Cheguei em casa, encontrando os meus filhos e a Paulina na sala. Soraya veio correndo na minha direção. -Mamãe, a gente vai viajar??
-Sim, amor..
-EBAAAAAA
-Soraya, sem gritar..Subam e peguem as últimas mochilas de vocês
-Ta bom
As crianças subiram e eu encarei a mulher à minha frente.
-Ludmilla..Por que do nada isso? -ela se aproxima
-Você sabe bem..
-Ué, ta protegendo a bonitinha?
-Eu não quero que você pergunte nada. Sério mesmo, só vamos pro México e acabou
-Calma..Se vamos pro México juntos, as crianças tem que ver as mães deles se dando bem, não acha?
-Não, podemos ser normais
-Não, Ludmilla…Somos casadas. E se vamos pro México, continuaremos nisso
Respirei fundo. -Olha, Paulina..Eu não tinha intenção nenhuma de ir pra esse país com você. Eu tô fazendo isso pela Brunna, e meu filho.
-Que filho? O bastardinho?
Eu ameaço sair andando, mas ela me segura. -Se vamos fazer, então vamos fazer direito. Você é minha mulher, ou não é?
-Mamãe! -Soraya desceu correndo, e a Paulina me agarrou, me abraçando.
-Oi meu amor
-Você me ajuda com a minha mala?
-A mamãe ajuda, só espera um pouco, eu e sua mãe estamos conversando.. -Ela me encara, acariciando a minha nuca. -Né, meu amor?
-Uhum, é
Paulina deixa um selinho em meus lábios, sorrindo em seguida.
-Tá, mas não demora -Ela volta a subir a escada
-Vai ajudar ela, eu vou arrumar as minhas coisas
-Já arrumei tudo, meu amor..Só falta você fazer uma mochila com coisas importantes pra você
-Então eu vou fazer. -Me afasto, subindo a escada
Eu fui ate o meu quarto, e fechei a porta. Desabando..Se eu não chorar, eu vou surtar.
Sentei na cama, tirando o celular do meu bolso. Esse eu não posso ter mais, e dentro dele fica tudo que vivi com a Bru. Então eu guardei no meu closet, enquanto fui fazer a minha mochila
Eu já imagino a minha princesa chegando feliz no México, e não conseguindo falar comigo, isso vai deixar ela mal.
Então eu resolvi fazer de outro jeito, assim que ela chegar, nós vamos conversar..E eu vou terminar com ela pelo celular. É melhor do que sumir do nada, e ela ficar preocupada. Eu prefiro que ela tenha ódio de mim, do que fique preocupada.
Então eu coloquei o telefone na mochila, e assim que ia fechar, a porta do quarto abriu. -Oh sua vagabunda, você vai pro México?!
-Dai..
-Ludmilla, a Brunna..Meu Deus, o que você ta fazendo?
-Confia, Dai..
-Mas e a sua empresa?
-Você vai ficar a frente enquanto eu estiver fora
-Lud..
-Não conta pra minha mãe, até eu estar no México. Por favor
