𝙿𝙴𝚁𝙳𝙸𝙲̧𝙰̃𝙾 | 1 ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ | 𝕊𝔼́ℝ𝕀𝔼 𝖬𝖮𝖱𝖱𝖮𝖲

²⁷ Levaram

Agnes Garcia
BRASIL | RIO DE JANEIRO

Abro os olhos e vejo que tô deitada num colchão ou numa cama

Tália!!

Olho pro lado e vejo um berço, olho dentro e observo a Tatá dormindo super calma

Passo os dedos no rosto da minha pequena
E acaricio seu pequeno rosto enquanto ela dorme e ronca um pouquinho — puxou o pai —

— A mamãe tá aqui, meu amor — falo pra ela que se remexe no berço — A mamãe vai te proteger de tudo

A porta do local é aberta e logo fico na frente do berço

— Oque você quer!? — pergunto meio nervosa para o homem

— Nada, eu só quero o complexo da Maré, apenas isso — o homem fala colocando as mãos no bolso da calça

— E tinha que me envolver e envolver a minha filha nisso? — o homem ri em sarcasmo

— Você é sonsa assim ou se faz? Você é mãe da herdeira do dono morro, namorada do dono do morro, Você já se envolveu de qualquer jeito — Reviro os olhos por ter que concordar com o homem em minha frente

A pergunta foi meio burra mesmo

— Tá, mas porque trouxe a minha filha junto, poderia ter sequestrado apenas eu — pergunto ainda na defensiva

— Porque ela ainda tá novinha é precisa da mãe — dá de ombros

— Seu vulgo? — pergunto

— Cunha — ele fala

Diego Bianchini
BRASIL| RIO DE JANEIRO

Tava falando com os meninos até um vapor abrir a porta com força

— Que isso porra!? Virou cabaré meu escritório!? — falo ou melhor grito

O menino tá ofegante
Oque aconteceu?

— Che-chefe — respira fundo — Levaram a patroa e a patroinha — fala rápido mais eu entendo

Assim como os meninos que arregalam os olhos

Não é possível, cheio de vapor lá como levaram elas!?

— Repete — falo ainda sem acreditar e o menino me olha assustado, deve ter pelo menos uns 17 anos

Passo a mão na cabeça nervoso e corro até a minha casa onde vejo um monte de vapor no chão, alguns feridos outros mortos

Entro dentro de casa e procuro na casa toda
Respiro fundo pra não surtar

E vou pro lado de fora pra falar com os vapores que ficaram vivos

— Puta que pariu vocês! — Grito — vocês só tinham um trabalho! Apenas um! E vocês não fazem direito seus porra!

— Calma cara — Ruan fala chegando perto — eles deveriam ter protegido melhor mas surtar não ajuda em nada, entra logo — fala me levando pra dentro da casa

Sento no sofá e começo a bater o pé no chão enquanto minha mão tremia

E se algo acontecer com ela?
Minha filha, como pude ser tão inútil assim para não conseguir proteger elas?

Elas não merecem isso
Minhas meninas, vou até o armário que tem aqui na sala e pego um baseado acendo e começo a fumar

— Eu trouxe água pra você — Ruan na fala me dando um copo d'água

— Valeu — pego com a minha mão ainda tremendo

Minhas meninas, minhas meninas...
Jesus não deixa nada acontecer com elas

— Vamo invadir a Penha — falo e Ruan me olha

— Vamô esperar chegar as armas que nós pediu pra tá bem armado — ele fala

— E quando chega? — pergunto bebendo um gole da Água

— Sexta-feira — Droga

Hoje ainda é Quarta

Capítulo pequeno mas feito com o coração
Espero que tenham gostado, deixem a estrelinha e comentem🎀

Bjss até!!!