Philipa White não podia encostar a cabeça no travesseiro, que em segundos o rosto que visitava seus sonhos surgia.
Ela estava curiosa, muito ansiosa para descobrir do que se tratava sonhar e sonhar com aquele bendito homem no qual só se podia ouvir...
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PHILIPA
Anos antes.
Foram anos bons antes de tudo desabar, antes dessa coisa toda começar.
Família Rodríguez.
Ralph e eu nos conhecemos desde à adolescência.
Seus pais e sua irmã Claudine tinha se mudado recentemente para a casa de frente a nossa, não demorou para gente se conhecer melhor e criarmos uma aproximidade.
Mamãe costuma fazer sua famosa torta de morangos sempre que algum morador novo chegava no nosso bairro. Ela sempre foi amistosa, adora fazer todos se sentirem em casa, sempre gostou de tentar fazer todo mundo se sentir acolhido, e sempre arrastou eu, sua única filha para qualquer plano.
Conhecemos Raphael e Claudine, gêmeos, filhos de Josy e Anne.
Ralph tinha os olhos cinzentos, nunca consegui definir se eram azuis na claridade. Ele ficava mais na dele, era quieto, mas batia um papo "legal" de vez em quando.
Minha amizade mesmo, iniciou-se com Claudine, afinal, ela sempre foi extrovertida demais, com ela sempre havia algo novo pra falar.
Um dia, Clau me chamou pra ir na casa dela. Nesse dia tínhamos combinado de ir na lanchonete da cidade, eu iria apresentar alguns amigos para ela. Mas, então, fui pega de surpresa. Claudine ainda estava no banho e Ralph estava na sala, jogando vídeo game, quando eu entrei.
─ Oi. - tentei, nossa, eu estava com uma vergonha do caralho.
Ele movia os dedos muito rapidamente pelo controle. Tentei controlar meu nervosismo bobo, ele demorou segundos paga me responder, parecia super concentrado.
─ Oi, e aí? - jogou o comprimento de volta ainda sem me encarar.
Eu finalmente tinha uma chance de ficar sozinha com ele.
Eu usava um cosert de rendinha, saía curta acima do joelho, meia calça sexy, conturnos e muito mais. Tinha me olhado no espelho antes de sair, eu estava gata pra caralho, o que tinha de errado comigo para ele nem sequer olhar?
Meu sorriso murchou.
─ Maninho, Íla já chegou? - Clau perguntou de cima das escadas, seu irmão apenas respondeu um "sim" audível.
Conformada, me arrastei até uma poltrona, sentando-me e pescando meu celular da pequena bolsinha em formato de maçã.
Minutos depois, minha amiga desceu as escadas mais que depressa.
