Aeroporto Internacional de Bangkok.

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Ele dormiu durante o voo inteiro, acordando apenas quando a aeronave já havia aterrissado em território tailandês. Com os olhos inchados em parte pelo sono e em parte pelo choro, o loiro esfregou bem os olhos entre as mãos e então bocejou, estalando o pescoço, espreguiçando-se levemente.

Assim como os demais passageiros, ele abriu o compartimento de bagagem de mão e pegou a sua mochila, jogando-a nas suas costas e então atravessando o corredor, desviando-se de pessoas apressadas e mal-humoradas. Ele chegou a saída sem muita dificuldade e rapidamente desceu a escadaria, rumando em direção ao ônibus que o levaria de volta para o aeroporto.

Estava na metade do caminho, quando um assobio lhe chamou a atenção e curioso, Deidara se virou para ver se era com ele, deparando-se com um cara alto, de ombros largos e cabelos negros como ébano. Ele usava uma jaqueta vermelha extremamente cafona e segurava um celular com a capinha do Eminem, que o loiro reconheceu de imediato.

—Você deixou o seu celular cair, eu acho. Esse celular é seu né?

Impaciente, Deidara agarrou o celular das mãos do cara desconhecido que usava óculos de sol, mesmo que o tempo estivesse nublado e não fizesse um calor que justificasse o uso dos mesmos.

—É, é sim. — Respondeu ariscamente. Ele achava o Eminem um tremendo de um gostoso e gostava das músicas dele, qual o problema? Ignorando o sorriso idiota que o outro estampava, o Yamanaka virou as costas para ele, o ignorando e rumando velozmente em direção ao ônibus.

Há alguns passos para trás, o homem desconhecido erguia os óculos para poder observar melhor o loiro inacreditavelmente bonito e irritado. Ele tinha um corpo atlético, cheio de músculos, exatamente como gostava; Obito sorriu momentaneamente, voltando a andar, dirigindo-se para o segundo ônibus. E ainda por cima, também era fã do Eminem! Ele gostou muito deste fato, embora tenha achado a capinha do celular ridiculamente cafona.

Seu celular tocou, levando-o a parar de andar novamente, na metade do caminho e enfiar a mão no bolso da calça jeans, tateando-o em busca do aparelho. Ele o pegou e rapidamente desbloqueou a tela, atendendo a chamada.

—Você ligou para o Além, para deixar uma mensagem disque...

—Obito! — O primo o interrompeu irritadamente, e ele riu de forma nasalada. — Em que aeroporto você está, seu idiota?

—No aeroporto de Bangkok, exatamente como eu falei que estaria seu imbecil. Onde é que você está?

—Ah, porra. Você está em Bangkok?

—Sim, Shisui, eu estou no aeroporto internacional de Bangkok. — Ele respirou fundo pacientemente e então subiu nos degraus do ônibus, dirigindo-se até uma poltrona vazia, onde se jogou, próximo a janela. — E você também deveria estar aqui para me buscar. Onde é que você está?

—Estou em Sucotai.

O mais velho crispou as sobrancelhas, recusando-se a acreditar no que tinha escutado e Shisui suspirou com frustração.

Isso quer dizer que você só vai chegar aqui daqui há umas cinco horas.

—É. Foi mal. Eu me confundi.

O ator rolou os olhos com certa irritação.

Acho melhor você chamar um uber ou pegar um táxi, primo. Até eu chegar aí já vai ser bem tarde...

—Eu já esperava que você dissesse isso. — Replicou, num tom excruciantemente indiferente. Ele estreitou os olhos e logo encerrou a chamada, cortando o começo da frase de Shisui. Ele passou as mãos pelo rosto e então suspirou pesarosamente, encarando a pista de decolagem pela janela do ônibus. Não podia ter tido uma recepção melhor.

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⏰ Last updated: Oct 09 ⏰

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Belo DesastreWhere stories live. Discover now