27. VULNERÁVEIS

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[...]

Depois que Madara percebeu a ausência de S/n, um impulso o levou a se aproximar do quarto onde Tobirama e S/n estavam. Ele hesitou na porta por um momento, ouvindo a conversa deles através da madeira. O coração dele acelerou. Ele queria saber como S/n estava, mas também não queria interromper.

Finalmente, a curiosidade venceu, e ele empurrou a porta, entrando devagar. Tobirama estava sentado na cama, e S/n estava deitada ao seu lado, envolta em um lençol. O olhar de Madara se fixou neles, a cena inesperada causando um nó em seu estômago.

**Madara:** — "Desculpe interromper, mas..."

Os dois se viraram, S/n com os olhos arregalados e Tobirama com uma expressão de alerta.

**Tobirama:** — "Madara, o que você está fazendo aqui?"

**S/n:** — "Eu... posso explicar." A tensão no ar era palpável, e S/n sabia que suas palavras poderiam desencadear uma tempestade.

Madara estava em um mar de emoções. Ele queria entender, mas também não podia ignorar o que via. O quarto, antes um espaço de conforto, agora parecia um campo de batalha silenciosa.

**Madara:** — "Parece que estou perdendo um pedaço importante da sua vida, S/n." A frustração em sua voz era inegável.

**S/n:** — "Não é isso, Madara! Eu só precisava de um momento. Tobirama foi... compreensivo."

**Tobirama:** — "O que S/n e eu temos não é algo que você pode simplesmente interpretar. Ela precisava de apoio."

Madara deu um passo à frente, a emoção crescendo.

**Madara:** — "E você acha que isso não me afeta? Eu também me importo com S/n! Você não é o único que pode estar ao lado dela!"

O clima estava pesado, cada um defendendo suas emoções. S/n, percebendo a intensidade da situação, levantou-se da cama, o lençol caindo em um canto.

**S/n:** — "Chega! Isso não é uma competição. Eu estou confusa e preciso de tempo para entender o que realmente sinto."

O silêncio se fez. Os dois homens, normalmente tão confiantes, agora pareciam vulneráveis. Eles sabiam que havia uma batalha silenciosa acontecendo, mas S/n era a única que poderia decidir o que fazer a seguir.

**Madara:** — "Eu não quero forçar nada. Só queria que você soubesse que eu estou aqui para você."

**Tobirama:** — "E eu também. O que você escolher, S/n, eu vou respeitar."

Com um olhar entre os dois, S/n percebeu que a decisão não era sobre eles, mas sobre ela mesma. E naquele momento, ela não tinha certeza de qual caminho seguir.

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A manhã chegou, e os primeiros raios de sol invadiram a chácara, banhando tudo com uma luz suave. Madara acordou, ainda refletindo sobre a conversa da noite anterior. Ao sair de seu quarto, ele hesitou. Sentia-se dividido entre o desejo de confrontar S/n e a necessidade de dar espaço.

Enquanto caminhava pelo corredor, viu a porta do quarto de Tobirama entreaberta. Seu coração disparou. O que poderia estar acontecendo lá dentro? Com cautela, ele se aproximou e olhou para dentro.

Os dois estavam juntos, saindo do quarto. S/n estava sorrindo, o olhar alegre e despreocupado. Tobirama, por outro lado, parecia mais sério, mas havia um brilho em seus olhos que Madara não conseguia ignorar.

**Madara:** — (pensando) "Então é assim que vai ser."

Quando S/n e Tobirama perceberam a presença dele, pararam abruptamente. O sorriso de S/n se desfez ao ver Madara, e uma onda de tensão envolveu o corredor.

**S/n:** — "Madara, eu..."

Madara ergueu a mão, interrompendo-a.

**Madara:** — "Não, eu... só queria saber se você estava bem."

A sinceridade de sua resposta pairou no ar, e S/n sentiu uma mistura de alívio e culpa.

**Tobirama:** — "Nós estávamos apenas conversando, Madara. Não foi nada demais."

**Madara:** — "Certo." A palavra soou amarga. "Só espero que você entenda que eu não vou desistir tão fácil."

**S/n:** — "Madara, isso não é uma competição! Eu preciso de tempo para entender meus sentimentos."

A determinação em sua voz fez Madara hesitar. Ele sabia que ela precisava desse espaço, mas o desejo de lutar por ela crescia a cada instante.

**Tobirama:** — "Então, vamos dar esse tempo a ela, como ela pediu."

Os olhos de Madara se encontraram com os de S/n, e a emoção entre eles era intensa, mas a incerteza continuava.

**Madara:** — "Tudo bem. Mas saiba que estarei por aqui."

S/n se sentiu dividida, mas o carinho que os dois homens demonstravam a fez perceber que não precisava escolher agora. O futuro era incerto, mas, naquele momento, o que realmente importava era a honestidade que todos estavam dispostos a oferecer.

Ela sorriu para os dois, sentindo um novo alicerce de compreensão se formar. Estava pronta para enfrentar o que viesse, com paciência e honestidade. A jornada estava apenas começando, e ela estava determinada a encontrá-la.

TOGETHER TobiramaOnde histórias criam vida. Descubra agora