Pov Narrador
Após o alto grito de Ella que pareceu ecoar por toda a casa, Téo Seu irmão havia sido o único capaz a se aproximar da irmã e tentar acalmá-la em meio a sua crise, Maria e Pedro se faziam de pé em frente a porta do quarto, olhando para a filha com a dor em seus olhos, os pensamentos crueis do que haviam feito com sua garotinha destruía cada cantinho de seus corações
Lilah não havia sido capaz de ficar para ver a cena, voltou ao quarto de Maria, onde realmente havia passado uma parte da noite junto a mulher, e tapou seus ouvidos, se sentando sobre o colchão controlando a respiração para a mesma não entrar em crise
Foram vários minutos, arredondados para quase meia hora até que Téo Conseguiu fazer a irmã abrir seus olhos e cessar as lágrimas, Ella parecia voltar de outra realidade, como se sua casa não fosse o lugar certo em se estar, como se em seus sonhos, ou pesadelos mais profundos, existisse outra versão de si mesma que ainda estava presa nos últimos meses, mas Ella não saberia dizer, até porque momentos depois que seu irmão a acordou, abraçando seu corpo, o sonho de Ella não se passou de uma nuvem cinza e vasta de pensamentos confusos, e nem uma única cena foi registrada em sua mente
Ella havia ficado silenciosa, silenciosa de mais para o gosto da família, Maria havia conseguido se aproximar da filha sem problemas, Ella não mostrou nenhum comportamento de quem queria afastá-la, mas também não mostrava querer ela por perto, seu corpo parecia presente, sua mente não
Em meio a conversas, unicamente por parte de Maria que tentava trazer a mente da filha de volta, as duas entraram no banheiro do quarto da ruiva, a mãe imaginou que um banho pudesse fazer com que a garota adormecesse novamente, no chuveiro, Maria fez de tudo para segurar as lágrimas, e não demonstrar em frente a filha, que já havia passado por tanto, o quanto ver seu corpo magro e tão machucado a destruía
No quarto ao lado, Téo Que planejava voltar ao seu quarto, e deixar a irmã nas mãos confiáveis da mãe, acabou parando em seu trajeto ao ver a loira, sentada no meio da cama de seus pais, abraçada com os próprios joelhos, parecendo se segurar ao máximo para não desabar, por dentro, aquilo doía tanto em Pietro, ver a garota que era uma irmã para ele estar se destruindo aos poucos em meio a remédios que ele sabia que a garota ainda usava, mas o mais doloroso era saber que por fora, ele já havia se acostumado aquilo, e a meses eles vinham se sustentando, um ao outro quando estavam a desabar
Téo Se aproximou da garota, e como costumavam fazer não disseram nenhuma palavra, sentando ao lado dela e a puxando aos seus braços em um abraço demorado e acolhedor, enquanto Lilah se permitia colocar aquela dor e angústia para fora
L - isso não é justo, não é justo eu deveria ter estado com ela! - a voz entre cortada por lágrimas e soluços soava dolorida, quebrada pela mesmo culpa que ela vinha carregando a meses
T - eu também Lih, eu também - era tudo que ele poderia lhe dizer, por que sabia que não poderia tirar a culpa da garota, sendo que era a mesma culpa que ele carregava, e nada faria aquela sentença mudar.
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Aquela madrugada foi tão difícil para os Smith, quanto a madrugada do desaparecimento de sua filha, Maria se via sobrecarregada, e Pedro sempre auxiliava a esposa com esforço e palavras acolhedoras, mas isso não tirava da mulher o peso que era lidar com os três adolescentes mentalmente abalados que tinha em sua casa
Ella não havia mais adormecido, Maria a vestiu, a deitou em sua cama e tentou deixar o clima mais agradável o possível para que a garota adormecesse, mas no fim das contas, Ella mal piscava enquanto seus olhos focaram em um ponto qualquer de sua parede
Maria havia se posto na cadeira de balanço que havia no quarto da filha e mesmo a insistência do marido não foi capaz de fazer ela sair da sua vigília, pouco mais de uma hora após Maria, que mal conseguia manter os olhos abertos de sono, viu pela brecha do quarto o filho passando com a loira adormecida em seus braços, em direção ao quarto do garoto, Maria sorriu, e jurou a si mesma que se as coisas não estivessem tão difíceis, lutaria pela guarda da garota, mesmo que em poucos meses, seria oficialmente uma maior de idade
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The Mad Hatter in overdose Land
Fanfiction!!!Essa história nunca terá um final, não espere por isso, apenas algo que retirei de um sonho conturbado e que não levará a lugar nenhum, apenas um registro!!! Ella era apenas uma adolescente normal de 16 anos, em uma noite a jovem sairá a uma fes...