PESSOA INESPERADA

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Los Angeles
Terça feira, 19:30
24/12

JADE MARTINEZ

Nossa, como o tempo passou rápido aqui, os meninos já me deram até um anel de noivado,agora estamos ajeitando tudo aqui pra ceia de natal, eu e meu irmão não somos muito religiosos mas gostamos de tradições.

— Vai logo pegar a porra do peru no forno antes que queime, Massimo.- Dom diz bravo, enquanto meu irmão e eu arrumamos a mesa.

— Tá bom, eu já vou.

Então de repente alguém bate na porta, Max vem com o peru, coloca encima da mesa e diz:

— Estão esperando alguém?

— Não. - Respondemos juntos.

— Eu vou atender.- Meu irmão diz.

Ele caminha até a porta, enquanto Max me abraça por trás e beija meu pescoço de forma carinhosa. Ele abre e fica imóvel, estranho e digo aos meninos.

— Eu vou lá, vem quem é.

Caminho até a porta, e vejo a última pessoa que eu queria ver agora...

— Mamãe.- Digo.

— Meus filhos, que saudades eu estava.- Ela nos abraça, e ficamos sem reação.

— O que está fazendo aqui? - Meu irmão diz grosso.

— Não vai me convidar sua mãe pra entrar?

Temos espaço, e fechamos a porta, ela olha diretamente para os gêmeos. Então digo.

— É mãe eles se chamam Massimo e Dominic.

— Muito prazer, senhores.- Então ela diz se virando, para  nós:

— Não sabia que tínhamos visitas.

— Vc não sabe de nada. - Meu irmão diz, ele está com raiva, com muita raiva. Então digo:

— Eu vou pegar o vinho. Alguém quer me acompanhar?- Faço sinal para os meninos e eles logo entendem.

— Tudo bem, olha vcs vão agir como se fôssemos somente amigos. Ok?

— Por que? Vc é nossa noiva, está com um anel no dedo.

— Olha, vcs não conhecem a minha mãe, então é só fazer o que eu estou mandando, por favor? - Faço um biquinho fofo.

— Tudo bem, o que a gente não faz pela nossa anjinha.

Eles me beijam, apaixonados, nós separamos pela falta de ar, então digo:

— Vamos?

— Claro.

Vamos até a sala, e vejo minha mãe sentada na mesa, então meu irmão diz:

— Vem bruxinha, vamos jantar.- Ele me abraça, e com o olhar diz pra eu confiar nele, balanço a cabeça, confirmando e nos sentamos.

— Filha, posso fazer algumas perguntas?

— Claro. Que começe o interrogatório!

— Onde vc está estudando mesmo?

— Estou estudando na escola DA LA LUNA, é uma escola de elite, é o mais famoso e o mais caro da cidade.

— Que legal, e já tem amigos? - Então os meninos interrompem.

— Vc vai querer comer o que anjinha?- Antes que pudesse falar algo ele pega meu prato e começa a me servir.

— Eu posso perguntar uma coisa mãe?

— Claro.

— Por que veio aqui?

— Bem, faz acho que dois meses que estou namorando, e esse meu namorado disse que se eu te levasse pra casa ele conseguiria uma bolsa pra vc em Harvard, o que acha? Não é maravilhoso!

— Ela não vai!- Todos os meninos, incluindo meu irmão falam, fico assustada, mas digo.

— Bem, eu tenho que concordar com eles, eu não vou.

— Vc não entendeu, né?

— Creio que não,me explique melhor.

— Eu não vim aqui perguntar se vc quer ir, eu vim aqui avisar que vc tem até o início de Janeiro para voltar para Nova York.

— Aqui ela não precisa de bolsa, aqui é só eu dizer que ela vai, e pronto, simples.- Meu irmão fala.

— Bem, eu não vim discutir, só vim dar um aviso, vou voltar amanhã mesmo.

Nesse momento, tendo segurar as lágrimas que ameaçam cair, então saio correndo, até meu quarto, e bato com força a porta, jogo tudo que vejo pela frente no chão, e grito de raiva e angústia, e acabo me machucando, corto meu pé com um pedaço de vidro, grito de dor, e caio no chão, logo os gêmeos entram quarto e vêem até mim, choro mais, sinto o perfume deles invadir minhas narinas, esse cheiro eu nunca vou esquecer, eles ficam ali, abraçados comigo, a única coisa que se pode ouvir no quarto são meus soluços, choro feito uma criança, não quero me separar deles, eles são os meus únicos amores, não sei o que pode acontecer se eu me separar deles, eu preciso deles, me acalmou e eles olham no fundo dos meus olhos e choram, pela primeira vez vejo eles chorando, choram feito duas crianças, dessa vez sou eu que acalento eles, não sinto mais a dor no pé, e sim uma dor no coração, eu não quero deixar eles, meu coração aperta enquanto ouço eles chorando, faço carinho em suas cabeças e digo:

— Vcs querem mamar?

— Si-sim.- Dizem com a voz falhando.

Me levanto e vou até a cama, amarro, um pano no pé, para estancar o sangue, chamou eles com a mão para cama, eles tiram a roupa rapidamente, e ficam somente de cueca, é a primeira vez que vejo eles assim, Dom não tem nenhuma tatuagem, já Max tem o peitoral coberto por elas, cada um deita de um lado, então abaixo a parte do busto,do vestido vermelho que estava usando, eles atacam meus seios com força, não reclamo, pois sei que estão com medo de tudo, então faço carinho em suas cabeças e canto uma música de natal, quando vejo já estão dormindo, abro devagar uma gaveta e tomo um remédio para dormir, me ajeito, meus olhos começam a pesar e acabo adormecendo.

Que tristeza.
Último capítulo minha gente.
Bjs galerinha.

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