-POV CAROL -
Acabei finalmente dormindo depois de pensar em tudo aquilo outra vez, voltar à cidade onde tudo aconteceu era voltar a dormir e ter o mesmo pesadelo.
Era dia da 12° convenção de turismo e seria na própria cidade de Santa Catarina, eu sabia que eles estariam lá, seus hotéis tinham parcerias com várias empresas turísticas em todo País.
Optei por um belíssimo vestido preto com branco, longo e apertado que seguia as próprias curvas do meu corpo, meu
cabelo estava preso e a maquiagem era leve, na verdade, eu não precisava de muita maquiagem para ficar exatamente do jeito que eu queria.Cheguei a convenção uma hora e meia depois de ter começado, todos os olhares voltados a mim, assim, exatamente como eu gostava, logo vieram alguns conhecidos me cumprimentar, eu sabia muito bem fingir prestar atenção, apenas observava ao redor em busca de Lucas, o tal filho mais velho de Roque, mas aqueles homens pareciam todos iguais, sempre iguais, um verdadeiro tédio.
Uma música da Lana Del Rey embalava o ambiente enquanto eu procurava o meu alvo, diria que apropriada àquele momento. Finalmente vi Lucas sentado em uma mesa, pensei na melhor forma de fazê-lo vir até mim, para minha surpresa, fui chamada ao palco para dizer algumas palavras.
Ficou fácil, quando desci ele estava com alguns amigos e veio em minha direção com seu olhar galanteador, logo mordi os lábios e já pude ver seus olhos me desejarem, conversamos pouco, foi mais uma apresentação, ele sabia como tratar uma mulher como eu, dei a ele meu telefone, a conversa rolava bem até que avistei uma Loira que estava de perfil, seus traços pareciam iluminar o local que estava, seu sorriso era encantador, pedi licença e larguei Lucas sozinho na mesa.
Em seguida me aproximei da Loira, ela estava próxima a mesa de bebidas, peguei uma taça de champanhe e sorri para ela que de imediato encarou e sorriu de volta.
Tinha algo nela diferente das outras, ela me olhava sem medo, não se intimidava com a minha presença, parei em sua frente e a olhei dos pés à cabeça a deixando nitidamente envergonhada, aquilo bastou para que eu ficasse excitada de imediato.Carol: Cheguei a acreditar que eu era a única mulher atraente por aqui. - falei despretensiosamente.
Loira misteriosa: Se essa foi sua maneira de me fazer um elogio, obrigada! - despretensiosamente seus olhos me olharam direto, o sorriso em seus lábios era contagiante.
Carol: Não faço elogios em vão, querida, trabalho apenas com a verdade.-encarei seus lábios e mordi os meus, aquela mulher tinha algo que me provocava facilmente, assim, em poucos minutos de conversa.
Loira misteriosa : Se você não fosse tão mulher quanto aparenta, poderia jurar que está me cantando. Carol, não é?! - Ela sorriu de canto, mas logo ficou séria, olhava para os lados um tanto quanto nervosa, percebi de imediato.
Carol: /sso mesmo, Carol. Está esperando alguém? Parece nervosa, impaciente... Estou te incomodando? - sussurrei minha última frase próximo a sua orelha fazendo a mulher loira afastar-se.
Loira misteriosa : Ãn? Não, de modo algum. - ela chegou bem próximo e disse em minha orelha, quase em um sussurro - Preciso ir ao banheiro, e não conheço nada por aqui, estou definitivamente apertada. - ela tentava disfarçar o desespero no olhar.
Não pude conter minha risada, assim como não contive o arrepio que me veio a nuca com sua voz sexy em minha orelha, mesmo tendo dito algo nada sensual.
Peguei-a pela mão e sem dizer nada fui indo em direção a lateral do palco, andava o mais apressada que podia, aquele vestido não ajudava em nada, não naquele momento, ela apenas me seguia dizendo meu nome baixo como quem implorasse pra saber onde eu estava levando-a.
A olhei sorrindo lhe mostrando a porta do banheiro feminino, ela sorriu um tanto aliviada e aquilo me deixou feliz, fazia um bom tempo que uma mulher não me tirava um sorriso tão...bobo?!
A mulher loira entrou quase correndo e fui logo atrás, tinha apenas duas senhoras quase comendo maquiagem para esconder as rugas, como se as plásticas já não fossem suficientes, me olhei no espelho e sorri de forma irônica para as mesmas que saíram me cumprimentando uma centena de vezes.
Meu sangue estava quente, quente o suficiente para que eu pudesse fazer algo arriscado, deliciosamente arriscado, tranquei a porta do banheiro...A loira saiu de uma das cabines abaixando o vestido que era acima do joelho, suas pernas eram levemente musculosas e bronzeadas, minha boca salivou de imediato, sem dizer nada ela foi a pia que estava do meu lado e lavou as mãos. Meu sangue estava quente, quente o suficiente para que eu pudesse fazer algo arriscado, deliciosamente arriscado, tranquei a porta do banheiro...
Estava secando com o papel toalha quando no impulso eu a abracei por trás a imprensando contra a pia, agarrei sua cintura e a olhei através do espelho com um sorriso sexy em meus lábios.
Ela estava assustada, não entendia minha atitude, seus olhos castanho escuros arregalados me enlouqueciam, beijei seu pescoço, seu ombro...
Loira misteriosa : O que você está fazendo? Só pode estar louca. Me solte! - ela tentou sem vontade sair, sem sucesso, pois agora estava de frente para mim -
Carol: -acariciei seu rosto e passei meu dedo em seus lábios - Nunca fez algo que não deveria fazer? Uma única vez, não morrerá por isto. - selei seus lábios - e além do mais, parece que você quer, tanto quanto eu ...-provoquei.
Ela me olhou em fundo, sua respiração já era outra, seu medo era vontade, seus olhos jorravam desejo, não tínhamos muito tempo, pressionei nossos corpos e a beijei com vontade.
Era um beijo demorado, nossas línguas brigavam na tentativa de dominar aquele beijo, minhas mãos apalparam seus seios, minha língua passava em seu pescoço, deixei uma leve marca nele, suas mãos arranharam minhas costas e mesmo com o vestido eu pude sentir.
Mordi seu lábio inferior já subindo minha mão por sua coxa quando algo começou a vibrar entre seus seios, estava bom até ela me empurrar sorrindo e tirando seu celular com pressa.
Loira: Droga! - sussurrou - Oi amor, estou no banheiro, não precisa vir, já estou saindo, me espere na saída.
Ela desligou me olhando diferente, parecia não acreditar no que tinha ocorrido ali, balançou a cabeça negativamente como quem tentasse voltar a si.
Carol: Namorado?
Loira: Meu noivo.- ajeitou seu vestido com pressa, olhou no espelho conferindo como estava, tentei dar um último beijo mas ela hesitou indo em direção a porta quase correndo e abrindo-a como se soubesse que eu não a deixaria ir - "Isso nunca aconteceu."
Essas foram suas últimas palavras antes de sair feito um foguete daquele banheiro, algo dito mais pra ela mesma do que para mim, eu nem se quer sabia seu nome, como não lembrei de perguntar?!
Retoquei meu batom e saí desfilando entre as poucas pessoas que ainda restavam naquele evento, pude vê-la saindo com um homem, estava com a barba feita, cabelo castanho escuro, bonito eu diria, se não fosse aquela cara de golpista vestido de terno.
Havia me esquecido de Lucas completamente, o procurei e ele já havia ido embora, me irritei por ter me distraído com aquela belíssima loira, mas valeu apena aquele pouquíssimo tempo, teriam outras inúmeras possibilidades, aliás, eu estava de volta a Santa Catarina de uma vez por todas e só sairia dali depois de me vingar da maldita família Montibeller.
Os dias estavam corridos, mudar de cidade com uma empresa do nível da minha era algo definitivamente complicado, mas nada que Carol Gattaz não resolvesse, minhas mãos até pareciam mágicas, eu diria.
Os dias se passaram rapidamente, e para minha surpresa numa manhã cheia de reuniões chatas recebi uma ligação de um número desconhecido.XXX: Espero não estar lhe incomodando senhorita.
Sua voz era sexy, galanteador, claro, típico do que eu já esperava.Carol : Me chame de Carol, Lucas.
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Xeque-mate
FanfictionPov: Carol Puxei o baú e o abri em cima da cama, de repente um filme da minha vida passou pela minha cabeça, essa trágica história infeliz que nunca, definitivamente nunca me deixaria em paz até que os verdadeiros culpados provassem o sabor da minha...