P.C. Capítulo 6.

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Maluquice ou hobby?



Jimin sentiu o vento gelado bater em seu rosto. Aquela época era muito fria e a madrugada era pior. O mais baixo apertava com força sua outra mão, que dava a volta no corpo do Jeon. Ele sabia andar de vassoura, mas a aflição do momento o deixava mais tenso do que deveria estar, até porque alguém poderia estar seguindo eles. Olhou para trás várias vezes durante o trajeto, com medo de ver realmente uma pessoa ali, ou pior, seus pais.

Respirou fundo para tentar pensar positivo, mas apenas sentiu seu corpo se arrepiar fortemente. Park tinha, naturalmente, mais frio que o normal, mas não podia reclamar do clima, afinal, estava passando por tudo isso porque queria achar Taehyung. Precisava achá-lo, o mais rápido possível.

Seu corpo encolheu um pouco mais contra o do mais novo, em busca de calor. E o fato de estar se sentindo confortável em abraçar o grifinório, e não jogá-lo da vassoura, lhe deixava confuso. As desculpas que sua mente criava de que não derrubava o Jeon por ele estar lhe ajudando batia de frente com os questionamentos em relação ao bem estar dele. Será que estava com frio também? Com fome? Cansado? Com medo?

Eram tantas perguntas que rodavam em seus pensamentos, que apenas deitou a cabeça nas costas do outro e fechou os olhos. Iria ficar louco com tudo isso.

Jungkook olhou para trás de relance, vendo Jimin agarrado em si. Ele sorriu mínimo com isso, eram raras as vezes em que eles não estavam discutindo, mas o sorriso sumiu de seus lábios ao perceber o corpo do mais velho tremer um pouco. Precisava ir mais rápido, não era bom que nenhum dos dois adoecesse nesse momento.

Ele levou uma das mãos até as do Jimin, apertando de leve. O gesto foi suficiente para o sonserino entender que deveria segurar mais firmemente, e foi o que fez, se era possível por mais força ali.

Jeon ficou mais sério e fez um vôo arriscado, mas sabia que tinha habilidade para isso. Inclinou a vassoura de Taehyung para frente, que felizmente estava bem polida, e acelerou o máximo que conseguiu enquanto perdia a altitude. Desviava de algumas árvores altas e prédios com maestria, com mais alguns minutos de curvas, pôde avistar um beco mal iluminado à sua esquerda. Foi até lá para poder aterrissar e não correr o risco de serem vistos. Apesar do horário, ainda poderia ter trouxas andando por aí.

O chão ficou cada vez mais visível, e assim, os pés o tocaram. Foi um pouso excelente, Jeon se sentiu orgulhoso, mas não tinha tempo para dar atenção a isso.

— Chegamos, Jimin. — disse e sentiu o outro soltar-se de seu corpo. — Vamos logo, temos que atravessar. Está logo ali.

Segurou a mão do Park, que não relutou, deixou ser levado seja lá para onde estavam indo. Olhou ao redor e reconheceu aquela rua. E à sua frente estava o Caldeirão Furado.

Eles entraram no estabelecimento, que estava meio vazio, talvez por ser bem tarde, o alívio tomou conta quando seus corpos relaxaram ao sentir o calor do ambiente, normalizando a temperatura lentamente. Jimin se sentou em uma das mesas vagas dali e viu o Jungkook se distanciar e falar com alguém. Resolveu pedir alguma coisa, precisavam repor as energias. Como estava com frio, pediu duas canecas de chocolate fumegante para esquentar. Teriam que aguardar algumas horas antes do Beco Diagonal abrir, esperava que seus pais e nem os pais do Jeon tentassem rastrear ambos. Seria impossível achar o lufano com a família lhe impedindo.

O chocolate ainda não tinha chegado, o corpo do Park dava leves vibrações por conta do frio que ainda sentia, e tomou um susto ao sentir algo sendo colocado ao redor de si. Era um manto negro, que logo reconheceu como a capa que o mais novo vestia na festa.

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⏰ Última atualização: Oct 03 ⏰

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