A história é baseada em uma garota chamada Liana Morgan, que se mudou pra Freeridge, um bairro perigoso entre gangues. Ela mora com seu pai, pois sua mãe acabou falecendo de câncer. Atualmente ela tem 15 anos e vai ter que se virar.
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Eu estava caminhando pela calçada, olhando pra rua, o por do sol batendo em meu rosto. Quando de repente um grupo de adolescentes chamam minha atenção, gritando.
"Ei! Você!"
Era uma menina e três meninos, eu apontei pra mim mesma e perguntei se era comigo, fui até eles meio desconfiada e com cautela.
L: vocês precisam de algo? - eu disse.
J: não... não precisamos de nada! nadinha! - um garoto negro disse, mas logo a garota entra na frente com uma cara de tédio e diz.
M: você é nova aqui em Freeridge, não é? - ela diz cruzando os braços.
L: sim? - falo com uma mão na cintura - o que querem?
C:fala logo Monse. - um rapaz branco do cabelo preto.
Eles começam um diálogo em um tom de voz baixo, eu não conseguia entender muito mas parece algo relacionado a mim. Eu já estava ficando estressada e nervosa com isso, mas continuei mantendo a calma.
L: gente eu preciso ir embora, o que vocês querem comigo? - eu falo já nervosa.
R: na real a gente queria virar seus amigos, já que eles não falam nada, eu falo. - um garoto mais baixo dos olhos claro diz, ele é super educado, gostei.
L: tudo bem, qual são os nomes de vocês?
R: eu sou o Ruby, esse é o Jamal! - ele aponta pro garoto negro que faz uma pose, icônico. - esse é o Cesar e a Monse. - Ruby aponta o dedo para a garota negra de cabelos cacheados e o garoto branco.
L: eu me chamo Liana, é um prazer conhecer vocês.
*QUEBRA DE TEMPO*
E lá estava eu e meus novos amigos, em um muro observando uma festa aleatória.
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A gente estava conversando sobre várias coisas, falando sobre as pessoas esquisitas que tinham naquela festa. Eu estava rindo a qualquer coisa que eles falavam, eles são engraçados naturalmente, Finalmente um grupo de amigos que eu consegui me encaixar e ser quem eu realmente sou. Minutos se passam, a gente começa a ouvir gritos e tiros, Cesar puxa a minha mão e sai correndo dali junto com os meninos.
J: é uma 38! - Jamal diz tentando descobri pelos tiros.
M: claro que não, é uma pistola tradicional! - Monse diz enquanto todos nós estávamos correndo.
"357!" - Todos nós falamos na mesma hora, rindo.
Depois de ter conseguido se safar daquele tiroteio, nós estávamos sentados na calçada, na frente da casa da vó do Ruby. Eu estava contando umas histórias e por surpresa eles estavam rindo horrores!
L: cara, eu estava sem entender, meu cabelo tinha fritado naquela chapinha! - eu digo enquanto mexo no cabelo da Monse.
C: você é bem louca né? - Cesar fala rindo.
L: existe louco pra tudo.. - digo e solto uma leve risada. - que horas são?
R: são dez pra meia noite. - ruby olha pro relógio que tinha no pulso dele.
eu arregalo os olhos, estava muito tarde!
L: gente, eu tenho que ir! foi ótimo passar o resto do dia com vocês, espero que possamos fazer isso outras vezes. - digo sorrindo e me levantando da calçada.
Eu comprimento os meninos com um abraço e me despeço, saindo de lá, colocando o celular dentro da calça. Eu já estava na metade da calçada quando escuto Cesar me chamar.
"Ei! Lia!"
Olho pra trás rapidamente, parada enquanto Cesar vem até mim.
C: posso te acompanhar? Minha casa é perto da sua. - Ele diz meio ofegante.
L: claro! eu já estava ficando nervosa só de andar sozinha de noite, e nesse bairro. - digo passando a mão no meu braço, claramente ficando com frio.
Cesar percebe e retira o casaco que ele está usando, me entregando. - toma! - o mesmo diz com um leve sorriso.
L: ah, não precisa Cesar, nem tô com tanto frio assim! - eu digo com o coração derretido de tanta fofura e gentileza do rapaz.
Ele exige mais uma vez, insistindo, e eu acabo pegando o casaco e vestindo. - obrigada, viu? - digo sorrindo, e olhando pra ele.
C: já é! - Cesar coloca as mãos no bolso com um sorriso, ele tinha aquele estilo totalmente largado. Usava calças largas, regatas brancas e tênis, isso que me deixava mais admirada ainda!
Nós dois continuamos andando pela calçada, ele fazia várias gracinhas, basicamente a maioria do caminho eu passei rindo por conta das brincadeiras dele.
L: você é engraçado naturalmente, sabia?
C: se o cara é feio, tem que ser pelo menos engraçado né! - ele diz rindo.
L: feio?! você não é feio, da onde tirou isso? - não é possível, talvez ele só queira chamar atenção.
C: ah, não sei.. eu só acho. - Cesar diz e me deixa na frente de casa.
L: obrigada mesmo viu? você me salvou. - eu digo tirando o casaco dele, com um sorriso meio bobo no rosto.
C: pode ficar com o casaco. - ele diz me entregando de volta, sem pensar duas vezes eu pego o casaco, sorrindo.
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