Minho
Dia novo, novo estresse.
Mal cheguei no trabalho e já fiquei sabendo que o assassino de Soobin foi descoberto, mas ele matou alguém novamente.
Não tenho um dia de paz nessa delegacia, sinceramente. Fui atrás de alguém que pudesse seguir o assassino, mas ninguém se dispôs pra isso, broxas.
Me lembrei do caso do Jeongin e logo fui até a minha sala, peguei a pasta na gaveta e olhei novamente, melhor começar a ir atrás logo, antes que eu me arrependa.
Procuro no google onde era exatamente a faculdade do rapaz, e logo me identifiquei de onde era.
Me levantei da cadeira, peguei meu bloco de notas e a caneta, e fui até o local.
Depois de alguns minutos andando, eu cheguei, já estava sem o colete de policial para nada dar errado. Entrei no campus da medicina e procurei pela recepcionista.
___ Boa tarde, senhor. ___ Uma voz doce me chama por trás, olho e vejo quem provavelmente seria a recepcionista.
___ Boa tarde. Você é a recepcionista? ___ Perguntei e vejo ela assentir com a cabeça.
___ Isso mesmo! Precisa de algo? ___ Ela me perguntou com um sorriso gentil no rosto.
___ Você sabe me informar sobre alguns dados sobre o garoto que desapareceu? Yang Jeongin?
___ Não posso passar informações sobre os alunos ou ex alunos, me desculpe. ___ Merda. Não queria ter que falar isso.
___ Eu sou o detetive responsável pelo caso do rapaz, preciso fazer a justiça dele. Pode me passar as informações? ___ Digo mostrando minha identificação.
___ Mesmo depois de três anos? Tá legal, eu lhe mostro. ___ Ela disse, percebi que ela ficou meio receosa, mas eu não ligo.
Peguei as informações necessárias, como local onde morava e quem eram os pais.
___ A senhora sabe me informar se ele tinha amigos aqui? ___ Perguntei, ainda com o bloco de notas em mãos.
___ Ele era uma pessoa muito aberta e com muitas amizades, mas o que realmente sabia de sua vida era Han Jisung.
___ Ele está na faculdade hoje? ___ Disse enquanto anotava as informações, mesmo sendo meio inúteis, cada informação era necessária.
___ Ele deve estar na aula de anatomia no momento, no segundo andar.
___ Obrigado. ___ Agradeci e saí, indo em direção a sala de anatomia.
Os corredores tinham placas escritas onde ficava cada sala, então foi fácil achar a sala de anatomia. Entrei na sala e, óbvio, aula prática.
___ Boa tarde, Han Jisung se encontra? ___ Todos os jovens olharam pra mim, me senti intimidado.
___ Sou eu. ___ Logo um rapaz com jaleco, óculos redondo e cabelo médio se posicionou.
___ Pode vir comigo por gentileza? ___ Pedi, dando abertura pra ele poder sair da sala.
O rapaz saiu da sala e fomos até um corredor vazio, precisávamos estar a sós e no silêncio.
___ O que Yang Jeongin fazia antes de sumir? ___ Fui direto.
___ Caramba... Ele disse que iria visitar a avó dele depois da faculdade. ___ Vi a pequena confusão se formar em seus olhos.
___ E onde a mesma mora?
___ Agora ela mora no cemitério, ela morreu de infarto quando soube do neto desaparecido. ___ Aquilo me chocou, como deve ter sido difícil pra família ter tido um desaparecimento e uma morte.
___ Sério mesmo? ___ Perguntei, ainda incrédulo.
___ Infelizmente, a família luta com isso até hoje.
___ E onde a senhora morava? ___ Me recuperei do choque, mas a confusão ainda era presente na minha cabeça.
___ No bairro de Itaewon, número 445. ___ Anotei, iria refazer os passos de Jeongin naquele dia.
___ Tinha algum lugar perto da casa dela que ele gostava de frequentar?
___ Ah sim, a Discoteca Fruje. ___ Ele citou a discoteca abandonada, merda.
___ Ele ia com muita frequência?
___ Toda sexta-feira às sete da noite.
Porra, Jeongin, me ajuda a te ajudar. Frequentar lugares no mesmo dia e no mesmo horário sempre é a pior coisa pra alguém fazer.
___ Puta merda, obrigado, Han Jisung. ___ Guardei o bloco de notas e dispensei o rapaz.
Ele me agradeceu de volta e voltou para a sua aula, e eu fui até a tal discoteca.
No caminho eu ia pensando o que eu faria naquele lugar, era abandonado e desde o desaparecimento já haviam limpado tudo, então eu realmente não sabia o que fazer.
⌛
Cheguei no lugar, ainda não havia entrado, mas era possível ouvir um instrumental estranho.
Um instrumental melancólico e triste, porra onde que eu me meti. Até pensei em dar meia volta e ir pra casa, mas eu já estava aqui e não podia desistir.
Abro a porta do lugar que quase despedaça na minha mão, puta merda.
Entro no lugar e logo me bate uma vontade absurda de espirrar, tanta poeira e sujeira me fazem muito mal. Ando devagar sem fazer barulho até o hall de entrada, olhando para cima, uma voz rouca me chama.
___ Tanta incompetência vir aqui justo hoje, Lee Minho. ___ Eu rapidamente me viro pra trás assustado.
___ Quem é você? ___ Pergunto dando dois passos pra trás, minhas costas batem contra a parede e eu vejo surgir um sorriso interessante no rosto do rapaz sentado no meio do salão.
___ Isso com certeza não vai te interessar agora, mas eu sei o que aconteceu com Jeongin e como ele está agora, quer ajuda? ___ Então Jeongin estava vivo? Porra.
___ Não preciso de sua ajuda.
___ Vai precisar. ___ Ele se levantou da cadeira e começou a andar pelo salão, que homem alto.
___ Não preciso de você, me diga quem é você. ___ Digo saindo da parede e indo até a entrada do salão.
___ Tão bobinho e ingênuo.
Aquele rapaz estava me irritando, e muito.
___ Você deve ser então o culpado, pra ter tantas informações sobre.
___ Vai querer minha ajuda ou não? ___ Ele parou o instrumental e me olhou sério.
Aquele rapaz deveria estar envolvido em algo, ele realmente não era normal e era muito perceptível isso.
___ Eu não preciso.
Talvez o que eu tenha feito foi arriscado demais, ter simplesmente virado as costas e ido embora poderia ter resultado em ele pulando pra cima de mim com faca, atirando. Opções pra me matar não faltaram.
Com a minha burrice, às vezes eu me pergunto como eu consegui meu cargo na delegacia, pois nem eu acreditava em certas coisas que eu fazia.
Mas, aquele rapaz criou com certeza uma memória muito bem marcada em mim, eu com certeza irei lembrar dele nas próximas pistas que eu conseguir, vou me lembrar muito bem.
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It's Only The Police.
ActionLee Minho, o melhor detetive de Seul, foi encarregado de reabrir um caso arquivado do desaparecimento de Yang Jeongin, um estudante da faculdade de medicina, só que Minho não esperava que sua vida fosse mudar totalmente só com esse caso.