Sob outros olhos - Histórias não contadas

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A sua captura

Tinha acabado de chegar do meu treino matinal. Amava as meninas e adorava a missão de libertar um mundo de um tirano. Mas, as melhores coisas da minha vida eram: os treinos de basquete e o David. Ao assumir a liderança do grupo, me desfiz dos outros treinos de atletismo, abdiquei da canoagem, parei os treinos para o triatlo. Só que o basquete... Ah! A quadra de basquete era um dos poucos lugares onde me sentia eu... Lá e na mesa de canto da cafeteria onde tive meu primeiro encontro com David - e para onde íamos semanalmente.

– Fiz panqueca para você. Vai encontrar as meninas hoje, filha?

– Já, já, mamãe. Tomar um banho e estudar um pouco. Combinei com a professora de literatura de adiantar os trabalhos nas férias por causa dos treinos.

Minha mãe me beijou a cabeça e foi se arrumar para ir ao trabalho. Pergunto-me se ficaria tão bonita quanto ela se assumisse meu cabelo natural. Um dia tentaria. Ainda não tinha autoestima suficiente para as piadinhas no colégio. Se, ao menos, eu fosse mais confiante como Luna...

Suspirando, peguei meu prato e fui para meu quarto, já escolhendo a roupa de hoje. Assim que saí do chuveiro, uma mente alcançou a minha. Alguém estava no portão para Rheyk ainda aberto através daquela porta. Nathan conseguiu a amassar e inviabilizou sua abertura. Por que, então, ela estava escancarada? Permitia que qualquer humano pudesse chegar em Rheyk por acaso.

A pessoa olhava o brilho frágil que o portão emitia, suas mãos imundas e de unhas quebradas me faziam pensar que era um morador de rua. Então uma voz chamou meu nome e Thomas apareceu, prendendo o homem contra a parede. Ele tirou uma adaga e começou a cortar a barriga do mendigo superficialmente.

– Angel, se você não vier sozinha, eu vou estripar esse verme bem aqui. Nem pense em comunicar as meninas.

Minha respiração acelerou ao reconhecer o medo nos olhos daquele homem ao qual eu me apossara dos sentindo. Vesti-me, calcei meu tênis, anotei o endereço para onde ia no quadro de mensagens e parti nervosa, percebendo depois que esqueci minha bolsa sobre a poltrona da sala. Sabia que era uma armadilha. Mas não podia deixar aquele homem sozinho, morrer daquele jeito. Espero que meus poderes e os treinamentos com Nathan tenham valido de algo.

Não saí de sua mente durante o trajeto, tentando inibir seus sentidos para que não sentisse dor quando Thomas corta sua pele cada vez mais fundo, mas era fraca demais para isso. Em quinze minutos ia entrar naquele beco. Se eu cegasse o servo de Victor, sabia que ele mataria o homem de imediato. Então, nem arrisquei.

– Só eu e você, Thomas. – Falei à distância. – Solte ele.

O servo de cabelo branco sorriu e nocauteou o morador de rua. Assim que se despiu de sua proteção humana, eu o ataquei. Porém, o crápula foi mais rápido, fazendo um movimento de punho e lançando um chicote que me envolveu. Imediatamente, me senti mais fraca. O que era isso? Tentei entrar em sua mente, mas parecia que eu só podia encontrar um abismo. Meu dom tinha sumido! Thomas me puxou para perto.

Os Segredos de Rheyk - Série Enny Scott (VERSÃO BETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora