Coração de Serpente

Capítulo 1

*Notas da autora:

Esta é a ABO muito mais tradicional, mais sombria, mas, de alguma forma, com menos palavrões, um contrapeso que ninguém pediu para a extremamente boba, fofa e complicada Oak & Holly (minha outra ficção). Você poderá notar alguns elementos temáticos e caracterizações recorrentes. Adoro uma expressão idiomática e gosto de vestir Draco com materiais semitransparentes sempre que possível, o que posso dizer?

Não há intenção de violar direitos autorais.

Notas da tradutora: Avisos!

A história não me pertence. Se trata de uma tradução de uma obra presente no AO3.

A obra contém mpreg(gravidez masculina).

Realizada revisão antes de postar, porém caso encontrem erros podem comentar que corrigimos.

***

Draco se contorceu em sua cadeira ao sentir outra vez sua lubrificação escorregando entre suas coxas. Seu pênis estava meio duro e fazia uma tenda no delicado vestido de chiffon azul-claro que ele usava, tão transparente que as partes mais rosadas e duras de si mesmo estavam quase visíveis sob o material. Sua pele leitosa se ruborizou com o constrangimento de sua situação, enquanto ele tentava manter seu olhar prateado firme, nunca permitindo que os outros o vissem perder a perfeita compostura esperada do único herdeiro das casas Malfoy e Black. Ele se orgulhou por um momento do nível verdadeiramente magistral de oclumência que havia alcançado ao longo dos anos sob a tutela de seu padrinho e que nasceu de sua vontade de se proteger dos lascivos ataques de legilimência surpresa do Lord das Trevas e de Bellatrix.

Pelo menos estamos sentados onde ninguém pode ver a bagunça que estou fazendo.

Draco sentou-se entre a mãe e o pai e em frente à tia Bella e seu marido. Todo os seguidores do Lord das Trevas estava sentado ao redor da longa mesa no salão de jantar formal da Mansão Malfoy, com gargalhadas cruéis misturadas aos sons nojentos dos Comensais da Morte e seus peões devorando o leitão assado e bebendo a melhor bebida que as adegas Malfoy tinham a oferecer. Draco, seus pais e Severus eram os únicos com expressões sombrias. Draco comia a comida e mal conseguia levar a taça do melhor vinho élfico aos lábios. Ele sabia que levaria uma bronca de mamãe por ter se envolvido em tal comportamento sem classe em qualquer outra noite, mas hoje era diferente.

Esta noite, Draco Malfoy seria acasalado e magicamente ligado ao próprio Lorde das Trevas, uma oferenda de Lucius ao seu mestre em expiação por ter deixado seu serviço por tantos anos e como penitência pelo fracasso mais recente de seu filho em assassinar o líder da Luz. Seu sacrifício garantiria que todos eles evitassem a tortura e a morte. Por enquanto.

Mamãe lembrou a Draco, semanas atrás, que nunca haveria garantias com seu Senhor, cuja mente era tão mutável quanto o mar. Um pequeno erro de sua parte e tudo seria em vão. E assim Draco seria a noiva ômega perfeita, um diamante inigualável na coroa do Lorde das Trevas, o presente definitivo de sua Mão Direita.

Pelo menos Draco teve permissão para terminar a escola e passar por seu primeiro ciclo de calor antes de venderem seu corpo a quem pagasse mais; algumas das antigas famílias nem sequer permitiam isso para seus filhos ômega. Ele se formou mais cedo, por correspondência, em Hogwarts no mês anterior, com notas excelentes em cada uma das matérias escolhidas para os NEWTs: Feitiços, Poções, Herbologia, Transfiguração, Aritmancia, História da Magia, Runas Antigas e Astronomia. Draco não ia deixar que seis anos de morte lenta por meio de aulas e revisões fossem desperdiçados.

O primeiro cio de Draco o havia atingido há poucos dias, não muito depois de seu aniversário de 18 anos. Na verdade, ele ainda estava no final do cio, o que explica a mortificante poça de esperma que encharcava a almofada da cadeira e seu pênis que se esticava contra a roupa de baixo branca e rendada. O pai de Draco lhe garantiu que esse momento era o melhor, pois permitiria que o Senhor o engravidasse imediatamente, aumentando assim a probabilidade de ele continuar a ter prazer com a família. Estar ligado era uma coisa; o status que seria conferido a ele e ao nome Malfoy quando ele carregasse o filho do Lord das Trevas era outra completamente diferente. Aquele que sempre desejou a imortalidade finalmente geraria um herdeiro para continuar seu legado.