Capítulo 02 (1/4): a casa dos Griffin

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AVISO!
"por favor leiam a descrição da matéria antes de lê ela"
ATENÇÃO!
A História a seguir são feitas de Fãs para Fãs, O enredo de cada uma não representa o verdadeiro Universo da franquia de Harry Potter, cada artista tem sua visão e Entendimento da história em seus próprios enredos

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Capítulo 02(1/4): A casa dos Griffin


O sol de um dia ensolarado se infiltrava timidamente no quarto de Morgana Griffin, projetando um brilho suave sobre os longos cabelos loiros espalhados pelo travesseiro. Ela repousava tranquilamente, imersa em um sono profundo e revigorante. Alguns fios dourados reluziam à medida que a luz encontrava uma brecha na cortina e tocava seu rosto com um carinho quase etéreo. Incômoda com a claridade crescente, ela se mexeu na cama, puxando o cobertor para cobrir a cabeça, na esperança de se esconder daquele dia que insistia em começar.

No andar de baixo, a atmosfera era de urgência silenciosa. Meredith, a elfa doméstica dos Griffin, andava de um lado para o outro, seus pés pequenos produzindo sons abafados sobre o piso de madeira. Os dedos finos tremiam levemente enquanto ela murmurava para si mesma. As ordens de London Griffin, o senhor da casa, eram claras: Morgana precisava ser acordada. Meredith sabia que falhar em cumprir suas obrigações significaria mais do que um mero sermão – e ela já havia sentido na pele as consequências antes.

Subindo as escadas com passos curtos e hesitantes, Meredith se preparava mentalmente para encarar a jovem senhorita. Ao chegar à porta do quarto, bateu levemente antes de empurrá-la, entrando com cautela. A figura de Morgana ainda estava envolta em cobertores, e a elfa hesitou, sentindo-se culpada por ter que interromper o sono da garota. Mesmo assim, o medo de ser punida novamente impulsionou-a a se aproximar.

— Senhorita Griffin... por favor, acorde... Meredith precisa acordá-la... — a voz dela era um sussurro carregado de apreensão.

Morgana resmungou ao ouvir a voz trêmula da elfa, mas mesmo com a sonolência, a angústia de Meredith era evidente. Empurrando o cobertor para longe, a garota abriu os olhos lentamente, tentando focar na pequena figura diante de si.

— Bom dia, Meredith... — murmurou, a voz ainda arrastada pelo sono. Ela se forçou a sorrir para tranquilizar a elfa, sabendo que o medo de Meredith era mais profundo do que a simples preocupação em cumprir uma ordem.

— B-Bom dia, senhorita... — respondeu Meredith, com as mãos entrelaçadas em nervosismo.

— Quantas vezes eu já falei para me chamar de Morgana? — disse ela, erguendo-se preguiçosamente e caminhando até o banheiro. Suas palavras carregavam um tom afetuoso, mas firme.

Meredith abaixou a cabeça, quase como um reflexo involuntário. — Meredith sabe, senhorita, mas... Meredith prefere honrar seus senhores...

Enquanto se olhava no espelho, Morgana esboçou um sorriso suave. Ela conhecia bem aquela devoção da elfa, mas não queria que ela se sentisse inferior. — Ah, Meredith, você é adorável. Mas lembre-se, você é parte da nossa família. Me chame de Morgana, está bem?

— Meredith vai tentar... senhorita... Morgana... — respondeu a elfa com um leve sorriso tímido, uma rara expressão de alívio se insinuando em seu rosto.

Depois de um banho rápido, o vapor preenchia o ar com um aroma floral suave, que se misturava ao brilho delicado que os cabelos molhados de Morgana refletiam. A elfa observava enquanto a jovem se preparava, seu olhar um misto de admiração e reverência.

— A senhorita... quero dizer, a Morgana está muito... cheirosa... — comentou Meredith, ruborizando levemente ao perceber que estava sendo muito direta.

— Obrigada, Meredith — disse Morgana, soltando uma risada leve. — Eu adoro como você sempre nota essas coisas.

Vestindo um elegante vestido verde que realçava a cor de seus olhos e suas botas coturno pretas, Morgana desceu as escadas, o entusiasmo crescendo em seu peito. Hoje era o grande dia: finalmente partiria para Hogwarts, e a excitação parecia pulsar em cada fibra de seu corpo.

A sala de jantar, no entanto, parecia destoar de sua animação. London Griffin, seu pai, estava absorto no jornal, com o rosto escondido por trás das folhas de papel, enquanto Millicent, sua mãe, andava de um lado para o outro, lançando olhares preocupados para o lugar vazio à mesa. O irmão mais novo de Morgana, Ulisses, não estava presente, o que a fez franzir o cenho.

— Bom dia, família! — saudou ela, sentando-se à mesa e tentando injetar um pouco de alegria no ambiente. — O que está acontecendo?

London abaixou o jornal devagar, um sorriso forçado aparecendo em seu rosto. — Estamos bem, querida, mas... — ele trocou um olhar preocupado com Millicent — seu irmão acordou indisposto. Está com febre alta e enjoo.

Millicent suspirou, as sobrancelhas franzidas. — Chamamos o médico, ele deve estar chegando. Ulisses está muito fraco, Morgana. Não conseguimos fazê-lo sair da cama.

A preocupação murchou a excitação de Morgana. Seus olhos cintilantes perderam parte do brilho, e ela desviou o olhar para o suco de abóbora que estava sobre a mesa. — Espero que ele fique bem... — murmurou, levando o copo aos lábios com um suspiro.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, o som da campainha ecoou pela casa, e Millicent se levantou apressadamente para atender à porta. Morgana observou a mãe sair da sala, enquanto seu pai, tentando aliviar o clima pesado, virou-se para a filha.

— E então, como foi seu passeio no Beco Diagonal ontem? — perguntou ele, sorrindo de lado.

Morgana não pôde deixar de sorrir ao lembrar. — Foi incrível! — exclamou, seus olhos voltando a brilhar. — Eu encontrei o Thorne! Nós nos divertimos muito.

— Ah, sim, Thorne Thistlewhit — London riu, sacudindo a cabeça. — Sempre achei o sobrenome dele bem... peculiar.

— E ele odeia o primeiro nome dele, Ethan — Morgana riu junto. — Mas adora ser chamado de Thorne. Vai entender!

London olhou para a filha com carinho, sentindo uma onda de nostalgia ao ver a excitação juvenil de Morgana. — Mas, querida, hoje é o grande dia, não é? Está pronta para Hogwarts?

Morgana acenou com a cabeça vigorosamente. — Já está tudo arrumado, pai! Só vou revisar minha mala mais uma vez, por via das dúvidas.

Ela correu de volta para o quarto, o coração batendo acelerado. Ao abrir a mala e inspecionar o conteúdo, sentiu um incômodo inexplicável. Tudo parecia no lugar, mas uma sensação estranha se apoderava dela, como se algo estivesse fora de ordem. Foi então que seus olhos captaram um brilho reluzente vindo da gaveta ao lado da cama.

Curiosa, ela se aproximou lentamente. A hesitação a invadiu, um frio na espinha a fez parar por um instante. Ao abrir a gaveta, deparou-se com um objeto misterioso, que emitia uma luz suave e encantadora, como se esperasse por ela havia muito tempo.

Segredos em Hogwarts: A História de MorganaOnde histórias criam vida. Descubra agora