Afrodite
Eu estava afundando, afundando,
e quando o último suspiro parecia iminente,
algo me puxou para fora.
Era ela, Afrodite,
entre as árvores,
entre os templos sagrados.
Ela me envolveu em seus cabelos de fogo,
brasas no inverno.
Sua pele ardia em verdes e vermelhos.
Meu coração, em chamas por ela,
não era daqui.
Eu era de lugar nenhum, eu era dela.
Senti o gosto da labareda em minha carne,
queimava.
Havia sangue na ponta dos meus dedos.
Eu estava no purgatório,
e os poetas gregos esqueceram de me avisar.
Afrodite, eu gritava, me leve daqui.
Não sou daqui.
Sou sua e de lugar nenhum.
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Garotas gostam de Garotas
PoetryPara todas as garotas que já tiveram medo de segurar a mão de outra garota em público, aqui vocês são livres. Cada poema é um ato politico, uma celebração do amor entre garotas, um espaço onde o amor floresce livre e pleno, do jeito que sempre dever...