Sim... Considero a escola, em específico essa daqui, um hospício.
Aparentemente, pensei que, seria mais fácil, se ninguém me visse. Mas, pelo oque pude reparar, nesse lugar, todos são divididos em grupos.
Temos, obviamente, as patricinhas, metidas e com as caras mais enjoadas que já vi. Essas daí, julgam, até o último resquício de sua alma.
Temos os, excluídos, parecem serem gente bacana, mas eu tenho sérios problemas de enturmação.
Ah! Vamos mencionar também os playboys e suas putas. Isso com certeza à em quase todo lugar.
Em fim...esses são os adolescentes de hoje em dia.
Adentrando os corredores da escola, posso olhar o rosto de cada um, logo, facilmente, podendo identificar de qual "classe social" a aqui pertence.
As paredes da escola, poderiam ser pintadas, mas, levando em consideração, a estrutura do lugar, e também, que aqui a várias pessoas que mostram não ter muita a intenção de colaborar com nada, o lugar se encontra em bom estado.
Sigo em direção a secretaria, antes de tudo, devo pegar meus horários e chave do armário.
Caminhando em passos lentos, tentando não errar o caminho que me indicaram, chego ao destino.
Bato na porta antes de adentrar o local, assim que escuto um "pode entrar", abro a porta e me direciono para dentro do ambiente. O lugar em si, tinha com sigo, uma energia muito calma, as paredes eram pintadas de um marrom claro, as cortinas eram brancas. Avia vários enfeites pelas paredes, e também fotos, nenhum rosto me parecia familiar.
Meu olhar cai sobre a mesa no centro da sala, uma mulher, de uns 40 anos, óculos e cabelo médio e preto, se encontrava sentada em sua cadeira, ela estava em volta de um casaco beje. Me passara uma primeira impressão, de ser calma, mas ao mesmo tempo rígida.
-No que posso te ajudar senhorita? - a mulher me pergunta, me olhando por debaixo daqueles óculos.
-Eu sou aluna nova, me disseram para vir buscar meus horários e a chave do armário.
-ah, entendo, você que é a Maria? -diz ela, e talvez possa ser impressão, mas ao dizer o nome dessa tal de Maria, sua expressão se tornou de desgosto. Acho que a menina deve ser problema.
- Não, me chamo Phoenix.
- Ah claro - logo depois disso ela sorri, e se estica, pegando um papel e logo um chave - aqui está, seus horários, e os locais das suas salas de aula. E também a chave do seu armário
- Obrigada - sorrio
Ela apenas acena com a cabeça, logo me direciono a saída.
Caminho até onde, é o corredor onde fica os armários, o número que marcava em minha chave era 58.
Vou passando pelos armários, até encontrar, o meu. Logo o abro e coloco alguns livros e cadernos que estavam em minha mochila.
Ouço o som do alarme, indicando que a aula começara. Me dirijo até a onde creio eu, que seja minha sala de aula.
Primeira aula seria de filosofia. Nunca gostei dessa matéria, acho que não me indentifico.
Vou andando até chegar em frente a sala de aula, entro e me sento em uma cadeira mais afastada de todos.
(...)
Logo depois de alguns minutos, o professor entra na sala de aula, tomando a atenção de todos que estavam conversando. Quando ele coloca sua bolsa em cima da mesa, ele se dirige a frente da sala.
- Olá, bom dia! - ele fala, e logo depois alguns alunos no local responde um "bom dia" em uníssono - Ótimo, animação pela manhã é tudo! Bom... Vamos as apresentações, meu nome é João, e eu serei o professor de filosofia de vocês, provavelmente até que se formem, então, se minha cara não é do agrado de vocês, sugiro que, se virem - ele fala em um tom de pura ironia. - muito bem... Vamos dar início ao dia, certo? Acho que poderíamos fazer uma reflexão, oque acham? - ele não espera os alunos responder, acho que mesmo que espera-se, ninguém responderia.
A aula se inícia, e por mais que eu tentasse, não conseguia prestar atenção.
Então me levanto da carteira e vou até a mesa do professor
- Professor... Posso ir ao banheiro?
- uhum - ele responde, mas ao mesmo tempo parece que não estava aqui, acho que sua atenção estava voltada demais para o computador em sua frente.
Logo depois saio da sala de aula, olho as placas nos corredores e vejo que o banheiro fica a esquerda... Mas, não é esse meu objetivo.
Sigo para o caminho da direita, logo vou para baixo da escada, era um lugar pequeno e escuro, creio eu que ninguém iria me achar, ou muito menos me procurar ali.
Retiro meu celular do bolso, vou caçando os contatos, até chegar no da minha amiga, Eloa, e logo ligo para a mesma.
Ouço o barulho do telefone chamar 3 vezes até ele ser atendido.
- Alô... - Eloa responde com uma voz de sono, conhecendo a mesma, deveria estar dormindo
- Olá criatura - digo com um sorriso, mesmo não podendo vê-la ou estando perto da mesma, ela sempre me passara um sensação reconfortante.
- hmm... Ah! Nix! Nossa oque tá fazendo, como tão as coisas aí? - a mesma me pergunta, se sobre saltando quando me reconhece. O apelido de infância "Nix" me traz lembranças...
- Olha... Eu não posso falar muito alto... Mas basicamente tô matando aula
- Você nem começou aí direito e já tá fazendo burrada?
- Ah qual é Lola, se você estivesse aqui, também estaria matando aula... Até porque a matéria é de filosofia
- Entendi... Filosofia é foda... Mas e aí? Como estão as coisas, já fez amigos? Tem algum bonitinho aí?
- Não... Não - digo rindo pela sua fala - eu não fiz amigos... Eu acho que não me encacho ainda... E não reparei nos meninos ainda.
- Nossa... Phoenix?
- Diga
- Eu vou na sua casa final de semana, fechado?
- Fechado!
- Isso, perfeito... Agora vê se para de matar aula
- Virou minha mãe agora?
- Se cuida viu! Te amo, até!
- Até... Também te amo - sorrio.
Logo a chamada é desligada, fico alguns minutos parada pensando em coisas aleatórias, mas logo saio de baixo da escada. Vou caminhando pelos corredores...
Vou vendo as salas de aula, reparo que está escola tem mais de um laboratório de ciências, ah vários!
Quando olho em volta, percebo que não reconheço o corredor em que estou... Ótimo... Que maravilha, era só oque me faltava, estou perdida em uma escola.
Inconscientemente coloco a mão sobre a testa, e procuro tentar me lembrar por onde vim... Começo a andar, até que, vejo a porta de alguma sala ser aberta e um rapaz sair de lá. Seu olhar cai sobre mim.
Bom... Sabe aqueles momentos em que para tentar pensar, você faz careta e bagunça o cabelo, então, eu estava fazendo isso para me lembrar aonde ficava a minha sala. E o garoto surgiu tão derrepente que não deu tempo de me arrumar. Então provavelmente, eu acabo de conhecer o cara mais gato do mundo e me encontro em um estado deplorável.
Tento, sem demonstrar muito, arrumar o meu cabelo, logo, volto a olhar para o menino, que agora estava dando a volta, e olhava para o celular.
- Com licença...
Ele para, e olha para trás, com uma sombrancelha arqueada.
- Você sabe me dizer...onde eu tenho que ir para, voltar para a sala da... - tento lembrar o número da minha sala - da 1B?
- Você é nova aqui para estar perdida no andar 2?
- Sim... Hoje é o meu primeiro dia
- Ele me olha com um certo olhar de desgosto, e logo depois diz - Segue reto por ali - Ele aponta para o lugar que vim - Depois vire a direita, e é só descer a escada, logo vai encontrar a sua sala.
- Ah obrigada
- Claro... ãh? - Ele faz uma pausa, como se espera-se que eu dissesse meu nome
- Phoenix...
Ele asente com a cabeça
- Daniel. - logo ele se vira, e retoma seu caminho.
Faço e mesmo, e sigo por onde ele me indicou, logo chego na sala de aula. Ninguém parece ter sentido a minha falta nesse espaço de tempo.
O sinal logo bate...
(...)
Se seguiram mais 2 aulas, uma de matemática, e outra de artes. Então chega a hora do intervalo...
(...)
Depois de já ter comido, vou até o banheiro, me olho no espelho, logo algumas meninas entram no banheiro também, e começam a falar sobre assuntos banais. Até que:
- Ei, você não é a garota nova? - pergunta uma loira, que pelo oque parece é a "lider" do grupinho
- Sim - me questiono de como ela deve saber disso, parece que fofoca aqui é algo que os adolescentes levam a sério
- Então já que é nova, não deve de estar sabendo da festa que vai ter no Sábado?
- Não, não sei.
- Olha só... Então está convidada! - ela me entrega um papel, em que tem um número
- Esse é o meu número, me manda um oi se tiver afim de ir a festa, que te mando a localização e horário.
- Nossa... Muito obrigada!
- Claro, a propósito, meu nome é Melanie, e o seu?
- Phoenix
Ela apenas sorri e acena, as outras fazem o mesmo... Espera-va que fossem mal educadas, no fim, até que não...
Então aparentemente, tenho compromisso para sábado! Ainda bem que Lola vai estar aqui, vou levá-la comigo, e aproveitar para escolhermos a roupa com a qual vamos...Continua...
Capítulo revisado ✓
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Chama & Fogo
RomanceEla... Era um garota, que não tinha nada a ver com as outras... Ela não é a protagonista, ela é a própria história... Sua vida é confusa... E fica mais confusa, quando Ele entra em sua vida... O garoto (garoto?), totalmente diferente do que ela espe...