Frail love

Andromeda

Andromeda Black Tonks, 1998

O mundo estava em paz, por alguns anos pelo menos. Mas, como sempre, Andromeda não estava. Se paz significava ausência de problemas, ela experimentou esse estado poucas vezes na vida, e tinha uma boa memória. Ainda se lembrava de quando era criança, e se a vida realmente estava ausente de problemas.

Sua mãe, Druella Rosier Black, a amava muito, assim como sua irmã Bellatrix. E esse amor supriu toda a falta de afeto que seu pai tinha por sua irmã mais nova, Narcisa. Cygnus Black sempre quis um filho homem para perpetuar o sangue e o nome da família. Bellatrix foi uma bênção quando nasceu, e quando Andy chegou, "ela fará companhia à Bella", eles pensaram. Mas, após seis anos de espera, Druella finalmente engravidou, e, depois de um parto de dois dias, nasceu uma menina. Todos os olhares murcharam. Cygnus, que tanto ansiava por um herdeiro homem, viu sua expectativa se esvair.

— Druella é egoísta, Orion, e é por isso que a menina vai receber um nome que combine com o comportamento narcisista da mãe, não um nome das estrelas como os Black — disse Cygnus ao primo e cunhado enquanto apreciavam seu conhaque.

— Até eu acho que você está sendo duro demais com Druella. Até mesmo seu pai, Pollux, considera uma bênção vocês terem mais uma filha depois de tanto tempo — respondeu o cunhado.

Andromeda ouviu isso e ficou triste, então foi se confidenciar com seu avô, um homem arrogante e presunçoso. Uma vez, ela confidenciou a Edward Tonks: — Meu avô era o pior homem do mundo, e eu era sua neta favorita.

No escritório, enquanto ele escrevia cartas sobre as boas novas, Andromeda o encontrou e disse: — Acho triste que não vejam algo de bom. Narcisa não podia escolher ser um menino.

Com um sorriso caloroso e olhar amavael para a neta, ele respondeu: — Seu pai é fraco. Não sabe lidar com o lado bom das coisas e vai culpar os outros pelo lado ruim, como está fazendo com Druella e a Cissa. Não se trata apenas do nome Black, mas de como vivemos a história. Você sempre deve manter um olhar mais alto. Sempre haverá quem tente tirar de nós o direito de nascer. Os sangue-ruins sempre tentarão invadir nosso espaço, mas você precisa deixar sua marca na história. Ter um homem seria mais fácil, por isso seu pai é fraco.

A partir daquele dia, ela não mais se importou com problemas que não lhe cabiam, nem mesmo quando viu sua tia Cassiopeia, no auge de sua beleza aos 26 anos, quebrar metade da porcelana antiga enquanto gritava e chorava. Ela só parou quando Alphard, irmão de Cygnus e Walburga, chegou em casa e a abraçou, segurando seus pulsos, enquanto ela desmoronava em seus braços.

Curiosa, Andromeda perguntou a Alphard o que havia acontecido. Ele suspirou antes de responder:

— Assuntos do coração, Andy. Ela amou um homem e ignorou o sangue dele, mas ele não ignorou a loucura e os caprichos dela. Ele desfez o noivado secreto.

Naquele momento, Andromeda aprendeu que não deveria se apaixonar por um amor impossível, como Cassiopeia. Mas sim por alguém com sangue... fino. Como ela.

Quando Cassiopeia morreu de tristeza em uma cama e Alphard negou aos puro-sangue e sua ética, bem como o convite caloroso dos Comensais da Morte, sendo riscado da tapeçaria da família, Andromeda entendeu que a vida era feita de pares: Cassiopeia para Alphard, e Andy para Sirius. Mesmo com tenra idade, ela sabia que, na ausência de Alphard, Sirius seria o encarregado de incomodar.

Naquele momento, a vida deixou de ser isenta de problemas.

Em Hogwarts, enquanto Bella e as outras meninas flertavam, Andromeda ainda não se sentia confortável para isso. Mas, como uma boa Sonserina, colocou como prioridade as características que um homem deveria ter para ela: ser bom, gentil, capaz de aceitá-la e enfrentar as adversidades da vida. Ambição não era apenas o desejo de conquistar o mundo, mas de atingir seus objetivos, e um deles era ter um homem que fosse o oposto de Cygnus.