou. Não queria que ele virasse fã de câmeras vintage de uma hora pra outra, mas ele é meu melhor amigo poxa! deveria estar ansioso junto comigo.

𝖯𝖮𝖨𝖭𝖳 𝖮𝖥 𝖵𝖨𝖤𝖶ʷᵃˡᵏᵉʳ ˢᶜᵒᵇᵉˡˡOnde histórias criam vida. Descubra agora