prólogo

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1924

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1924

Floresta amazônica

point of view of the character "narrator" 


O amanhecer silencioso na mata amazônica era interrompido apenas pelo sussurro do vento, que trazia consigo uma inquietação palpável. Os pássaros, normalmente vibrantes, pareciam hesitar, e os indígenas na aldeia sentiam a mudança no ar. Para eles, a chuva não tardaria a chegar, e essa previsão trazia uma sensação de urgência.

Entre eles, um casal observava o horizonte com olhares ansiosos. A filha, Karyon, de apenas 16 anos, havia saído para o rio logo ao amanhecer, como era seu hábito. Contudo, a menina não voltara, e a cada minuto que passava, o coração de seus pais se apertava mais. A mata, antes acolhedora, agora parecia um labirinto impenetrável, escondendo a filha e suas preocupações.

O vento se intensificava, trazendo um frio que se infiltrava nas ossadas. Algo desconhecido pairava no ar, uma sensação de que a natureza estava prestes a revelar seu lado mais sombrio. Apesar da angústia, o casal permaneceu imóvel, como se uma força invisível os impedisse de agir. Karyon, por sua vez, estava longe de imaginar a preocupação que causava.

No rio, a menina se banhava, alheia ao mundo exterior. A água fresca acariciava sua pele, e sua risada se misturava ao murmúrio da correnteza. O tempo parecia desvanecer-se, e Karyon não percebia o perigo que se aproximava. Ao sair do rio, um sorriso largo iluminou seu rosto, mas logo foi ofuscado pela visão de um homem à espreita. Ele pertencia à família Brandons, uma presença familiar, mas indesejada.

O olhar do homem, cheio de desejos obscuros, fez com que Karyon sentisse o corpo tremer. A voz de sua mãe ecoou em sua mente, um aviso que se tornara um mantra: "Cuidado com os homens brancos da região, você não é mais nenhuma criança." Karyon sabia que não podia fugir, pois ele era mais forte e ágil. Assim, enquanto a confusão tomava conta de sua mente, um vazio profundo se instalava em seu coração.

Deitada sobre as pedras, Karyon observou o homem afastar-se, passos largos e satisfeitos. O nojo e a vergonha a invadiram, um sentimento que a fez querer desaparecer. O sangue escorria de suas pernas e barriga, e com isso, uma decisão brotou em seu ser. Ela havia assinado a sentença da família Brandons, selando o destino de cada homem que vivesse e daqueles que ainda nascessem. Em um momento sombrio, a jovem provou da maldade do mundo.

Lágrimas escorriam de seu rosto, cada gota pesada como o peso do que havia acontecido. Tremendo, ela se levantou e começou a caminhar lentamente em direção à sua tribo, carregando consigo a dor e o trauma de um encontro fatídico.

Quando finalmente chegou, sua tribo a recebeu com olhares preocupados. Com a voz trêmula, Karyon compartilhou o que ocorrera, cada palavra um golpe em seu coração. Seu povo ouviu em silêncio, a tristeza transformando-se em indignação.

Em um momento de profunda dor e raiva, Karyon levantou os braços para o céu e lançou uma maldição sobre a família Brandons, selando o destino de todos os homens daquela linhagem. "Que nunca mais conheçam a paz!", gritou, a voz ecoando entre as árvores. A floresta parecia responder, e a energia da tribo se uniu à sua, uma força ancestral que prometia proteger sua linhagem.

Mais uma vez, uma índia tornava-se vítima de um branco, e a floresta, testemunha silenciosa, guardava o segredo.
A história de Karyon estava apenas começando, mas a sombra do passado já se aproximava, tecendo uma trama de dor e resistência que ecoaria por gerações.

(....)

Olá, autora aquii!

Passando para te desejar um ótima leitura, creio que se você chegou até aqui, você irá
ler todo o resto.
Fico feliz que você  tenha dado oportunidade para esse livro.

Boa leitura 🤍
-Autora_@

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