My safe haven

Será que e amor?

POV: Rebeca Andrade.

“ A decisão certa, também dói”.

Antes do meu término com a Simone eu não compreendia essa frase, depois que terminamos, eu passei a entender, era a coisa certa a se fazer mesmo que eu não queria, era o certo. Eu a magoei muito e tenho consciência disso, minha mãe uma vez disse que, não podemos mudar o passado, mas podemos fazer diferente no futuro. E agora eu estou no futuro, será que está na hora de fazer a coisa certa? Será que eu não vou acabar magoando ela de novo? Ou será que ela já tem outra pessoa…..  são várias perguntas e nenhuma delas tem resposta.

Nunca foi a minha intenção trair ela, até porque eu já senti essa dor, a dor da traição, a dor de você ver a pessoa que você confiou te apunhalar da forma mais grotesca, eu sabia, mesmo assim a traí, não estou falando de traição física, até porque eu nunca fiz nada com a vitória. Mas traição não é só beijar ou ter relação sexual, traição e você flerta, quebra de fidelidade, lealdade ,confiança, desrespeito e pequenas mentiras. Trair não é um erro é uma escolha, e no ano passado eu fiz a pior escolha da minha vida. Agora eu enxergo que fui imatura, tudo poderia ter acontecido de maneira diferente se eu tivesse conversado com a Simone, ou pelo menos ter escutado os conselhos da Júlia, eu acho engraçado como ela com seus 18 aninhos consegue ser mais madura que várias pessoas, incluindo eu.

Quando eu a vi no aeroporto, meu mundo parou, meu coração apertou e eu me recordei das vezes que a fiz chorar, E eu me senti ridícula por pensar que só por um segundo eu poderia tê-la de volta, ela merece alguém que a faça feliz. Mas mesmo que eu tente negar, eu a amo, mesmo que eu possa estar sendo egoísta, e eu sou que se foda, mas eu não consigo não amar ela, e eu sei que isso e errado e podre e nojento, mas eu amo ela, com cada pedacinho do meu ser, a cada batida do meu coração, Eu sei que ela e sim o amor da minha vida, mas talvez eu não seja o dela.

“ Às vezes o amor da sua vida não é para a sua vida.” quando eu vi essa frase eu percebi que, eu não posso ser o amor da vida dela. Podem me julgar eu não ligo, mas eu não quero mais fazê-la sofrer, ela merece tudo de bom.

— Rebe?.- escutei a Flávia me chamar.

— fala pigmeu.- brinquei, e como o ser mais madura da terra, ela me mostra o dedo do meio.

— Vou te mostrar o pigmeu.

— Eieiei mostra isso para a sua namorada.- falei tapando meus olhos enquanto ria.

— Para de graça.

— Parei, agora fala… o que houve?

—Então, depois de amanhã eu e Suni vamos fazer um ano de namoro.- falou sorrindo toda boba enquanto olhava para a namorada que estava a procura do filme.

— Deixa eu adivinhar, você quer fazer uma surpresa para a gatinha? Acertei?.

— Exatamente, e não chame ela de gatinha ok?.

— Nem um pouco ciumenta graças a deus.- vi ela revirar os olhos.

— Bom, tem uns lugares que eu andei pesquisando para irmos, o que você acha melhor? Um bar ou um restaurante?.

— Restaurante.- Bom se eu namorasse eu a levaria no restaurante, acho que bar e mais para curtição, e o restaurante e mais para coisa  a sós entre duas pessoas apaixonadas, posso tá errada? Posso, mas é oque eu acho.

— Humm, então vou levá-la num bar.

— Se você ia escolher por conta própria, porque me perguntou?.- a olhei irritada.

— Minha linda, se seus gostos fossem bons você estaria namorando não solteira.- Mostrei a língua para ela, eu estava solteira por opção….. deles.