✿ʟᴏ́ᴛᴜs...ᴛɪᴘᴏ ᴀ ғʟᴏʀ?✿

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- O que estão fazendo fora das salas? - pergunta uma voz distante.
- Pronto, chegou quem não devia.
- Seus intrutores estão cobrando presença sabia? - falou um garoto, se aproximando.
- Deixa esse estraga-prazer de lado, bora galera. Boa sorte novato. - ele da um tapinha no meu ombro e se retira.

O garoto que antes estava falando chegou mais perto, ele era um pouco mais alto que eu, tinha pele bronzeada, olhos verdes como jades, e o que mais me chamou atenção, os cachos da cor de mel que cobriam sua cabeça, pareciam ter algum tipo de "brilho", ele também tinha sardas e manchas claras na pele.
- Então você é o aluno novo? É um bruxo? Um híbrido? O que eim? - ele perguntou, abrindo um sorriso.
Outra coisa notável é uma pequena fresta que separa seus dentes da frente.
- Bruxo. - respondi seco.
- Tá... Você é tipo rebelde, emo ou algo assim? - ele é pergunta enquanto aponta para o meu sweater.
- Acho que você não tem tanto argumento pra falar de roupas. Caso não saiba, estamos no inverno. - digo, apontando para a camisa havaiana e bermuda jeans que ele usava.
Ele parou por um momento e observou as próprias roupas.
- Tem razão, talvez não seja uma roupa muito boa pro inverno... Mas é muito boa quando se é um Bruxo do Sol. - Completou, estendendo a mão.
- Meu nome é Lucas Connan ou Luke se preferir, sobrinho do diretor.
Exitei um pouco, mas retribui o aperto de mão.
- Alexie, uhm... Um bruxo do crepúsculo.
- Eu sei, meio que estáva te procurando. - riu.

- 𝐏𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐯𝐚𝐦𝐨𝐬?- foi o que o meu cérebro perguntou na hora em que Lucas me levou até a porta de uma sala. A porta era grande, parecia ter sido feita a mão, a madeira era escura e por entre as frestas corriam pequenos feixes de luz laranja.
O garoto bateu na porta algumas vezes, notei que ele parecia muito animado, como uma criança que acaba de ganhar uma bicicleta no natal.
Uma fumaça luminosa contornou a porta e ela se abriu.
Do outro lado tinha uma sala muito bem mobiliada, em um dos lados havia uma mesa circular, nela uma toalha branca com detalhes espalhados por todo o tecido, em cima, algumas porcelanas muito bonitas.
-𝐔𝐚𝐮- foi a primeira coisa que eu pensei ao entrar na sala.

Atrás da mesa um homem sentado em uma poltrona falava ao telefone. Tinha a pele um pouco mais clara que a de Lucas, cabelos longos e escorridos da cor de mel, e olhos violetas reluzentes. Usava uma camisa branca de gola alta com um colete de seda, uma calça branca e um longo manto, coberto por um tecido reluzente da cor laranja.

Ele pareceu distraído o bastante para não notar nossa presença.
- Quantas vezes tenho que dizer, não sou eu que resolvo esse tipo de coisa. Fale com o meu secretário.
Aparentemente a pessoa do outro lado da linha desistira da conversa, pois ele estreitou os olhos com prazer.
- Ótimo, espero que entre em contato em breve. - disse, irônico.

- Vejamos...Queridíssima pessoa com quem possuo parentesco, o que lhe traz aqui? - perguntou o homem, deixando o celular de lado, apoiando-se com os cotovelos na mesa enquanto descansava a cabeça sob as mãos.
Ele tinha a voz um pouco arrastada e melosa, como se forçasse um tom excessivamente alegre.

- Oi tio Lótus. - disse, impaciente. - Eu trouxe o bruxo.
-𝐋𝐨́𝐭𝐮𝐬 𝐞́ 𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐝𝐞𝐥𝐞? -
- Lótus...Tipo a flor. - sussurei para mim mesmo.
Apesar de estar distante, o diretor pareceu ouvir, pois uma faísca cintilou em seus claros olhos lilás.

- Exatamente querido. - a voz forçada quebrou o silêncio.
O sujeito pareceu me analisar por um momento.
- Então... Como você se chama meu bem? - ele baixou o tom da voz, que, um momento pareceu ser verdadeira, como se sentisse que não tinha o porque de fingir.
- Alexie Jason. - respondi.
- Charles Lótus Connan, é um prazer.

O homem fez um sinal para que eu me aproximasse.
- Que tipo de bruxo você é?
- Um bruxo do crepúsculo.
Ele me fitou com atenção. - Bruxos do crepúsculo, são ᴄᴀʀᴏs e costumam arrogantes, sabia? - ele estendeu a mão.
A mão dele era impecável, a palma com uma cicatriz em forma de Z, e unhas longas da cor de leite.

(Nota do autor: Charles realmente disse "caro" no sentido de valor)

- 𝐒𝐞𝐫𝐚́ 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐥𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐮𝐦 𝐚𝐩𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚̃𝐨? -
Sem nem encerrar a linha de pensamento, apressei-me e juntei minha mão a dele, quase como um "Hifive" ou um "Toca aqui".

Me arrependi profundamente ao ver a expressão de repudio do diretor.
- 𝐄𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨? -
Mais atrás de mim, o garoto dos cabelos cor de mel segurava a risada.
- Bem... - continuou Charles - O meu secretário está com a lista da sua turma, pode ficar aqui durante o primeiro horário, seria de grande ajuda. - terminou desviando a mão que eu havia estendido para cumprimenta-lo.
- C-claro... Eu posso esperar... Eu acho. - respondi nervoso.
- Não foi uma pergunta. - pontuou o Sr. Diretor.

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⏰ Última atualização: Oct 11 ⏰

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☆ᴀʟᴇ́ᴍ ᴅᴏ ᴍᴇᴜ ᴜɴɪᴠᴇʀsᴏ☆Onde histórias criam vida. Descubra agora