escravo da solidão

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Esconde-se nas sombras, teme o olhar,
Cada passo é um risco de desmoronar.
A voz trêmula, presa no ar,
Quer falar, mas não sabe como começar.

O mundo lá fora parece gigante,
Cada rosto estranho, cada riso distante.
As mãos suadas, o coração disparado,
Como se fosse sempre um condenado.

Busca no silêncio o refúgio, o abrigo,
Foge das palavras, foge do perigo.
O simples "olá" é uma guerra interna,
Uma batalha cruel, invisível e eterna.

Quer ser visto, mas teme ser julgado,
Quer ser ouvido, mas sente-se sufocado.
E assim, vive num vai e vem cruel,
Entre o desejo de sair e o medo do céu.

Por isso se fecha, prefere o vazio,
Onde o silêncio é o único frio.
E na solidão, encontra a paz,
Mesmo que o mundo lhe peça mais.

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⏰ Última atualização: Oct 07, 2024 ⏰

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