[SHORTFIC] Quando se nasce em um lar cristão, você teme os medos que seus pecados podem causar, talvez pelo pânico de ir para o inferno, queimar eternamente por suas escolhas em vida, ou até pelos julgamentos na terra. Mas para Kim Taehyung, isso nã...
Espero que vocês gostem dessa historia bem mais do que eu, estou muito ansiosa pra entrar nessa nova era com vocês. Eu me dediquei muito a ela, então por favor, de coração, comentem muito, me ajudem a fazer ela crescer, deixem um voto e façam seus conhecidos lerem também.
Esse capítulo tem 22K de palavras, eu revisei mas pode ser que algum erro tenha passado despercebido, enfim, apenas relevem. 🥺
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⚠️ homofobia, agressão física e verbal, crises de ansiedade, blasfêmia, palavrões, ameaças.
Será que a gente consegue 1k comentários nesse capítulo?! Espero que sim. 🙏🏾👀
✝️
— Sorria Tae! - Jia pediu apontando o celular para o filho, tirando dezenas de fotos que iam parar no facebook mais tarde. — Que lindinho. - sorriu encarando o aparelho bonito.
— Mãe, já chega. - pediu emburrado. Taehyung não queria estar ali, não se sentia confortável, aquelas roupas cheias de fru-fru, eram irritantes, e antes mesmo do culto começar, ele já se sentia julgado por deus e o mundo só de pisar na calçada.
— Deixa de ser chato. - Jia guardou o celular na bolsa. — Vem, vamos entrar, o culto já vai começar.
Haviam três meses que Kim Jia se converteu ao cristianismo, era estranho ver ela abdicar de falar palavrões e beber cerveja após entregar sua vida para Jesus, foi tudo muito diferente do que já era acostumado a viver, mas não reclamou quando a mãe fez essas escolhas, se ela se sentia bem, não era Taehyung que iria impedir. O que Taehyung não imaginava, era que ela ia obrigar ele a ir para igreja junto com ela. Jia sempre usava aquele tom doce e meigo, chantageando o filho para que fossem juntos, prometendo o levar a algum restaurante depois, comprando Taehyung do jeito que sabia funcionar.
E de verdade, aquilo tudo era infernal, ainda mais quando era conhecido naquela droga de cidade por ser gay e ter um Instagram onde não escondia nada de sua sexualidade. Taehyung se lembrava do primeiro dia que colocou os pés naquela igreja. Se lembrou dos olhares, dos cochichos das velhas e o olhar de nojo dos homens. Tentou até se enturmar com os jovens da sua idade, mas sempre eram curtos em suas respostas e nunca pareciam querer algum tipo de assunto com Taehyung.
Claro, quem ali arriscaria a própria paz em troca de uma amizade com o mais novo membro gay daquela igreja? Sabia que só de falar com alguns dos jovens, seus pais iriam dar broncas e reclamar pelo contato com aquele ser enviado do inferno. Às vezes, aquilo parecia respigar até em sua mãe, Taehyung já tinha presenciado a forma que outras mulher tratavam Jia, sempre a olhando de cima a abaixo, com olhar de superioridade, com respostas sempre debochadas, agindo de um jeito que muita das vezes, Jia não parecia notar. Era nova ali, não conhecia a índole de todos.
Então muitas das vezes, Taehyung ia para proteger sua mãe, ela estava feliz, e não queria que ela se frustrasse com aquelas pessoas rudes, sempre apartava algumas conversas quando via que às mulheres estavam tirando sarro de Jia, tirando sarro de si, ignorava os olhares os comentários e apenas protegia sua mãe de qualquer ruindade daquelas pessoas.
