A Flor que Brota na Escuridão

PROLOGO

Hikari 22 anos

Eu respiro com dificuldade sentindo o suor descer pelo meu rosto, seguro meu filho Yuto de dois anos nos braços enquanto eu corro para o apartamento da minha vizinha temporária, como a minha cafeteria está em reforma automaticamente a cara em cima dela também, então eu to ficando na casa do meu atual namorado. Bato na porta com ansiedade, vendo a senhora abrir a porta.

―Boa noite ― Me curvei ―A senhora pode ficar com meu filho por um momento? Eu juro que volto para pegá-lo.

Ela encarou meu rosto provavelmente olhando a marca de tapa no mesmo, e concordou entreguei Yuto que estava dormindo nos braços da senhora. E voltei para o apartamento do meu namorado.

Abri a porta vendo-o virar mais uma garrafa de cerveja de uma vez, ele se virou para mim esbanjando um sorriso. Os seus colegas de trabalho estavam rindo jogando algum jogo de azar na mesa de centro.

―Se livrou do moleque Hikari-Chan? Me desculpa te bater eu juro que não queria―Ele passou as mãos pelos meus cabelos e beijando a minha testa, o que foi a chance perfeita de dar uma cabeçada, fazendo ele se afastar colocando a mão no nariz que começava a sangrar.

―Se você ameaçar meu filho de novo, eu juro que te castro―Eu disse apontando um dedo para sua cara sentindo a raiva me consumir.

Ele respirou fundo e socou meu rosto fazendo eu ser jogava para trás com o impacto batendo na bancada, me sentindo tonta, vejo ele se aproximar e pego a panela de pressão que estava na pia jogando nesse acertando no meio de sua testa. Mas não impediu ele de continuar avançando é agarrar meu cabelo, elevei meu joelho chutando seu membro, o que fez ele segurar com mais força o meu cabelo.

―Aí rapazes― Ele disse cuspindo o sangue― Que tal darmos uma lição nessa puta que não conhece seu lugar.

Vi seus colegas se aproximarem com sorrisos sádicos no rosto, e minha visão se tornou turva depois de Shion socar novamente meu rosto. Depois disso eu lembro do acontecimento de flash, eu estava consciente mais meu cérebro me deixou em estado estático. Só voltei ao normal quanto o paramédico veio ao meu socorro depois de um policial tirar um colega do Shion em cima de mim.

―Senhorita Yamamoto pode me ouvir? ―O paramédico perguntou enquanto me colocava na maca.

Assenti

―Meu filho...Onde esta Yuta, tenho que buscá-lo ele tem medo de escuro―Tentei me levantar, mas fui impedida.

―Garanto que poderá ver ele depois que for devidamente atendida―Meus olhos fecharam depois dessa frase.

Mas o paramédico estava correto, a senhora levou meu filho no dia seguinte no hospital, Shion estava detido junto com seus cumplices pegaram vinte anos de cadeia, o que me deixou tranquila, abracei Yuta vendo ele seguro e com o sorriso no rosto, e mais feliz por saber que não ocorreu nada com a vida que estou gerando no meu ventre. Minha cafeteria, Hikari Lounge, vai estar pronta em quinze dias e logo vou poder voltar a trabalhar, espero que eu possa dar uma vida para meus filhos, sendo mãe solo.