Capítulo 3

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Cada jogo que você jogar
Every game you play
Cada noite que você ficar
Every night you stay
Estarei te observando
I'll be watching you
"Every Breath You Take"
The Police (1983)

Gabriela view

Enquanto caminhava pela vila, com Carol ao meu lado, respondia algumas menções no instagram. As competições de vôlei estavam em andamento e, em breve, faria minha segunda partida. Carol acabará de atrapalhar meus planos de me esconder no quarto e sair apenas para fazer o que realmente vim fazer: jogar e levar o ouro. Depois do primeiro do primeiro jogo, fácil demais ao meu ver, precisava me dedicar mais, dar o meu melhor para vencer todas a partir de agora.

A ginasta precisava parar de fazer elogios e comentários sem sentido direcionados a mim; me distraía de uma forma nada boa e de uma maneira que fazia meu corpo reagir contra minha vontade. Como se apenas sua presença me desestruturasse, como um boneco controlado por suas mãos diabólicas.

Parada com os braços cruzados sob o sol inclemente do verão de paris, grunhi incomodada com os olhares atravessados de algumas pessoas que passavam por ali.

Estava perdida entre meus pensamentos. Quando senti cutucar em meu braço.

— Olha quem tá ali — Meu olhar seguir pra onde a mesma olhava, encontrando a ginasta esbanjando simpatia ao lado da ginasta loira, que sorria ao lado da negra.

— E? — Virei meu rosto em sua direção fazendo a mesma rir.

— Você acha que engana quem gay? — Rebateu a mesma apontando o dedo quase no meio do meu rosto. — Você quer ela e ela não vai demorar perceber, que inclusive, flavinha está arrastando ela até a gente.

Um puta merda escapou entre meus lábios antes das duas mais novas chegarem ao nosso encontro.

— Oi meninas, vimos vocês de longe, queremos parabenizar pelo jogo, vocês foram demais— A ginasta loira falou assim que chegou perto o suficiente.

Carol foi a primeira agradecer cumprimentando a mesma, com beijos no rosto, seguindo pra rebeca.

— Tô honrada por vocês terem assistido — Comentou carol do meu lado me cutucando.

— Obrigada meninas — Sorri dando um abraço rápido na flavinha.

— Não perderia o jogo por nada — A voz da Rebeca chamou minha atenção, sorri cumprimentando a mesma.

— Não sabia que você era fã de vôlei

— Nem eu que você era fã de ginástica

Cocei o queixo por um momento, ponderando minha resposta. Sorri genuinamente sabendo que não importa o que eu diga ela havia me pego.

— Gosto de ver mulheres fodas competindo — Sabia que Rebeca era a melhor ginasta e excelente no que fazia, mas não entregaria essa informação de bandeja para ela.

— Mulheres foda? — Um sorriso sutil brincou em seus lábios e Rebeca colocou a mão no queixo, me examinando curiosa. Eu sentia o olhar da carol queimar sobre mim, mas eu não estava ligando muito, mais tarde enfrentaria as consequências da minha atitude.

— Mulheres foda, quer que eu fale uma ? — Entrelacei meus dedos e a encarei com uma sobrancelha levantada.

— Não, mas se você quiser falar eu não vou impedir — desconversou,

— Vai ficar querendo — disse, o que tirou uma risada baixa da flavia. Rebeca fez um biquinho descontente e depois riu com discrição. Só percebi o riso pelo ar que saiu de suas narinas e então me toquei que Rebeca estava muito perto. Perto demais.

— Gente que mulher difícil de expor opinião, gabriela sempre discreta né — andrade disse, um sorriso travesso nos lábios.

Soltei um suspiro exasperado, tentando resistir a um sorriso que ameaçava responder ao dela. Era só o que me faltava, essa reação não era normal. Eu precisava parar urgentemente.

— Prefiro olhar do que falar — Dei de ombros.

— Ah, seu olhar é um problema, Capitã — Ela riu baixinho com uma expressão provocativa.

Virei meu rosto em direção a ginasta loira que nos fitava como se tivesse assistindo uma série muito boa, já carol por outro lado estava tentando não ri, eu já estava me preparando psicologicamente para suas piadas mais tarde.

— E por que ? — Questionei com a sobrancelha erguida, a ginasta deu um passo se aproximando mais um pouco, e eu só queria o que esta rolando aqui, não queria sentir o seu cheiro de pêssego tão perto.

Rebeca Andrade era um problema que deveria evitar a qualquer custo e, por algum motivo, me sentia cada vez mais impelida a me aproximar.

— Não digo — A ginasta se afastou com sorriso travesso nos lábios.

— Sei lá sinto que estou atrapalhando algo — O rosto de rebeca virou na velocidade da luz em direção a voz da loira que deu uma risada baixa ao ser fitada pela ginasta.

— Não estou te entendendo — Rebeca questionou a amiga. A verdade é que nem eu estava entendendo.

— Sabe flavinha eu também tive a mesma sensação, a gente começou falando de jogo, mas acho que não era mais esse assunto — Concordou carol, e eu poderia matar ela agora.

Óbvio que a gente não estava falando de jogo, mas precisava ser dito em voz alta, as vezes carol me faz passar pode cada situação. Queria dizer que me arrepende desse diálogo, mas não me arrependo, tô agradecendo aos céus, por rebeca está mais solta hoje e mostrar que não é só eu, com um possível interesse, eu jamais tomaria iniciativa de algo se ela não me desse bandeira de algo.

Onde, em que mundo, eu iria saber que a pessoa mais hétero que já vi na minha vida, pode talvez gostar de mulher? eu posso ter entendido errado? posso sim, mas a carol está aqui pra me falar que não estou doida, assim que voltamos para o quarto, ela vai arquitetar um plano perfeito de como conquistar a ginasta, como eu sei disso? conhecendo a peça.

— Enfim meninas, eu e gabi estamos indo tomar sorvete, querem ir? — Carol se direcionou as mais baixas.

— Se não for atrapalhar eu adoraria — Respondeu rebeca com um sorriso.

— Acho que nós duas concordamos que você não atrapalha né gabi — Flávinha acho que não estava tentando evitar a risada a mesma deixou uma risada genuína escapar pedindo desculpas em seguida.

— Tá podendo hein Rebeca — A loira estava claramente tentando desconcertar a ginasta, e aparentemente conseguindo, consegui ver um sorriso tímido em seus lábios antes de lhe dar um tapa em Flavinha o que tirou uma risada baixa minha.

— Vocês duas não atrapalham Flavinha, isso que a Carol quis dizer — Falei tentando
contornar a situação, Carol já foi mais discreta.

— Sendo assim, aceitamos — Concluiu a ginasta loira.

Seguimos o caminho, com Carol e Flavinha super animadas, conversando algo que não estava prestando atenção, Rebeca ao meu lado não me deixava focar muito nas coisas.

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GENTE VOLTEI!!!
viu não desisti ainda, estava passando por um leve bloqueio (espero que tenho desbloqueado)
como viram, eu n foquei muito nos jogos, eu acho que vou continuar assim, pra passar paris mais rápido, tem muita coisa acontecendo e eu tô muito lenta.
espero que gostem, COMENTEM E VOTEM.
quanto mais comentários mais incentivo eu tenho!!!

Die with a smile | REBIOnde histórias criam vida. Descubra agora