New Girl // Stiles Stilinsk [1]

Capítulo 29: Salvo

Brianna's POV

— Eles disseram que nos encontrariam aqui — diz Lydia enquanto ela, Stiles e eu descemos as escadas e entramos no loft de Derek Hale.

Scott fica na porta por algum motivo desconhecido, mas a próxima coisa que sei é que ele está soltando grunhidos e ouço punhos colidindo com seu rosto. Nós três nos viramos para ver Ethan e Aidan jogando Scott no meio do loft.

Stiles agarra a mim e a Lydia pelos braços e nos puxa para fora do caminho. Nós três ficamos ali, observando Ethan e Aiden se aglomerarem em volta de Scott. O que diabos eles estão fazendo?

Eles sorriem antes de saltarem dos degraus, dando um soco no queixo de Scott. Cada um deles se reveza para acertá-lo no queixo e no estômago.
Ele logo cai no chão com um grunhido, ofegante:

— Achei que você fosse me ensinar a rugir.

Foi então que o cheiro me atingiu.

— Nós vamos — diz um dos gêmeos. — Mas você tem que ceder.

— Ceder e deixar ir — comenta seu irmão. — Foi assim que Deucalion nos ensinou o controle.

Observo o sangue escorrer pelo queixo de Scott, do lábio machucado que lhe deram.

Logo me coloca em transe, meus olhos não se movem para nenhum outro lugar. Eu podia sentir minhas presas começando a sair. Eu posso sentir as veias se movendo sob meus olhos enquanto o branco delas fica vermelho. Tento lutar contra isso, mas não consigo me alimentar sem vomitar, então qualquer controle que eu tinha, mesmo que fosse só um pouco, desapareceu agora.

— Ei, isso é engraçado — diz uma voz. — Na verdade, eu tentei algo assim uma vez. Monitores cardíacos e bolas de lacrosse, mas você está certo, bateram um no outro até a morte.

Eu me viro ligeiramente para a voz. Minha visão está embaçada, então não os reconheço.

Eles são humanos. Posso dizer pelo som das batidas de seus corações e pelo sangue quente bombeando em suas veias.

Sai dessa, Brianna. Não deixe que isso tome o controle.

Minha cabeça começa a doer e eu ando para trás. Fecho os olhos e caio de joelhos.

Quando os abro, o ambiente ao meu redor é diferente.

Estou na minha casa...?

Tiro as mãos da cabeça e as coloco no chão. Elas caem nesse líquido morno.

O cheiro penetra no meu nariz. Olho para baixo e vejo o vermelho cobrir minhas mãos e roupas. Sigo o caminho e vejo minha tia Lena caída em uma poça de sangue. Posso sentir as lágrimas escorrendo pelo meu rosto enquanto corro para longe da cena.

— Olha o que você fez — uma voz soa em meus ouvidos. Eu me viro e não vejo ninguém.

— Você não se sente poderosa? — Eu giro sobre os calcanhares, mas, novamente, não vejo ninguém.

Eu caminho até a porta da frente.

— É isso. Abra a porta. Deixe-me entrar, Brianna. — Eu me viro para finalmente me deparar com... mim mesma.

— Abra a porta. — Ela diz severamente. Olho de volta para a porta e depois para ela.

— Não.

O rosto dela fica vermelho e ela me empurra contra a parede, enfiando a mão em mim, agarrando meu coração, do jeito que eu fiz com Kali.

— Você vai abrir aquela porta! Ou todos que você ama vão morrer! — Ela grita na minha cara.