Coração de Serpente

Capítulo 4

Muito depois de Severus sucumbir à inconsciência, a senhora da Mansão Malfoy se levantou por volta das duas da manhã e aventurou-se a encontrar seu marido em seu escritório. Ele estava afundado atrás de sua escrivaninha, seu rosto fino e bonito repousando em uma das mãos, uma decantadora vazia de bebida diante dele. Ele estava chorando e claramente bêbado. Ela caminhou até ele e virou a cadeira para que ele a encarasse, e imediatamente ele se inclinou em sua direção, esfregando o rosto em sua barriga enquanto soluçava do jeito que Draco costumava fazer quando caía de sua vassoura de treino. Ela rapidamente se cansou dos dramas de seu companheiro e o puxou para se levantar e fazer o caminho até um divã de brocado perto da lareira crepitante.

Narcisa suspirou ao se sentar e se recostar, permitindo que seu marido embriagado se ajoelhasse para que ele pudesse descansar o rosto em seu colo, seus beijos desajeitados em sua barriga e virilha pontuados por gemidos de desejo, desespero e desesperança. Suas mãos frias fizeram suas coxas macias tremerem enquanto ele levantava a longa saia, colocava seus joelhos rosados sobre seus ombros largos com seus calcanhares descalços balançando atrás dele, e começava a explorar sua vulva já brilhante com sua saliva. O doce aroma que exalava mais fortemente daquela parte dela, a parte que deu à luz ao seu belo filhote, era o que seu companheiro estava buscando, e ela não podia negá-lo. Ela também sentia a necessidade de conforto depois de testemunhar o abuso do Lorde das Trevas contra seu filho, mesmo que soubesse que era Severus o tempo todo.

A elegante ômega arqueou as costas quando Lucius começou a lamber desajeitadamente e pequenos gemidos de prazer escaparam dela enquanto ele chupava e lambia seu clitóris. Depois de todos esses anos, mesmo quase fora de si com a bebida, o Senhor Malfoy ainda conseguia deixá-la distraída com aquela boca dele. Ela sempre ficava chocada com o quão rosa era, mesmo quando não estava envolvida em um ato tão lascivo, seus lábios cheios e carnudos e sua língua e gengivas vermelhas de vitalidade. Foi a boca do Alfa que ela primeiro se apaixonou quando estavam juntos em Hogwarts, e ela havia sido uma ômega da Casa Black particularmente sortuda por ter sido acasalada com o Alfa que ela teria escolhido de qualquer maneira. Sim, era um amor correspondido entre eles, mesmo que o bruxo fosse um completo idiota que prendeu a família ao lado de um maníaco homicida. E então ele deixou o Lorde das Trevas persuadi-lo a entregar o precioso filho deles para ser sua égua como penitência por seus fracassos.

"Luc, oh Circe, sim, bem ali..." ela encorajou com uma ponta de maldade em sua voz, apertando sua cabeça entre suas coxas fortes e tentando distrair-se da intensa raiva que sentia por ele que a atravessava. Ela penteou seus dedos finos pelos longos cabelos desalinhados e puxou as raízes muito mais forte do que necessário, mas Lucius não era nada além de um masoquista e ele gemeu como uma prostituta de Knockturn com a dor. Um Alfa ele poderia ser, mas o Senhor Malfoy de forma alguma era um homem no controle quando se tratava de sua amada esposa. Não, ele sempre queria que ela estivesse no comando de suas relações sexuais, e Narcisa também preferia assim. Ela gostava de ser a única pessoa a quem ele se submeteria. Bem, até que Tom Riddle retornasse e dividisse sua lealdade, aquele bastardo amaldiçoado por Merlin.

Sua raiva fervia. Era algo antigo que se congelou em seu corpo no momento do nascimento de Draco quando viu a expressão no rosto de seu companheiro quando segurou o filhote pela primeira vez. Ele estava perplexo e encantado e ela pensou: "Consegui. Isso será suficiente. Dei a ele alguém que ele escolherá sobre o Lorde das Trevas." E havia sido bom, tão bom por catorze anos: uma vida de facilidade e prazer cheia de risadas de seu dragão. As coisas estavam como deveriam ser: Lucius adorava no altar da vulva de sua ômega e, embora um pouco distante e desaprovador, parecia cuidar de seu filho em crescimento.

"Estou pronta, seu bastardo, venha aqui e me deixe provar a mim mesma", ela ordenou. Ele resmungou e imediatamente respondeu ao seu comando, e ela suspirou de êxtase com o sabor que inundou sua boca. Momentos depois, ela sentiu o pênis dele acariciando sua entrada escorregadia e inclinou os quadris para frente até que ele começasse a se inserir.