Capítulo 7 II - Natal

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O clima de inverno estava chegando em New York, em breve todas as lojas estariam decoradas para o Natal e a cidade coberta de gelo e neve, as pessoas já estavam agasalhadas e procurando sempre um lugar quentinho para se abrigar durante o dia frio, uma cafeteria era o ideal naquele clima e lá se encontrava a família tomando um chocolate quente esperando a mulher que tinha acabado de chegar na cidade.

- Nossa o chocolate tá bem quente né ? - Han disse mexendo um pouco do líquido da sua xícara.

- Tem pedaços de barra de chocolate, tá muito bom - Minho disse bebendo uma boa parte da bebida - Prova Changbin, tá muito bom.

- Não tô muito afim agora - o menino disse nervoso olhando para janela que dava visão para rua.

- Ei - Han segurou sua mão com carinho - Vai dá tudo certo.

- E se ela estiver me odiando? Eu sumi sem mais ou menos e agora que ela me ofereceu um pedaço da herança apareço como nada tivesse acontecido - o menino balançou os dedos nervoso.

- Ela é sua mãe, te ama muito não lembra? - Han disse com um sorriso bobo rosto, lembrava ainda do dia que a mulher lhe deu o próprio filho num ato de amor.

- Olá rapazes - A voz doce chamou atenção dos três, logo se levantaram para cumprimentar a mulher.

- Senhora Park, você está ótima - Han deu um abraço sincero na mulher, estava do mesmo jeito desde da última vez que se viram, a mulher cuidou dos seus filhos quando o mesmo saiu em Lua de mel com Minho.

- Verdade, parece que os anos não passaram nada - foi a vez de Minho de dar um abraço na mulher.

- Vocês estão sendo singelos, isso tudo é plástica - a mulher riu consigo mesma - Já conhecem meu filho Suga ?.

- É um prazer conhecer vocês - o homem apertou as mãos dos dois, tinha leves semelhanças com Changbin mas bem mais parecido com o pai dos dois.

- Changbin? - a mulher chamou o menino que estava parado ainda.

- Oi mãe - o menino se levantou e também abraçou a mulher que o apertou forte - Estava com saudades.

- Também estava meu filho - a mulher disse deixando uma lágrima escorrer pelo o canto do rosto.

- Vamos deixar vocês a vontade - Han puxou Minho para o outro canto do estabelecimento, mesmo que o marido tivesse curioso em saber da conversa era melhor Changbin ter aquela conversa sozinho.

- Como vocês estão ? Tá bem frio hoje - o menino disse sentando na cadeira sendo acompanhado pelo os dois.

- Coloca frio nisso, na Coreia estava apenas nublado - seu irmão juntou as mãos numa maneira de se esquentar.

- Estamos bem, o pior já passou - Changbin sentiu o peso daquelas palavras.

- Desculpa não ter mandado mensagem antes, aconteceu tanta coisa que eu nem percebi o tempo que estávamos sem se falar - o menino disse envergonhado - Como foi que aconteceu?.

- Ele morreu de causas naturais, não sofreu muito - a mulher suspirou lembrando da última noite com o marido - Um dia antes ele queria vim para New York te fazer uma visita, disse que estava morrendo de saudades.

- Nossa - Changbin nunca foi tão próximo do seu pai biológico, mas todas as vezes o homem lhe tratava muito bem - Eu me sinto horrível por não ter feito a última vontade dele.

- Tudo bem filho, ele não morreu com raiva, apenas queria falar com você - a mulher segurou sua mão fazendo um carinho - Ele deixou uma quantia boa..

- Eu não vou aceitar, não é justo, vocês estavam lá todo o tempo, eu apenas fugir - o menino disse deixando uma lágrima escorrer pelo o canto do rosto - Desculpa mesmo mãe, eu tava tão preocupado com os meus problemas que esqueci da minha família.

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