Capítulo 3

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Pov Narrador

O casal de senhores ainda pareciam perplexos pela aparição da jovem, enquanto a mesma se encontrava em Pânico olhando para todos os arredores sem saber onde estava, se perguntava o que havia acontecido e com os olhos buscava pela figura dela, mas a única coisa encontrada eram os senhores

M - olá? - Marie se sacrificou a dizer, tentando chamar a atenção da garota e descobri quem era ela, era notório o medo da garota e que deveria ter passado por algo difícil pelas marcas em seu corpo - qual e o seu nome querida? - a senhora tenta se aproximar da garota que se arrasta na grama, seu peito subia e descia na respiração desesperada da garota sem saber o que aquela mulher poderia lhe causar - está tudo bem, não vamos te fazer mal, você precisa de ajuda? - para Marie era uma pergunta bem óbvia mas ela não tinha mais ideia do que perguntar, ao seu lado, seu marido continuava silencioso recordando ao fundo de sua mente de onde ele se recordava da garota

D - temos que leva-la a delegacia - foi como um click em sua mente, não pode entender como esqueceu disso, deixando a esposa confusa para trás David seguiu até a fazenda, adentrando apenas para pegar a chave de sua caminhonete e por um momento parou para pensar e entrou em seu quarto pegando uma camisa de botão sua que seria grande o bastante para cobrir o corpo da garota

seguindo para fora de sua fazenda pode ver a esposa ajudando a garota  se levantar, de longe via sua boca mexer mas era incapaz de entender o que ela falava, provavelmente tentando acalmar a garota e fazê-la confiar neles, ele pode ver que ela não conseguia se manter em pé sozinha, que estava mais magra do que havia notado anteriormente e seus olhos assustados não sabiam para onde olhar

Marie ao seu lado, tentava falar com ela perguntando seu nome, idade ou o que havia lhe acontecido mas nada saia da garota, ela apenas andava, ou melhor mancava, a caminho da caminhonete do rapaz, o desespero no olhar da ruiva ao ser levada para perto do carro era involuntário, mas ela não lutaria pois sabia que não tinha forças, apenas deixou aqueles dois senhores, que mesmo qie não soubessem fossem simpáticos e bondosos, levarem ela para dentro da caminhonete seguindo caminho até a cidade afastada dali

Marie insistiu em falar com a garota enquanto vestia a camiseta de botões do marido na garota cobrindo boa parte da sua nudez, o corpo da ruiva tremia, a fome que sentia ja não era mais compreendida, ela havia comido não havia? ela não lembrava, sua memória não se passava se lembranças turvas e confusas sobre o que haveria acontecido com ela, tudo que ela se lembrava era de uma festa, onde ela estaria com seu irmão e sua amiga, e então, a chapeleira maluca estava a sua frente, lhe oferecendo uma viagem a um mundo mágico, e ela aceitou

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a chegada na delegacia havia sido tranquila, mas quando o casal adentrou o local perceberam todos os olhares em sua direção, eles não entenderam por que as pessoas pareciam tão curiosas e outras mesmo chocadas em ver eles, mais especificamente, em ver a garota

M - Olá, nos queriam- - a moça mal teve tempo de falar quando uma policial de cabelos loiros e olhos azuis se aproximou com uma expressão séria

T - e ela não é? - a pergunta não foi diretamente a senhora, mas sim a um policial ao seu lado que levanto um papel a ela fazendo com que tanto a policial, quanto o casal vissem, havia um papel de busca, garota de 16 anos desaparecida, a foto da garota a sua frente, bem mais magra e o cabelo mais longo que na foto do cartaz, aquele papel fez com que o senhor se lembrasse de ter visto algo assim a um tempo na cidade - por favor, levem ela até a sala de investigação, quero falar com esses dois, e alertem os pais da garota, que nós a encontramos.

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em casa, Maria preparava mais uma janta, sem ânimo no rosto junto ao marido que tentava sempre ajudar a esposa, Pedro tentava ajudar a esposa, não falava de como se sentia desde a ida da filha pois sabia que a esposa ja tinha coisa de mais para se preocupar, e que se ele não fosse forte a família desmoronaria, Téo e Lilah estavam na sala, uma cena não tão incomum nos últimos dias, os dois estavam tentando por Maria e Pedro pois sabiam que ela não tinha culpa de nada, e que precisavam se ajudar e ajudar ela

entre a casa silenciosa apenas com o barulho das panelas que assavam e cozinhavam a janta, o toque de um telefone fez Maria piscar rapidamente procurando o celular com o olhar, a tela acessa brilhava sobre o balcão enquanto o toque irritante insistia em tocar

Maria abaixou o fogo deixando a colher sobre o balcão e andou até a mesa enxugando as mãos para pegar o celular, mas seus olhos travaram no nome do contato que lhe ligava, polícia, todo seu corpo gelou com as possibilidades que surgiam em sua cabeça após a ligação, haviam pistas? ou não? teriam achado sua filha? ela estaria.. viva? as mãos de Maria tremiam pelas possibilidades e Pedro percebeu o terror da esposa olhando para tela do celular, se aproximando viu o número que ligava e cuidadosamente segurou a mão da esposa pegando o celular que atendeu a ligação

P - alô - a voz de Pedro se esvaiu como um sussurro enquanto uma voz abafada surgia do outro lado da ligação - Pedro, Pedro Smith - a esposa já chorava, sem saber o qie iria ouvir segurando fortemente a mão do marido e aquilo chamou a atenção de Lilah que observava seus olhos enquanto todos ja pensavam o pior - t-tem certeza - Maria sabia, a notícia era certa, pois os olhos de seu marido estavam lacrimejando como se segurasse ao máximo o choro, e em uma última palavra no celular ele disse - já estamos indo para ai - e então ele desligou, olhando pra esposa que chorava agora tendo o olhar nervoso dos adolescentes sobre ela, e em um ultimo momento de pânico, ela viu seu marido sorrir, olhado em seus olhos e a abraçando - encontraram nossa filha, ela está viva!

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T - você não precisa ter medo de mim, vai ficar tudo bem - os olhos de Ella caídos sobre a mesa não prestavam atenção nas palavras da policial se sentindo sufocada no local fechado - seu nome e Ella certo? eu me chamo Chloe, eu quero ajudar você a voltar bem pra sua família, eles sentem muito sua falta sabia - a menção da família fez com Ella levantasse o olhar e após todo o dia proferir sua primeira palavra

E - mamãe? - os olhos marejados, a voz fraca e o corpo encolhido mostrava a policial que seja lá o que a garota havia passado, não foi nada fácil

T - isso, sua mãe, o seu pai, todos eles estão - a policial estica a mão sobre a mesa fazendo o olhar da garota segui-la até que ela segura sua mão - me conte o que aconteceu, e eu poderei garantir sua segurança e de outras garotas da cidade - por um momento Ella realmente quis ajudar, ela queria mas não entendia o que a policial queria dizer com garantir sia segurança, ela estava segura, sempre esteve, acidentes aconteceram e claro, mas Ella nunca havia se sentido mais segura

... - com licença - a porta foi aberta pelo que Ela acreditava ser outro policial - a família dela está aqui e insisti em vê-la - a policial a sua frente apenas concordou com a cabeça e o homem fechou a porta se retirando

E - eu estou segura - Ella proferiu, a frase anterior da policial rodando em sia cabeça - os coelhos falavam comigo - como se viajasse em seu próprio mundo Ella olhou para a parede se lembrando das poucas confusões em sua cabeça - e ela sempre cuidava de mim

a policial iria perguntar, como assim coelhos? quem cuidava dela? mas não teve tempo pois a sala foi literalmente invadida pela mulher, mãe de Ella, seguida pelo resto da família logo atrás

M - filha - os olhos de Maria ja estavam vermelhos sem não aguentar mais chorar no caminho a delegacia - meu amor - Maria se aproximava da filha segurando suas bochechas e vendo como ela estava diferente após tantos meses

E - não e minha mãe - as palavras saíram tão naturalmente da boca de Ella que acabou chocando a todos na sala pelas palavras - eu quero a minha mamãe



The Mad Hatter in overdose LandOnde histórias criam vida. Descubra agora