prólogo

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Desde pequena, sempre me perguntei por que meu país parecia me odiar. Eu vivia sob uma pressão constante para ser a melhor em tudo: na escola, na dança, nas artes, e até mesmo na ideia de me tornar médica. Mas tudo o que eu queria era uma vida tranquila, onde pudesse fazer minhas próprias escolhas.

Quando eu tinha onze anos, fui levada da Coreia do Sul para os Estados Unidos, para participar de um acampamento de verão. Não era um acampamento qualquer – apenas eu podia entrar. Foi lá que descobri que sou uma semideusa, filha de Apolo, o deus do Sol, da música, das profecias, da medicina e do conhecimento. Mas não era a única; o chalé de Apolo estava cheio de outros como eu. Logo me acostumei a ter irmãos diferentes de tudo o que eu conhecia, embora não pudesse evitar o desejo de que meu pai tivesse escolhido outros pais mortais para mim.

A vida no acampamento era uma preparação constante para lutar contra monstros, atender às missões dadas pelos deuses, e talvez até morrer por eles. Durante o meu tempo lá, enfrentei duas grandes guerras e lutei ao lado de Apolo. No acampamento, me chamavam de "Princesa do Sol."

Depois de tudo isso, mudei muito. Tive o coração partido algumas vezes, embora nunca tenha me apaixonado de verdade. Fiz amigos fora do acampamento, especialmente o grupo TXT. Eles são incríveis, e os admiro e amo profundamente. Tenho uma ligação especial com Choi Yeonjun, que tem a mesma idade que eu, 24 anos, embora nossas vidas sejam tão diferentes.

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Voltei para Seul em busca de paz e para me distanciar dos deuses e da vida dos semideuses. Queria me recuperar das guerras e viver uma vida mais tranquila. No entanto, meu pai, Apolo, tinha outro plano. Ele comprou ações de um conglomerado de empresas chamado Hybe Labels, a mesma empresa que gerencia o BTS, o TXT e outros grupos de sucesso. Agora, eu teria que trabalhar lá.

O problema é que eu nunca me preparei para isso. Não fiz faculdade, e embora entenda de música e artes, isso vem do meu pai. Sou uma ótima arqueira, e também entendo de profecias e medicina, mas nada disso parece relevante para o que está por vir.

Assumir a responsabilidade de ajudar a realizar os sonhos de outras pessoas nunca foi meu objetivo. Meu maior sonho sempre foi sobreviver como semideusa, o que já é uma tarefa difícil por si só. Agora, preciso me preparar para essa nova fase da vida, mesmo que ela me consuma por completo.

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