1x8: Raio de sol

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Damon foi até a porta, abrindo-a para revelar ninguém menos que Bonnie. A expressão de Bonnie era séria, como sempre, e ela olhou diretamente para Alison.

— Precisamos conversar. — disse Bonnie, sem rodeios. — Algo aconteceu. Com o grimório. —

Alison sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela se levantou da cadeira, o café da manhã esquecido.

— O que houve? — Pergunto Alisson.

Bonnie hesitou por um momento, mas sua expressão não deixava espaço para dúvidas.

— O grimório... ele foi ativado. E não é só magia antiga que está envolvida. — Há uma força maligna... algo que não conseguimos identificar ainda.

Damon cruzou os braços, olhando de Bonnie para Alison.

— Então, o que isso significa para nossa querida Raio de sol aqui? —

Bonnie olhou diretamente para Alison, seus olhos cheios de preocupação.

— Significa que você pode estar em perigo. — E não só você... todos nós. —

Alison olhou para Bonnie, depois para Damon. O peso da situação começou a se instalar novamente, a sensação de que algo grande e sombrio estava prestes a acontecer.

— Então, o que fazemos agora? — Alison perguntou, sua voz firme, mas carregada de incerteza.

Damon olhou para ela, seus olhos brilhando com determinação.

— Agora, raio de sol, nos preparamos para o que está por vir. — E acredite, isso vai ser divertido.

A expressão de Bonnie era grave, e o silêncio que se seguiu pesou sobre todos eles. Alison olhou para Damon, e algo nos olhos dele indicava que ele já estava pronto para a próxima batalha, fosse qual fosse. Damon podia ser muitas coisas, mas ele era alguém em quem se podia confiar quando o perigo se aproximava.

— Bonnie, tem certeza de que isso está relacionado ao grimório da minha ancestral? — Alison perguntou, sentindo o peso da revelação da noite anterior ainda pendente sobre seus ombros.

— Sim. — Bonnie respondeu, sem hesitação. — Aquela magia é antiga, poderosa e... corrompida. Eu consigo sentir. E se o grimório foi ativado, algo ou alguém está tentando usar esse poder. —

Damon estreitou os olhos, cruzando os braços, claramente pensativo.

— E quem seria estúpido o suficiente para mexer com magia ancestral e amaldiçoada? —

Bonnie respirou fundo, como se hesitasse antes de dizer as próximas palavras.

— Existem várias possibilidades, mas todas levam a algo ou alguém que conhecemos muito bem,Klaus. —

O nome fez o ar na sala ficar mais denso. Alison sentiu um arrepio de reconhecimento. Klaus. Um dos seres mais perigosos que já existiram, com uma fome insaciável por poder e controle. Se Klaus estava de alguma forma envolvido com o grimório, isso significava que o problema era muito maior do que eles imaginavam.

— Então, o grande Original quer brincar com feitiços antigos de novo? — Damon comentou, embora a leveza em seu tom não escondesse a tensão em seus olhos.

Bonnie assentiu.

— Mas não é só ele. A magia no grimório é poderosa o suficiente para atrair... outras criaturas. —  Criaturas que nem sequer imaginamos. Esse tipo de poder é como um farol no escuro.

Alison sentiu o peso dessas palavras. O destino dela parecia inextricavelmente ligado ao grimório e ao legado de sua família. Mas o que exatamente ela deveria fazer? O que aconteceria com ela e com os outros se aquele poder caísse em mãos erradas?

Damon se aproximou de Alison, a expressão dele ficando mais séria.

— Olha, eu sei que você está no meio de toda essa coisa de linhagem ancestral e magia, mas seja o que for, nós vamos lidar com isso. — Juntos. — diz o vampiro.

Ela olhou para ele, surpresa com a firmeza e a proteção em suas palavras. Havia algo em Damon que a fazia sentir que ele falava sério, que não a deixaria sozinha para enfrentar isso, por mais perigoso que fosse.

Bonnie interrompeu o momento entre eles, sua voz baixa, mas urgente.

— Precisamos agir rápido. Se o grimório estiver realmente despertando, podemos não ter muito tempo. —

— E onde exatamente encontramos Klaus? — Damon perguntou, já se preparando mentalmente para o próximo passo.

Bonnie olhou de volta para Damon, a seriedade em seus olhos brilhando.

— Ele está mais perto do que imaginamos. —


---

Mais tarde naquela manhã, depois que Bonnie saiu para rastrear as origens da magia e Stefan ainda estava na casa de Elena, Alison e Damon permaneceram na mansão. A tensão continuava a pairar entre eles, mas agora era uma tensão diferente. Uma tensão que envolvia perigo e algo a mais... algo não dito.

Alison sentou-se no sofá da sala de estar, olhando para a lareira apagada. Damon, como sempre, parecia à vontade, sentado na beirada do sofá oposto, um copo de uísque na mão. Ele a observava em silêncio, como se estivesse esperando que ela falasse.

— Eu preciso de uma resposta — Alison disse, finalmente quebrando o silêncio. — Se o grimório realmente foi ativado... se Klaus está envolvido... preciso saber como eu posso parar isso.

Damon deu um longo gole no uísque, mas seu olhar nunca deixou o dela.

— A primeira coisa que você precisa fazer é aceitar que você não pode fazer isso sozinha. Magia, poder, Klaus.  — você não vai vencer sozinha. Nenhum de nós vai.

Alison franziu a testa.

— Eu sei disso. Mas eu também sei que o grimório pertence à minha linhagem. —  Minha família colocou essa magia no mundo. Isso é responsabilidade minha. — Diz a mulher firme.

Damon colocou o copo na mesa ao lado, inclinando-se para frente, as mãos apoiadas nos joelhos.

— Você está carregando um fardo pesado demais, raio de sol. Responsabilidade ou não, Klaus não joga de acordo com as regras. — Ele não vai simplesmente deixar você pegar o grimório e sair andando.

Ela sabia que ele estava certo. Ela conhecia as histórias de Klaus, sabia que ele era implacável. Mas havia algo dentro dela que a impedia de continuar, que a fazia acreditar que ela poderia enfrentar o que viesse.

— Então o que você sugere?. — Pergunta a loira. — Fugir?

Damon riu, sacudindo a cabeça.

—Fugir nunca foi meu estilo. — Meu estilo é mais... esmagar o inimigo antes que ele saiba o que o atingiu.

Alison o olhou, tentando não sorrir, mas não conseguiu evitar.

— Você tem mesmo uma solução para tudo, não tem? — pergunta a vampira.

— É claro —  ele disse com um sorriso típico de Damon, aquele cheio de confiança. — E a solução é simples: lutamos. Mas não sem um plano. E enquanto isso, você, querida raio de sol, fica viva e bem. Não quero ouvir mais histórias de sacrifícios heroicos. —

Ela revirou os olhos, mas sentiu um calor em seu peito ao ouvir Damon chamá-la assim.

— Você realmente adora esse apelido, não é?

— Com certeza. — E de agora em diante, vou usá-lo o máximo que puder.

Cicatrizes de Sangue - Damon Salvatore Onde histórias criam vida. Descubra agora