13

248 42 71
                                    

A fogueira crepitava, lançando sombras dançantes nas árvores ao redor. O grupo de adolescentes se acomodaram em troncos e pedras, os rostos iluminados pelo brilho alaranjado das chamas. O ar estava fresco, e o cheiro de madeira queimada enchia seus pulmões.

Hyunjin estava um pouco mais afastado das outras pessoas, junto apenas do ruivo. Ele segurava um espeto com um marshmallow dourado e inchado. Olhou para Felix, que estava ao seu lado, e piscou.

— Pronto para ouvir algumas histórias assustadoras?

O ruivo riu, mas seus olhos estavam atentos.

— Claro, mas não posso me assustar demais. Ainda tenho que dormir na barraca esta noite.

— Fica tranquilo, amor. Eu te protejo.

Ele voltou a sorrir.

As outras pessoas na roda também se ajeitaram, ansiosas. As histórias iriam começar a ser contadas.

— Alguém sabe alguma história assustadora? — Seulgi perguntou.

— Eu! — Soojin falou animada. Com sua voz suave, começou: — Eu ouvi falar que há muitos anos, nesta mesma floresta, havia uma lenda sombria. As pessoas que já passaram por aqui diziam que um espírito vingativo vagava pelas trilhas à noite. Ele tinha olhos brilhantes como brasas e cabelos negros como a noite sem lua.

Felix assentiu curioso, jogando seu marshmallow na fogueira.

— E o que ele fazia? — perguntou.

Soojin sorriu, criando suspense.

— Ele aparecia para os viajantes perdidos. Aqueles que se afastavam da trilha eram os mais vulneráveis. O espírito sussurrava seus nomes, chamando-os para o escuro.

Uma brisa gelada bateu nos rostos e todos se encolheram, sentindo o ar ficar mais frio. Hyunjin olhou de esguelha para Felix que tinha seus olhos arregalados.

— Isso é só uma história, certo?

O ruivo se encolheu ainda mais, se aproximando do moreno. Ele já estava com medo. Hyunjin sorriu.

— Claro, amor. Apenas uma história.

Soojin continuou:

— Dizem que o espírito levava os incautos para uma caverna escondida. Lá, eles encontravam um espelho mágico. Quando olhavam nele, viam seus piores medos refletidos.

— Medos? — perguntou Minseok, intrigado.

— Sim — disse Soojin — Medos profundos e secretos. Alguns enlouqueceram ao ver seus próprios demônios internos. Outros desapareciam para sempre.

Alguns dos presentes se abraçam, sentindo o arrepio na espinha. Era apenas uma história, mas a escuridão da floresta parecia mais densa agora.

— Eles veem o seu medo refletido no espelho? — minho perguntou — Como no livro do It do Stephen King? Igual as crianças veem seus medos refletidos no alienígena?

— É, algo assim.

— E é apenas isso? — Jeongin perguntou.

— Pelo o que me contaram, sim.

— Que sem graça.

Soojin deu de ombros.

— Eu tenho uma história. — chan falou — Ela se chama a casa assombrada. Acabei de inventar.

Todos riram do humor do jogador. Minho o abraçou mais apertado, se aconchegando nele. Chan deixou um beijinho em sua testa antes de começar a contar:

— Era uma noite de lua cheia, e o vento sussurrava entre as árvores. A casa abandonada ficava no topo da colina, sua estrutura de madeira rangendo com o peso dos anos. Dizia-se que coisas terríveis haviam acontecido ali, e os moradores da pequena cidade evitavam o lugar como se fosse uma praga. Havia um jovem, curioso e destemido que decidiu desafiar o medo. Ele ouvira histórias sobre a casa desde criança e estava determinado a descobrir a verdade. Com uma lanterna na mão e o coração acelerado, ele subiu a colina.

opss! cara errado! | hyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora