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...  Após mais um ano...

O dragão de S/N teve um crescimento impressionante e assustador. Agora, S/N tem 8 anos, e seu dragão se assemelha a um adulto, em tamanho e aparência. O dragão possui escamas brancas que o tornam quase invisível quando está voando em torno da muralha. Ele se adaptou perfeitamente às condições do norte, onde o gelo e a neve predominam.

S/N nomeia seu dragão de Sablewing, uma escolha que reflete a graça e a agilidade do animal. Sablewing é extremamente protetor em relação a S/N e frequentemente sobrevoa a muralha, observando atentamente cada movimento do jovem. O dragão se certifica de que S/N esteja sempre seguro, vigilante diante de qualquer ameaça que possa surgir. Essa forte ligação entre S/N e Sablewing é uma combinação de amizade e lealdade, Era completamente impossível que alguém, exceto Aldo, conseguisse se aproximar de S/N sem que o Sablewing emitisse um rugido estrondoso, tão alto que todos ao redor precisavam tapar os ouvidos para se proteger do som ensurdecedor. Devido ao seu tamanho colossal, o Sablewing não podia permanecer na muralha; sua presença se fazia sentir enquanto ele pairava sobre o gélido norte, como se a frieza do ambiente estivesse integrada a sua própria essência. O frio parecia fluir de seu ser, transformando-o numa extensão da paisagem ártica que o cercava, sempre em movimento, como se vivesse em simbiose com o ar gélido que o envolvia..
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O espião que Daemon Targaryen enviou para vigiar o S/N chamava-se Aemonor. A missão que lhe foi confiada não se limitava apenas à observação, mas também incluía a tarefa de ensinar o S/N a falar Alto Valiriano, conforme as ordens de Daemon. Inicialmente, Aemonor relutou em aceitar essa responsabilidade, mas sua resistência rapidamente se dissipou quando Daemon fez uma ameaça explícita: se Aemonor não colaborasse, ele seria entregue como alimento para Caraxes, o dragão do príncipe. Diante dessa perspectiva aterrorizante, Aemonor cedeu e concordou em cumprir a missão.

Aemonor, filho bastardo de Vaemond Velaryon, tinha um domínio considerável da língua Alto Valiriana, adquirida através de sua linhagem e formação. Ele era bem consciente de quão desafiador seria ensinar o S/N a língua ancestral, especialmente considerando que tal aprendizado precisava ser mantido em segredo absoluto. Ninguém poderia descobrir que o S/N estava se instruindo em Alto Valiriano, uma vez que isso poderia levantar suspeitas e atrair a ira dos que desejavam controlar o conhecimento e a influência sobre a casa Targaryen.

Com muito esforço e paciência, Aemonor começou a ensinar o S/N. As aulas eram realizadas em horários e lugares discretos, longe dos olhares curiosos. A relação entre eles era marcada por uma tensão constante, mas também por momentos de camaradagem, à medida que Aemonor se dedicava a transmitir seu conhecimento. O desafio era enorme, não apenas por causa da complexidade da língua, mas também pelo risco de ser descoberto, o que tornava cada sessão de ensino uma verdadeira dança entre a aprendizagem e a necessidade de cautela.

S/N: Eu definitivamente não quero aprender isso, não...

Aemonor: Quem foi que disse que você tem escolha na questão?

S/N: Você parece estar um pouco triste com a vida, não?

Aemonor: Você também ficaria assim se estivesse na minha posição... De qualquer forma, você vai aprender Alto Valiriano.

S/N: Alto Valiriano?..

Aemonor: Alto Valiriano, isso mesmo.

S/N: Qual é a diferença entre os dois?

Aemonor: Ai, meu Deus... *Respira fundo* Olha, criança, colabora, por favor, tá bem?
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Em uma das aulas.

O Aemonor estava se esforçando para ensinar S/N a pronunciar algumas palavras simples em Alto Valiriano, começando pelo básico: oi.

Aemonor: — Jovem, vamos lá! Essa é a trigésima vez que tentamos, e não é tão difícil assim dizer oi em Alto Valiriano. Vamos repetir juntas, certo?

S/N: — Certo... oi e... *Pensa consigo mesmo, refletindo intensamente.* ... kirimvose...

*Aemonor, em um gesto de frustração, levanta-se da cadeira onde estava sentado e se dirige em passos largos em direção à saída da pequena sala. Assim que ele atravessa a porta e a fecha com um movimento rápido, uma onda de desânimo toma conta dele, e ele grita de maneira abafada: Caralho, eu odeio a minha vida.*

Aemonor retorna à sala, o som das suas passadas ecoando suavemente pelo espaço. Ele se dirige à sua cadeira, os braços que se movem com firmeza e precisão, enquanto se acomoda com um ar de determinação. Com um olhar sério e ponderado, ele encarou o jovem diante de si.

Aemonor: Não está certo, jovem... Vamos tentar de novo.

*A voz dele carrega um tom de expectativa e incentivo, sinalizando que a busca pela perfeição ainda está longe de ser completada.*.
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O lobo do S/N é um exemplar de pelagem branca, conhecido por sua impressionante resistência a condições climáticas severas, como intensas nevadas e temperaturas extremas de frio. Este lobo, carinhosamente chamado de Hunter, que significa Caçador em inglês, ainda é um filhote, o que faz com que sua ligação com S/N seja ainda mais forte e especial. Hunter demonstra grande afeto e lealdade ao seu companheiro, criando um vínculo profundo e significativo entre eles, que se intensifica dia após dia. Sua presença é não apenas uma proteção, mas também uma fonte de alegria e companheirismo para S/N, enquanto juntos enfrentam as adversidades do ambiente gelado...

Em Pentos

Laena Velaryon e Daemon Targaryen estavam desfrutando de momentos felizes em Pentos, onde se estabeleceram com suas duas filhas gêmeas, Baela e Rhaena. Ambas eram meninas encantadoras, refletindo a beleza e a força de suas linhagens nobres. Enquanto o casal compartilhava a alegria da vida familiar, Daemon mantinha um olhar atento e preocupado com seu filho, que se encontrava em uma localidade distante. Apesar da distância, ele sempre fazia questão de se manter bem informado sobre tudo o que acontecia na vida do garoto. Com isso em mente, Daemon nutria um plano em seu coração: ele estava decidido a reunir-se com seu filho, para que pudessem construir uma nova conexão e fortalecer os laços familiares, que sempre foram tão importantes para ele...Somente quando ele completasse 16 anos, as crianças se tornariam uma preocupação constante para Daemon. Portanto, ele não se importava muito em ver o rosto de S/N durante o período em que ela tivesse apenas 8 anos. Essa fase da infância era, de certa forma, um fardo para ele, e o desinteresse era evidente.

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Até a próxima.


Fiz isso apenas para complementar um pouco mais a história do S/N, uma vez que tenho sido vago em relação ao protagonista desta narrativa. Espero que, com essa adição, fique mais fácil entender os detalhes e nuances da trama.

♛𝑶 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒐 𝒃𝒂𝒔𝒕𝒂𝒓𝒅𝒐🐉⃤Onde histórias criam vida. Descubra agora