(Capítulo 3)

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10 anos depois

Me chamo Paulo e moro no Orfanato Santa Teresa Augustinha. Não sei como vim para aqui e não sei nada sobre meus pais biológicos que me colocaram no mundo. A única coisa que sei é que estou morando aqui a bastante tempo. As vezes me pergunto por onde anda meus pais verdadeiros, que nunca mandam cartas e nem informam onde estão. Meus pais que me criaram Maria e Renato, sempre me dizia, quando fazia perguntas sobre meus pais, que eles tiveram que me larga na porta do orfanato, por não ter condições para me criar. Mas eu nunca acreditei nessa conversar deles,não sei porque,mas lá no fundo, bem lá no fundo, uma voz me diz que eles estão mentindo.

- Paulo acorda! Você viu o professor novo? - Perguntou Felipe me acordando de um sono muito bom. Odeio quando ele faz isso.

Felipe é meu melhor amigo no orfanato. Se tinha uma pessoa depois de meus pais em que posso confiar é ele. Felipe é o único menino do orfanato, em que conto todos os meus segredos, mas as vezes ele faz coisas que me irrita e, uma dessas coisas é me acorda de um sono tão bom. Sem muito animo pra falar, digo.

- Me deixa dormir! - Falo me enrolando no coberto quentinho e aconchegante. Mas Felipe não se importou, foi até minha cama e tirou de mim o cobertor.

- Paulo todos os meninos do quarto já acordaram e só você que está aí nessa cama inbernando.

- Eu ainda estou com sono, me deixa dormir.

- Você nem que saber o que descobri hoje mas cedo? - Felipe mudou de assunto e eu logo o olhei nos olhos, percebendo que ele tinha algo muito importante para dizer.

- O que você descobriu ? - Pergunto me sentando na cama.

- Hoje teremos um professor novo! - Felipe disse com um sorriso entre os lábios. Mas eu mudo de expressão.

- Pensei que era algo importante que tinha a mim dizer. - Falo sem um pingo de interesse em saber da novidade.
- Mas é importante!

- Importante porque ?

-Porque ele é um gato!
- Ahmm! - Fiz cara de quem não estava entendendo nada. porque na realidade não estava entendendo mesmo.
" Onde Felipe queria chegar com essa conversa" pensava comigo mesmo. -O que eu tenho haver com isso? - Perguntei encarando os olhos pretos de felipe.

-Tudo ! - Felipe falou assentando na cama, perto de onde eu estava assentado.

-Tudo o que ?

- Ele é gay.

- Não estou conseguindo ti entender.

- Você é burro? -

- Claro que não, só não estou entendendo onde você quer chegar com essa conversa. - disse me levantando da cama. Vou em direção a porta, para ver o que está rolando lá fora.

- Ele é gay. Igual você

Não consegui acreditar que Felipe tinha me chamado de gay. Eu não sou gay e nunca quero ser um. Acho abominável um homem namora com outro homem. Por isso virei me e fui em direção a Felipe com o punho fechado, pronto para dar um soco na cara dele. Mas Felipe se esquivou quando eu ia o acertando com um soco. Então eu disse, bufando de raiva.

- Não me chame nunca mas de gay, Ouviu? - Felipe não respondeu, ficou quieto me observando. Mas logo, sua boca se transformou em um sorriso que me encheu de raiva, mas ainda. Então ele falou sorrindo.

- Porque? Até parece que você me assusta, com esse jeito durao.- Felipe estava me provocando e eu ia parti para cima dele novamente, para li acertar outro soco. - Eu sei que você é gay Paulo. Porque eu vejo você encarando a bunda e os volumes dos meninos do orfanato, quando esses trocam de roupas em sua frente.

Fiquei sem ar e sem nenhuma palavra pra dizer. Felipe me pegou de surpresa e eu realmente fiquei sem chão para pisar. Abri a boca para dizer algo, mas não saia nada. E foi aí que Felipe me surpreendeu mas uma vez. Ele foi em minha direção e quando estava bem próximo a mim disse.

- Ser gay não é uma doença. Ser gay é ser diferente. Pense nisso.- Feilipe deu a volta e saiu do quarto.

¤

As palavras de Lipe não saia da minha cabeça em nenhum momento, por mas que eu tentasse não pensar nelas, elas viam sem serem chamadas. Depois que Felipe saiu, fiquei mas um pouquinho no quarto imaginando como seria namorar um homem, uma pessoa do mesmo sexo. Mas os pensamentos que viam eram repugnantes e tentei logo, afastar eles de minha mente, indo para o banheiro tomar uma ducha de água bem gelada.

O banheiro do orfanato ficava no anda de baixo, por isso tive que descer um lance de escada até lá. O banheiro não tinha ninguém, por todos estarem em suas salas de aula e, isso só me fez agradecer mentalmente. Não que não gosto de banhar ao publico, nada disso. Gosto de ter privacidade na hora do banho. Entrei no banheiro e tirei o pijama que estava usando de bolinhas que eu tanto amava e, comecei a mim saboar, liguei o chuveiro e deixei a água cair em minha cabeça e meu corpo. Quando termino de tomar banho jogo o pijama dentro da cesta de roupas sujas e pego uma toalha limpa de cor vermelha,que estava pendurada em uma espécie de varal no banheiro, me enrolo com ela e saio do banheiro. Meu cabelo estava todo enxotado de água e pingava no piso duro do orfanato. Fui em direção ao espelho e comecei a bagunça-lo, na medida que eu mexia no meu cabelo,gotas de água que saia dele respingava para todos os lados.

-Oi ! - Uma voz grossa e bem másculina disse atrás
mim, me fazendo levar um baita susto e me vira rapidamente para ver quem era. Mas o pior acontece que me deixou com a cara no chão. Minha tolha caiu revelando minhas partes íntimas.



Continua.... gente peço desculpa, pelos capítulos, estou muito ocupado e irei postar assim que der.. beijinho e até a próxima.

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⏰ Última atualização: Jul 15, 2015 ⏰

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