Philipa White não podia encostar a cabeça no travesseiro, que em segundos o rosto que visitava seus sonhos surgia.
Ela estava curiosa, muito ansiosa para descobrir do que se tratava sonhar e sonhar com aquele bendito homem no qual só se podia ouvir...
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AUGUST
Será que estou a ponto de enlouquecer?
Ou será que já enlouqueci?
Claramente a segunda opção.
Uma garota sempre aparece nos meus sonhos, e como um relâmpago vai embora. Porra, quem é ela?
Tudo que sei é que tem olhos azuis, um rosto lindo, sardas, e aquela madilta boca que nunca tenho a chance de beijar.
Tudo começou a três anos atrás, por incrível que pareça, após meu acidente infeliz ela vem visitando meu sonhos.
Tenho vinte cincos anos, de dia trabalho como diretor na empresa da família e a noite prático luta clandestina.
Um escape, tudo que eu tenho.
Quando estou no ringue socando a cara de algum desgraçado, tudo parece certo, a adrenalina explode e eu mando esse sentimento estranho aqui dentro sumir por um tempo.
─ Porra! - grito e logo caio no chão derrotado. Bem, é isso que dá ocupar a mente que coisas irreais August.
─ Vem cá brother. - Miles ri e ergue a mão em minha direção, mas como um bol vingativo que sou, puxo ele em minha direção, levando ele direto para meu agarre onde lhe travo com meu antebraço.
─ Cara, golpe baixo - ele luta e ri.
─ Ah sério? - empurro a luva de box, esfregando ela na sua cabeça e libero ele do meu agarre.
Saímos do ringue e andamos em direção ao vestiário. Enxugo meu rosto molhado na camiseta, ofegante.
─ Diz aí, tava pensando na garota de novo?
─ Você sabe que sim, isso sempre me tira o sono. - tiro a regata suada e mordo o canto do lábio. Meu torso está pingando a suor.
─ Ocupe sua mente com alguma coisa bro, tô te falando você vai enlouquecer. - ele me olha preocupado.
─ E você acha que não tenho tentando? Essa merda só vai acabar quando encontrar com ela e saber porque sinto isso.
─ Ela te pegou de jeito.
─ Eu ainda vou achar ela.
Ele gargalha.
─ Tá doidão? Isso é impossível, é loucura demais.
─ Há há, tá bom ó esperto, queria ver se estivesse no meu lugar.
─ Não, na verdade tenho sugestão melhor, o que acha?
Entramos ambos nas duchas separadas.
─ hum.
─ Isso é um sim?
─ Diz.
─ Competição de luta essa sexta, o vencedor leva cem mil dólar se vencer o punho de aço.
Punho de aço, o filha da puta que parece ter aço na mão.
Esse maluco já ferrou mais maxilares do se pode contar.
─ Vai arregar?
─ Sabe que não preciso dessa merda de dinheiro, luto apenas por diversão.
─ Você não, mas eu preciso. Você luta e eu fico com a grana, ninguém perde e todo mundo saí ganhando.
─ Beleza então.
Miles comemora e bate no meu ombro saindo aos assobios até os armários.
Meu amigo está certo, essa merda precisa acabar e eu tenho que colocar um ponto final nisso.
