𝟬.𝟰

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Eu estava de pé, em frente do espelho, ajustando meu uniforme brega que me acompanhava em minha rotina

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Eu estava de pé, em frente do espelho, ajustando meu uniforme brega que me acompanhava em minha rotina. O sol invadia meu quarto, criando um ambiente caloroso, mas eu ainda estava com a cabeça cheia de pensamentos sobre a noite anterior. A imagem do irmão de Bill, Tom, ainda estava fresca na minha mente. Ele havia sido tudo, menos amigável.

— Oi, Zali. Pronta pra mais um dia de aula? — Ísis, diz após eu atender sua ligação, interrompendo meus devaneios.

— Claro, sempre estou. Só estava pensando em como aquele cara foi insuportável ontem à noite — Respondi, colocando a mochila nas costas.

— Quem? O irmão do menino que você cuida? — A morena perguntou, fazendo uma careta. — Como ele se chama mesmo?

— É, o Tom. Eu conheci ele ontem, mas a primeira impressão não foi das melhores. — Eu suspiro, lembrando da arrogância do garoto. Ele havia agido como se eu fosse uma intrusa na sua casa.

Querendo ou não, eu era, mas aquilo não tinha necessidade.

— Vamos, ele não deve ser tão insuportável assim. — Ísis riu, mas não achei graça. — E, anda logo! Estou aqui na frente.

Escuto a buzina do seu carro.

— Você nem o conheceu! Já estou descendo. — respondo, revirando os olhos.

Saio de casa e entro em seu carro. Nós ficamos conversando no caminho sobre qualquer coisa que vinha em nossa mente. Chegamos rapidamente na escola, já que eu não morava tão longe.

No meio do caminho para a sala, eu estava olhando para o chão, pensando em coisas aleatórias que passavam na minha cabeça. Foi então que, sem querer, eu acabei esbarrando em alguém. Levantei os olhos e, para minha surpresa, era ele. Tom.

— Cuidado onde pisa, porra. — Ele exclamou, seu olhar era uma mistura de desprezo e desdém.

— Foi mal, eu não te vi, — Eu o olho, um pouco envergonhada. O jeito que ele me olhava, me deixou irritada.

— Se você fosse mais atenta, talvez não tivesse que se desculpar. — Tom dispara, passando ao meu lado sem olhar para trás.

Ele é um verdadeiro idiota! Ignoro o que acabou de acontecer e caminho até minha sala. Me sento em frente a Ísis, que já estava me esperando.

A manhã passou rapidamente, mas eu mal conseguiu prestar atenção nas aulas. Minha mente estava presa em qual roupa iria usar hoje de noite, na boate em que Ísis me convidou. Quando o último sinal finalmente soou, eu sento um alívio misturado a uma certa expectativa. Afinal, a noite de curtição me aguarda.

• • •

Estava em casa, me arrumando para a festa. O quarto estava em um caos típico de uma adolescente em busca de um visual perfeito. Roupas espalhadas pelo chão, enquanto eu apenas experimentava várias opções.

Depois de muitas tentativas, decidi vestir o vestido azul que achei pendurado. Ele realçava muito minhas curvas e me deixava linda. Não que eu goste de roupas justas, mas essa é uma exceção. Ao me olhar no espelho, senti um frio na barriga. Finalmente uma chance de me divertir e de esquecer as coisas que me infernizam no meu dia a dia. Mesmo que seja somente uma noite.

• • •

Após eu e minha amiga chegarmos, a música já tocava em um volume alto. O local estava cheio de gente, pessoas se beijando, quase fazendo sexo no meio do caminho e a energia vibrante. Eu e Ísis nos dirigimos diretamente à pista de dança, onde podíamos sentir a batida pulsante da música. Nós estávamos dançando e nos divertindo, até que de repente comecei a notar um olhar fixo sobre meu corpo.

Começo a olhar para os lados, procurando o que era isso que estava me incomodando, mas acabo me deparando com Tom, que estava encostado em uma parede com uma garrafa de bebida na mão, me observando com uma expressão que não conseguia decifrar. Era uma mistura de malícia e desprezo, e isso me deixava cada vez mais intrigada. Por que ele estava ali, e por que estava olhando daquela forma? Porra, até aqui esse garoto me persegue?

Enquanto tentava desviar o olhar, a festa parecia girar ao meu redor. Começo a caminhar aleatoriamente e esbarro em alguém e, ao me virar, dou de cara com o garoto de dreads novamente.

Isso é algum tipo de imã?

— Não é possível. — Eu sussurro somente para mim, tentando manter a compostura. Mas o garoto não parecia se importar.

— Que coincidência te ver aqui, Zalia. A babá intrometida do meu irmão que não sabe onde pisa.— Ele provoca, e um sorriso quase imperceptível se forma em seus lábios.

— Por que não para de me encher? — Indago em um tom desafiador.

— Te encher? Eu apenas estou conversando com você. — Disse, rindo, mas havia algo em seu olhar. Era como se ele estivesse apenas tentando me provocar.

O que mais me incomoda é que vou ter que velo praticamente todos os dias!

— Por que você é tão insuportável? — Não consegui evitar. A frustração escapa de minha boca antes que pudesse se controlar.

— Porque é divertido ver sua reação. E, bem, você é um alvo fácil, pelo visto se irrita rapidamente com qualquer coisa que eu faça. — Tom respondeu, inclinado levemente para mais perto.

— Eu não me irrito fácil coisa alguma, somente sua presença me incomoda. — Falo confiante, vendo seu sorrisinho convencido sumir.

— Bom, então ainda irá se incomodar muito. — Ele retrucou, me olhando nos olhos, me fazendo poder sentir a intensidade de seu olhar. — E vê se preste mais atenção por onde anda, parece uma cachorrinha desgovernada.

Finaliza e saí, com uma expressão vitoriosa. Mas que merda! Quem ele pensa que é para me chamar de cachorrinha?

Qual o problema desse garoto? Qual o motivo dele me deixar tão incomodada? Eu só espero que a festa seja longa o suficiente para poder esquecer de tudo isso.

Percebi que o que começou como uma noite qualquer, se transformou em algo chato. Acabei de começar em um trabalho e já estou com vontade de me demitir!

Só não faço isso por conta de Bill. Eu só espero que a gente não se trombe novamente, não preciso de mais um tormento na minha vida.

Mas pelo visto isso será difícil.


Palavras: 1069

Não sejam leitores fantasmas!

Me desculpem pelos erros ortográficos!

Confesso que não gostei tanto do capítulo de hoje, mas prometo que virão melhores!

Hɪᴅᴅᴇɴ Fᴇᴇʟɪɴɢs - TOᗰ KᗩᑌᒪITZOnde histórias criam vida. Descubra agora