8. Como o Vento que Agita as Folhas (I)

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Ntss: me perdoem pela demora para atualizar caps, mas sempre fico surpresa com a quantidade de pessoas que acompanham C2M, muito obrigada💗 é uma época meio complicada para mim, principalmente por eu ser líder do meu tcc que logo será apresentado.

Antes de começarem a leitura, quero deixar um aviso, a att dessa vez é bastante da essência que eu quero em C2M (quero explorar a tensão sexual, e também, relacionamentos abusivos), então estou deixando avisado, caso desperte algum gatilho.
Como sempre, não revisei diretamente, mas farei com o tempo.
Boa leitura!! ★

✦.

Capítulo 8
"Como o Vento que Agita as Folhas (I)"


A sala de espera estava vazia, iluminada apenas pela luz suave do início da tarde que entrava pelas janelas. O silêncio era interrompido ocasionalmente pelo tique do relógio na parede, quase sufocante para Kim Sunoo, que se remexia na cadeira.

O Kim olhava ao redor, buscando algo além da ansiedade que apertava o peito. Passou os dedos pelos cabelos, os pés batendo levemente no chão.

A qualquer momento, o agente rigoroso mencionado pelo seu noivo, entraria pela porta. Mesmo não conhecendo-o pessoalmente, sabia que não seria uma conversa fácil. O pensamento fez seu coração acelerar. Assim, respirou fundo, como se fosse o suficiente para manter a calma.

Quando o ambiente ao redor começou a se tornar opressor, sua mente viajou para outra noite, alguns dias atrás, quando Riki apareceu em seu quarto.

O quarto estava imerso em uma penumbra suave, iluminado apenas pelo brilho amarelado da luminária de cabeceira. O som leve de água pingando do cabelo de suas madeixas loiras eram a única coisa que quebrava o silêncio.

Havia acabado de sair do banho, sua pele ainda quente do vapor, envolvido em um dos pijamas que Riki lhe dera. O pijama macio estava ligeiramente desabotoado, expondo sua clavícula e parte do peitoral.

Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos. Seu coração acelerou, não esperava visitas, muito menos àquela hora. Com a respiração hesitante, caminhou até a porta e, ao abri-la, seu olhar encontrou com os daquele Nishimura, encostado casualmente no batente.

Riki usava uma camiseta folgada e jeans rasgados, revelando seus antebraços definidos. Havia algo mais descontraído, mas intensamente presente nele naquela noite.

Os olhos de raposa automaticamente desceram para aqueles lábios carnudos, levemente curvados em um sorriso quase imperceptível, e depois subiram para seus olhos escuros e brilhantes. Eram como duas chamas em um incêndio controlado - calmos na superfície, mas queimando por dentro. O olhar do japonês passeou lentamente pelo seu corpo, e quando seus olhos passaram pela abertura desabotoada do pijama, a respiração do ator pareceu prender no ar.

A tensão era palpável, como eletricidade estática antes de uma tempestade.

"Oi..." Riki murmurou, a voz grave e baixa como o eco distante de um trovão, se misturando com a quietude noturna. "Espero que não esteja incomodando."

O Kim abriu a boca para responder, mas por um breve segundo, as palavras desapareceram. Seus olhos desviaram-se assim que balançou a cabeça, mas foram atraídos de volta por aquele magnetismo invisível que o outro exalava.

"Não... está tudo bem."

Ni-ki deu um passo à frente, entrando no quarto sem precisar de permissão.
Preenchendo o ambiente com sua presença, e intimidando o outro inconscientemente.

"Precisamos conversar sobre o que vem a seguir..."

Os lumes do japonês varreram o quarto de maneira breve antes de se voltarem ao loiro com uma sombra de seriedade.
Sua postura ainda era relaxada e confiante, mas havia algo mais pesado no ar entre eles. Sunoo sabia que quando o mesmo assumia esse tom, era porque estava prestes a falar algo importante.

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