𝗔𝗠𝗢𝗥 𝗗𝗘𝗟𝗜𝗥𝗔𝗡𝗧𝗘. Uma paixão que ultrapassa os limites da razão, onde a pessoa perde o contato com a realidade em nome de um sentimento avassalador. Não é apenas a idealização do ser amado, mas uma obsessão intensa que distorce percepções...
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𝗧𝗔𝗧𝗦𝗨𝗬𝗔 𝗦𝗘 𝗘𝗡𝗖𝗢𝗡𝗧𝗥𝗢𝗨 𝗖𝗢𝗠 Draken naquela manhã por puro acaso. Estava andando pelas ruas movimentadas de Shibuya, distraído, os fones nos ouvidos, quando, por puro reflexo, seus olhos encontraram os de Ryuguji, que parecia estar a caminho de um encontro com Manjiro. Era algo raro cruzar com o gigante, ainda mais em um contexto tão casual. Draken, com aquele olhar sereno, mas intenso, sorriu levemente e o abordou.
Após uma breve troca de palavras, Tatsuya se viu numa situação difícil. Draken, com seu habitual jeito amigável, mas firme, o convidou para acompanhá-lo. Tentando evitar a situação, o Kurosawa inventou uma ou duas desculpas rápidas, mas nenhuma foi o suficiente para convencer Draken a deixá-lo ir. No final, sendo arrastado pelo gigante com um sorriso no rosto e ouvindo uma enxurrada de motivos pelos quais deveria ir, Tatsuya não teve escolha a não ser aceitar.
Agora, ele estava ali, sentado num canto do depósito, observando o cenário ao seu redor com uma expressão impassível. Draken, Manjiro, Pachin e Peyan estavam envolvidos em alguma conversa importante, que claramente não era da sua conta. Ele sabia disso. Por isso, decidiu desconectar-se, tanto fisicamente quanto mentalmente, recostando-se contra algumas caixas abandonadas, fones no ouvido, deixando a música abafada o distanciar dos assuntos que aconteciam à sua frente
Enquanto ouvia a melodia ecoar suavemente, seus olhos observavam o ambiente de maneira displicente. Ele não conhecia os detalhes do que estava acontecendo entre eles, mas a atmosfera de seriedade era palpável. Um certo cansaço abateu sobre Tatsuya. Ele não tinha interesse em estar ali, mas algo no seu instinto o fazia manter os sentidos em alerta, mesmo que de forma inconsciente.
O tempo passou, os minutos alongando-se até que algo quebrou a monotonia. Uma movimentação inesperada captou a atenção de todos. O som de passos rápidos e pesados ecoou pela entrada do depósito, e logo uma figura familiar apareceu. Takemichi entrou apressado, sua respiração ofegante, o suor escorrendo pelo rosto, deixando claro que ele havia corrido muito para chegar até ali.
┈┈ Mikey-kun!! ┈┈ O grito de Takemichi reverberou pelo local, cortando o silêncio e chamando a atenção de todos. A expressão no rosto de Hanagaki era um misto de nervosismo e determinação, um contraste gritante com o ambiente sombrio e despreocupado em que ele havia adentrado.
Os olhares se voltaram para ele, cada um carregando diferentes emoções. Manjiro, com seu típico sorriso despreocupado, encarava Takemichi como se o tempo tivesse desacelerado ao seu redor, sua voz quase melodiosa enquanto falava:
┈┈ O que foi, Takemichy? ┈┈ A calma no tom de Manjiro era desconcertante, contrastando com a tensão que agora dominava o local.
