Morte interna: Onde achei que estava

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O meu destino é vagar morta por dentro tentando entender o que fiz de errado.
É me perguntar se alguma vez minha mãe quis que eu sumisse.
É sentir o desprezo e indiferença por todos os lados.
É ser controlada, maltratada, humilhada.

Sempre sorrindo para não ser chamada de dramática.
Estou começando a aceitar a vida morta que mereço ter.
Quem sou? NADA. Ou o resto do nada que um dia minha mãe sonhou em ter.
Meu destino é me doar e me deitar com homens que roubam meu coração e minha alma.

Que abrem um buraco de minhoca na minha mente e me lembram de que sou NADA.
Não mereço sorrir, não mereço amor, não mereço ser feliz.
E por isso decido e recebo o meu destino.
Obrigada a quem no meio desse caos tentou me amar, mas no fim eu não sou nada.

Poesia ArianaOnde histórias criam vida. Descubra agora