Right Now

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Aquilo tinha que ser coisa do Diabo.

Ela a esteve olhando, ela amaldiçoou, e então ela a chamou.

Era ridículo. Nenhum mortal tinha o poder de chamar um anjo, e não teve outro dono desde que começou a eternidade e os anjos fizeram um pacto com ele. Pinlanthita descendeu com muita cautela, e se aproximou.

Ficou suspensa a escassos metros de sua cabeça. Ela lhe chamou? A garota colocou a mão no rosto. Pin não podia ver o que estava fazendo. Os ombros da garota começaram a mover-se para cima e para baixo, e percorreu-a uma onda de dor e fúria. Ela estava triste.

Aterrissou sobre a ponte. Ficou atrás dela e a seguiu a uma distância prudente, enquanto ia mudando sua aparência pouco a pouco.

Suas asas se negavam a desaparecer e teve que dar vários passos até que por fim esteve segura de que os mortais não poderiam vê-las, e que contava com todo seu glamour.

Mudou de roupa: substituiu sua armadura por um elegante terno negro, uma camisa da mesma cor e logo prendeu seu longo cabelo negro em um rabo-de-cavalo

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Mudou de roupa: substituiu sua armadura por um elegante terno negro, uma camisa da mesma cor e logo prendeu seu longo cabelo negro em um rabo-de-cavalo.

Finalmente deixou de utilizar a força que o fazia invisível aos olhos dos mortais, e se aproximou. Pegou um lenço azul do bolso de sua pasta, colocou atrás dela e vacilou só um segundo antes de tocá-la no ombro.

—Está bem?

Perguntou em francês, esperando que fosse a linguagem correta e as palavras adequadas. Fazia muitíssimo tempo que não falava com ninguém e, apesar de conhecer línguas modernas, jamais as utilizou. Ela se voltou a tampar o rosto. Seu longo cabelo castanho caía pela frente de seu rosto, e Pin não podia vê-la. Quando se voltou para olhar estava sorrindo. Seus olhos de cor avelã pousaram sobre o lenço que oferecia, mas em seguida deslizaram por seu braço, seguiram por seu peito, e acabaram parando em seu rosto.

Era muito mais bonita em pessoa, tinha uns traços muito doces e uns olhos redondos. Parecia um autêntico anjo.

Pinlanthita não percebeu que era muito mais baixa que ela.

Pelo menos uma cabeça toda, era uma mulher pequena. Assim que a olhou nos olhos, sua expressão mudou.

Sua mão parou a escassos centímetros do lenço, e o horror se apropriou de seu rosto.

— Se afaste de mim.

Seu francês destilava um agudo pânico. Saiu correndo em direção à ponte. Pinlanthita franziu o cenho, observou o lenço e foi atrás dela.

A mulher olhou para trás por cima de seu ombro, e acelerou o passo.

Pareceu muito fácil salvar a distância que havia entre elas. Seus passos eram muito mais compridos que os da garota,
e as pequenas sandálias com salto que usava não estavam precisamente desenhadas para escapar.

— Me deixe em paz!

Por que estava escapando?

As pessoas estavam começando a olhá-las, e murmuravam coisas uns aos outros. Aquela garota estava montando uma autêntica cena, e Pin não estava muito segura do motivo.

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